feliz

Se há algo que eu não aprecio é a organização metódica, apesar de lhe reconhecer a imperiosa necessidade. Sou desorganizado por essência, ou melhor a minha forma mais eficaz de arquivo de documentos é o método do vulcão onde um maço de papeis se amontoa à semelhança de uma chaminé de um vulcão em que no centro  estão os documentos mais recentes e importantes ao passo que à medida que nos afastamos do centro as coisas arrefecem…

Por isso participar num processo de inventário para mim é algo de tremendamente aborrecido e contra natura  e está na minha lista de interesses logo a seguir a ver uma reality show da TVI durante quatro horas seguidas. A minha mente desorganizada não alinha muito bem com essas tarefas organizativas e nada como ressacar o inicio do ano com contagens maçadoras e repetitivas. Felizmente há que dizê-lo este ano não me afetou particularmente, pois há sempre a bonança que se segue a estas pequenas tempestades.

Começa o ano, comem-se as passas e fazem-se os desejos para os próximos 365 dias. É assim a tradição.

Este ano fiz os meus desejos só depois de agradecer a bênção de estar vivo e de saúde, rodeado de uma família que amo muito. Que mais pode um homem desejar para ser feliz?

Já no primeiro dia do ano enquanto adormecia o meu diabrete mais novo, com o estômago a latejar de um almoço muito substancial e com os doces como mandam as regras, dei por mim a pensar que  não necessito de mais nada para ser feliz. Para além da espuma dos dias, da rotina diária que nos escraviza existem esses elementos mais importantes que tudo o resto.

O amor incondicional que nos enche o coração, a partilha da nossa breve estadia no terceiro calhau a contar do Sol, a paixão, o saborear e o desfrute da vida, alheio aos medos mundanos e das intermitências da vida é o que nos faz verdadeiramente felizes. Por isso este ano preferi ser grato e apenas desejar ser capaz de fazer que os que me rodeiam  sejam felizes.

 

No balanço do atentado ao Charlie Hebdo consigo compreender como uma iniciativa de repudio ao terrorismo abriu tanto debate. No fundo a liberdade de expressão é um tema cara a todos os nós que sentimos os valores fundamentais da democracia subjacentes à génese da revolução francesa – mas infelizmente algo que se tem vindo a perder.

Independentemente do macabro e bárbaro ataque por fanáticos religiosos, a uma redação de uma publicação ultra-satírica que todos devemos reprovar, penso que nem tudo é assim tão ”liberdade de expressão” como isso. A titulo pessoal detesto a sátira e a considero o mais mesquinha e patética forma de fazer humor, logo abaixo do de palhaços de circo. Mas quer se goste ou não da sátira, o Charlie Hebdo não era bem só isso e se supostamente não se impunha restrições de temas de cariz politico, social ou religioso isso não era inteiramente verdade. A velha questão de gozar com os judeus foi tida como anti-semita, logo racista e o cartoonista que abordou o tema foi despedido. Mas os contínuos ataques aos árabes e africanos estranhamente não eram vistos como racistas. Interessante ver como a tal liberdade de expressão parece uma bandeira que anda a favor de algumas vontades.

O terrorismo que se viu em Paris é o resultado inevitável que o ocidente tem vindo a destilar nos países islâmicos do médio oriente com as suas atitudes de supremacia e conivência com Israel ao longo de meio século. Entre jogos de poder, ânsia de matérias primas como o ouro negro invasões por armas químicas fictícias; ou anti-organizações terroristas; ou ataques militares a populações civis porque algures alguém lançou um rocket; assim o ocidente tem seguido as suas politicas de supremacia sem se preocupar de quem esta a sofrer as consequências. Impunemente mantiveram em cativeiro e torturaram milhares de muçulmanos baseados em vagas suspeitas de terrorismo e todos acharam normal. Gerações de jovens sem futuro que tem identificado os ocidentais como os grandes causadores das desgraças que ocorrem em seu redor. O ódio fervilha e logo ali há campo fértil para a  distorção manipuladora sobe o pretexto da religião.

