Medos


A verdade é que tenho sempre muito medo. Mesmo quando fui um anjo sem asas estava com medo, quase paralizado de receio.

Ter medo não é sinal de fraqueza, antes pelo contrário, é sinal de inteligência e que se tem amor pela vida. Não acredito que alguém não tenha medo, a menos que tenha uma severa deficiência, ou tenha uma elevada tendência suicida. Não é natural caminhar despreocupadamente num precipício e ignorar o abismo, assim como também não é natural viver permanentemente com receio que o céu nos caia em cima.

A questão do medo é importante para percebermos até que ponto ele nos serve de protecção e até que ponto ele constitui um garrote que nos sufoca a mente, e não nos deixa seguir as fantásticas aventuras que a vida nos proporciona.

Quantas vezes deixamos de seguir os nossos sonhos porque temos medo de falhar e perder? Quantas vezes partimos derrotados porque o medo que sentimos foi demasiado e não nos deixou seguir a nossa aventura?
Creio que a solução é buscar um equilíbrio, onde não sejamos um stunt completamente descerebrado, nem um rato na toca.


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