Mas a palavra certa é manipulação. A foto dos dirigentes políticos de vários países ocidentais encabeçando a manifestação de Paris é forjada, assim como o rol de personagens desde o espanhol que quer presos os difamadores que expressão as suas opiniões no facebook, ou o turco que mantém cartoonistas na prisão por atentado ao seu nome. Exactamente os ditadores que odeiam a liberdade de expressão se colocam como defensores do Charlie.

O que aconteceu ao Charlie nada tem a haver com a liberdade de expressão. Trata-te de um ato de terrorismo. Terrorismo esse que tinha um alvo facilitado – haveria argumentos para o ter debaixo de mira. A luta de interesses velados e que podem levar a algo de mais sombrio. As massas com medo não se importam de perder a sua liberdade para terem mais segurança. Não duvido que os franceses vão através do Holland aka («c’est tres difficile» de cumprir as promessas eleitorais), rapidamente fazer aprovar leis que podem vigiar qualquer cidadão francês em especial se tiver a religião muçulmana. Isto e o tratado de Schengen vai ter umas revisões rápidas que vão visar certos e determinados emigrantes. As massas estão com medo e focam o que lhes atiram como o slogan #je suis charlie sem saber bem porque.

Como sumário deste triste acontecimento mediático a liberdade de expressão continua a ser ainda mais cinzenta e a liberdade religiosa parece que vai sofrer um duro revés. O direito à privacidade vai ser quase impossível e a presunção de inocência mais difícil. A igualdade de cidadania letra morta. A fraternidade com os imigrantes árabes um fóssil.
No fundo ficamos menos
livres, menos democratas e o Charlie mais popular. Só.

Chegadas as primeiras chuvas de outono, chega a rotina que nos há de acompanhar durante longos e sombrios meses. Tal é a noção que nos ocorre. Mas nada é certo e na verdade não há rotinas a não ser que as abraçamos maquinalmente e as sigamos cegamente.

Este outono quero reformular muitos padrões de comportamento e assim mudar também a forma de pensar e agir perante aqueles que estão à minha volta. Pequenas alterações que juntas podem dar grandes mudanças, abrir novas portas e novos desafios. E isto sem grandes planeamentos e efeitos de choques, tão só ajustamentos graduais rumo a uma vida menos estressada e mais feliz.

Agora que a minha maturidade desaflora para uma nova etapa de renovação sabendo uma das premissas mais importantes da nossa existência :

As mudança surgem de dentro de nós.

I can see clearly now the rain is gone
I can see all obstacles in my way
Gone are the dark clouds that had me blind
It’s gonna be a bright, bright sunshinin’ day
It’s gonna be a bright, bright sunshinin’ day

Oh yes, I can make it now the pain is gone
All of the bad feelings have disappeared
Here is the rainbow I’ve been praying for
It’s gonna be a bright, bright sunshinin’ day

Look all around, there’s nothing but blue skies
Look straight ahead, there’s nothing but blue skies

I can see clearly now the rain is gone
I can see all obstacles in my way
Here’s the rainbow I’ve been praying for
It’s gonna be a bright, bright sunshinin’ day
It’s gonna be a bright, bright sunshinin’ day
Real, real, real, real bright, bright sunshinin’ day
Yeah, hey, it’s gonna be a bright, bright sunshinin’ day

Por Jimmy Cliff

O tempo é escasso, um pensamento constante inevitável a quem já ultrapassou a casa dos 35. Mas a raridade actual de momentos disponíveis não se deve há idade ou à rotina. Deve-se antes ao facto de estar a Viver a vida

Março é sempre o meu mês e 2009 pautou-se por um Março verdadeiramente apoteótico digno dos anais da história – aniversario da princesa, ficar um ao mais velho, dar o nó, viajar até a cidade eterna, mudar de casa- algo que não conseguiria repetir nem que tentasse. 
Feliz e com tempo escasso.

Os anos sucedem-se depressa, ligeiros, imparáveis.
Começa-se.
Primeiro um, depois dois, três, em seguida quatro, e depois cinco.
E chega-se a meia dúzia. Sem saber bem porque, o tempo fluí rapidamente dando a impressão de ser impossível de se lhe seguir o rasto. Fico contente por perceber que numa meia dúzia de anos seguinte um trajecto muito interessante, repleto de erros colossais e vitórias redundantes, de tempestades e bonanzas, de aventuras e devaneios diletantes. Podia ser menos agitado, menos dramático, mas tem sido uma boa lição, aprendida a custo e com resultados impressionantes de crescimento pessoal.
O meliante não é mais o mesmo, nem se dá a pseudo-psicoses, e mais equilibrado e feliz, tenta encontra o seu equilibrio na corda-bamba da vida, questiona-se e não se revolta ao estilo de rebelde em causa.
As águas que passaram no moínho são muitas, cheias de tentativas e erros, e de inumeros galos, à custa de tanto bater na parede com a cabeça. Não digo que não vou errar mais, isso seria não ter apreendido absolutamente nada. Apenas digo que hoje a maturidade me permite estar capaz de errar menos, de equacionar melhor hipoteses e rotas por mares menos revoltos. E isso em seis anos. Nada mau.

Não estou com grande disposição
p’ra outra enorme discussão
tu dizes que agora é de vez
fico a pensar nos porquês
nós ambos temos opiniões
fraquezas nos corações
as lágrimas cheias de sal
não lavam o nosso mal

e eu só quero ver-te rir feliz
dar cambalhotas no lençol
mas torces o nariz e lá se vai o sol

dizes vermelho, respondo azul
se vou para norte, vais para sul
mas tenho de te convencer
que, às vezes, também posso…

ter razão!
também mereço ter razão
vai por mim
sou capaz de te mostrar a luz
e depois regressamos os dois
à escuridão

Se eu telefono, estás a falar
ou pensas que é p’ra resmungar
mas quando queres saber de mim
transformas-te em querubim
quero ir para a cama e tu queres sair
se quero beijos, queres dormir
se te apetece conversar
estou numa de meditar

e tu só queres ver-me rir feliz
dar cambalhotas no lençol
mas torço o meu nariz e lá se vai o sol

dizes que sou chato e rezingão
se digo sim, tu dizes não
como é que te vou convencer
que, às vezes, também podes…

(Escuridão)

ter razão!
também mereces ter razão
vai por mim
és capaz de me mostrar a luz
e depois regressamos os dois
à escuridão

Atenção!
os dois podemos ter razão
vai por mim
há momentos em que se faz luz
e depois regressamos os dois
à escuridão

Letra e interpretação de Jorge Palma

Há alturas da nossa vida em que a escrita não sai fluida ou não faz sentido. A tinta da caneta reflexiva seca quando o momento vale a pena ser apreciado e contemplado sem tirar disso demasiadas elações a quente. Desse modo é salutar esperar alguns dias e deixar as ideias assentarem antes de as tentar esculpir em palavras e frases – deixando assim este pobre diário de molho.

Meditando um pouco, mas sem tentar chegar à essência das coisas que se sentem e também vislumbram na minha vida, tomei consciência que estou a atravessar um Equador existencial e que me dirijo a um novo hemisfério da minha vida. Há muito que o trópico me era evidente, e que pressentia essa linha imaginária que marca uma etapa da vida.

Hoje estou sereno e muitíssimo feliz, para lá de qualquer tipo de interferência malévola. Voltei a visitar a América do Sol e apaziguei muitas das minhas disputas internas, apaziguei o espírito, tudo num lapso de meio ano. Um milagre…

As últimas semanas têm sido invulgarmente felizes e plenas de luz. Se eu já estava resignado a ser um adepto fervoroso dos voltes de face do destino, numa roda da fortuna que não para de rolar a seu bel-prazer, então agora sou um fanático do caos. Sei que neste momento de giro, os meus planos mal se podem cingir a mais de um par de horas… ali mesmo ao virar da esquina pode estar a maior e a mais bela inesperada surpresa, como um desalento não previsto.

Sem planos navegar à vista, sem mapas de navegar com rota traçada, olho as nuvens de soslaio, cheiro o vento e deixo que a bússola fique menos nervosa. Logo, logo o vento vira e vai conduzir-me para um destino idílico, muito mais precioso do que eu poderia alguma vez supor. Ser bom marinheiro é também saber para onde o mar da vida nos quer levar e deixar que a bolina não nos pare. Não é bom contrariar os elementos quando eles nos sorriem, e estou a adorar viajar até onde mil planos não me levariam, mas só o mais feliz acaso me transportaria.

Hoje estou particularmente irritadiço. Pareço o ser descompassado, muito ao contrário do que me tenho sentido intimamente. É sem dúvida um refluxo passageiro, de uma certa erosão do meu circuito profissional. Espinhos passageiros.

Nada que uns bons momentos de meditação e recolhimento não resolvam num ápice. Ao fim de contas sei-o hoje mais do que nunca que estou profundamente feliz com tudo o que se passa na minha vida.

Os dias não são mais iguais uns ao outros. Decididamente a minha vida sofreu alterações que permitem um novo desabrochar, uma nova consciência e todo um novo conjunto de objectivos. Nada como um novo dia de Sol brilhando lúcido e esplendoroso.

O tempo esse contínua a escassear, talvez mais do que nunca. Talvez seja só um percepção errada da velocidade com que o mundo faz o seu papel ao nosso redor, e que à medida que as nossas células cinzentas vão amadurecendo, a sua rapidez estagna a uma velocidade de cruzeiro, Além disso mais situações nos impedem de estar parados, e assim nada parece estar parado.

A vida hoje está dinâmica, 100 % de alterações, voltas de 360ºs . Felizmente.

I – O peso das palavras

As palavras têm muitas vezes um significado muito peculiar e forte, dependendo em muito do momento e do contexto em que são pronunciadas ou escritas.
Eu infelizmente dou excessivo valor a algumas e menosprezo outras frequentemente, dando-lhes uma relatividade muito própria na minha personalidade muitas vezes sombria. Esqueço-me que as palavras são meros objectos de transporte e significação de actos e imagens, que apenas pesam uma tonelada, ou são leves como uma pluma, em função do que vai na alma de quem as solta ao vento.

As palavras devem ser medidas apenas quando chegaram ao chão, desnudas da emoção da pressa de serem ditas ou escritas, funcionando apenas como um marco momentâneo de circunstancias e alvoroços. Quando tal acontece, a sua beleza ou fealdade sublima-se transportando-nos para significados mais profundos dos pensamentos e emoções, num campo intervalado, sem maquete, luzes, câmara e acção.

Não existindo o barulho nem as falhas de um pensamento irreflectido e contingente, é fácil por de lado aqueles conjuntos de vogais e consoantes, de verbos, pronomes e sujeitos. As palavras são então coadas de sarcasmo momentâneo, dissolvidas do vocabulário impertinente, decantadas de impuseras gramaticais, escoadas de subterfúgios de incompreensões.

Depois da alquimia da purificação das palavras fica a mensagem velada, o seu verdadeiro significado. Onde estava um insulto, pode antes estar um pedido de compreensão; onde estava um impropério estava antes uma chamada de atenção; onde estava um rosnido estava antes um pedido de afecto.

Tenho que começar a fazer uma alquimia às palavras que me ecoam, agarrando a sua essência, não me deixando levar no seu tom áspero, e antever por detrás de um grosseiro véu, o linho, o veludo, o cetim e a seda que transportam. Desejo também que a minha língua e a minha caneta se desprendam, não calculando sempre os quilos, gramas e miligramas que as frases que profiro contenham, de forma a não me prender, nem me conter de soltar gritos e actos falhados ou palavras feridas, pois elas são um podre fruto parido de cuja semente floresce num novo e luxuriante jardim.

À VENDA NA FNAC!!!

Estou muito feliz por M. ter finalmente o seu livro à venda na FNAC e por também ter tido um raio de sol na sua vida profissional. Já chega de ser Lello!
Além do livro que lí quase em primeira mão, é com muito gosto que partilho o Dulcineia no meu servidor, assim como o antigo site D.Quixote.
Tu mereces, amigo poeta!

juntas

Recordo um texto de um manual escolar. Era ainda criança e o texto apesar de simples motivava alguma subjectividade poética em crescimento.O texto falava na noite escura e da borboleta que encontrou um luz forte irresistível, longínqua e tentadora.

A luz brincava e dançava, hipnótica chama pela borboleta que esvoaçou ao seu encontro, levada pela beleza da luminosidade no meio da escuridão. A borboleta estava confusa pois nunca tinha visto nada de tão belo na sua efémera vida e num impulso seguiu aquilo que de mais belo vislumbrava no negro da noite.

Aproximou-se rapidamente num voo gracioso e à medida que se aproximava, rodopiava feliz, pois aquele branco amarelado subia de intensidade, apagando os resquícios de sobras e de negritude que imperavam na noite. Cada vez mais a luz da chama brilhava mais intensamente e o seu calor fazia-se sentir terno e acolhedor rompendo com o frio nocturno.

A borboleta feliz e ofuscada, já extasiada, não podia deixar de voar em direcção àquela sensação que a enchia de prazer, deslumbrada pelo brilho cintilante e pelo calor que emanava a chama.

O texto terminava, não me recordo concretamente como. Talvez a borboleta queimasse suas delicadas asas nas chamas da vela, talvez louca insistisse em embater no vidro do candeeiro num frenesim de demência. Prefiro pensar que a bolboleta mergulhasse na luz, embebida em prazer, abraçada pelo branco e o calor que emanaria também. A borboleta tornar-se-ia também essa luz, essa chama que a atraiu tanto.

a visão do Hubble sobre Marte

Marte é o arauto da revoluções, ele evidencia a força e a energia possantes e quase inesgotáveis mas sem a cadência positiva de algo construtivo. Marte, tal como na mitologia latina, é o deus da Guerra, fulgurante e impiedoso com seus inimigos num campo de batalha, capaz de um enorme poder.
Infelizmente o seu poder e energia nem sempre são equilibrados, caindo muitas vezes na cegueira e na ansiedade para obter os despejos da batalha. E uma força enorme mas nem sempre lúcida.
Transpiro, cansado mas batalhador. Talvez seja influência de Marte.

As minhas tardes de trabalho tem sido algo delirantes. Não sou, nem nunca serei um problem solver, pois não tenho ainda a calma e paciência de santo para gerir de forma mais ou menos sofisticada uma série de enigmas. Torna-se irritante deambular entre um número de incógnitas que vão crescendo à medida que vamos descobrindo mais variáveis. Como se o crime se adensasse à medida que conhecemos mais factos, que por sua vez soltam no ar mais questões por responder, num circuito vicioso.

No entanto dá-me algum prazer exercer um bocado a faceta inquisitória ao estilo metediço mas discreto de Hercule Poirot, mas infelizmente perco na impotência de não conseguir com toda aquela simplicidade desvendar aqueles terríveis mistérios tão deliciosamente britânicos da Agatha Christie. Esse desafio mostra-se esmagador para este detective de trazer por casa, pois os casos acumulam-se rapidamente e por cada vez que as células cinzentas vêem luz, outros dois estranhos desaparecimentos ou aparecimentos.

Seriamente eis-me a deambular com um caderninho nas mãos e a minha velha Palm para os cálculos e notas mais estranhas, tentado entender porque raios aqueles mastodontes de 120 kgs desapareceram, ou porque obra do diabo sobram aqueles geringonças cromadas. O local do crime fervilha de calor, envolto num mistério denso, e com personagens que usam demasiada diplomacia a responder ao meu pequeno inquérito. The perfect plot!

Estranho é sentir que às tantas desta vez o detective não tem a mais pequena pista e parece que todos os suspeitos tinham um alibi perfeito.
Só me falta o bigode meticulosamente retorcido e desvendar todos estes puzzles…

Sacré Bleu! Mon Dieu!