tempo

As férias passam apressadamente quando estamos felizes com a família ou com os amigos. Possivelmente estar feliz é sinónimo de o nosso cérebro abrandar dando assim a impressão que o tempo se desloca de uma forma mais rápida.

Hoje que as férias se esfumaram o meu cérebro está a processar a todo o ritmo e os segundos do meu Casio teimam se sucederem cada vez mais lentamente. É isto a relatividade do tempo…

Nestes tempos tenho andado a devorar livros. Reencontrei o prazer de ler, e ler com ânsia, como na minha adolescência.  Alguns livros excelentes, outros nem por isso, mas a minha fome parece insaciável. O problema é que os livros são caros e tenho que atacar livros de segunda escolha e estavam esquecidos na estante.

Não obstante estar a ler livros de segunda escolha, tenho me deliciado com algumas agradáveis surpresas literárias. Agora preciso de algo pesado e arrebatador. Talvez um Henry Miller ou  Chuck Palahniuk. Para a cabeça. 

É fácil perder a perspectiva do horizonte, quando nos perdemos no curto prazo. As necessidades corriqueiras são empoladas no corre-corre diário de inúmeras inutilidades e aborrecimentos de circunstância fugazes.

Viver ao sabor da maré é algo aterrador e para mim é motivo de desconforto. Já vivi imenso tempo assim, se é que se pode chamar a isso viver. Poder perscrutar a longo prazo onde se quer ir e não deixar que as borrascas e ventos contrários nos impeçam de perseguir os nossos sonhos é importante para Viver.

Mas o que é realmente importante é ter sonhos que perseguir. Sem isso está-se morto.

Nem sempre as palavras fluem com a regularidade que as desejamos. Vulgarmente sou fustigado com um incomodo período de procrastinação que de tempos a tempos vem bater à minha porta.

Mas o que interessa nem sempre tem tradução em palavras – apenas é passível de se tentar descrever num conjunto confuso de frases sem nunca se conseguir um mísero texto que se adeqúe ao estado de alma que se quer transmitir. Por isso nem sempre faz sentido expor ao mundo por palavras o que se sente ou faz.

Além disso a audiência que presumo existir provoca uma timidez infame, um medo que o nosso retrato vivencial seja mal entendido ou mal descodificado, um mal que já me persegue há muito.

Mas estes argumentos são meras desculpas e a programção segue dentro de momentos…

Apetece-me gritar após um longo tempo em que a minha garganta não foi capaz de regurgitar num murmúrio ou gemido.
Por isso acho que será bom arrebentar as minhas cordas vocais e vocalizar a insatisfação que sinto.
Talvez assim exorcize todos os pecados pelos quais vou ter que prestar contas e consiga antever um caminho mais beatífico.
Por isso a minha alma enche-se de um Entrudo nada desejado, de uma folia evitada e de uma falta de sentido de equilíbrio enquanto berrar.

Ampulheta

O meu tempo foi sempre demasiadamente fugidio devido a minha incapacidade de ter um saudável gerir do tempo. Sou sempre um descuidado e acelerado, deixando escapar entre os dedos sempre momentos e unidades de tempo preciosas que no meu espirito deixam a sensação de terem sido perdidas.

Cada vez mais tenho a ansiedade voraz e um apetite ávido por consumir cada segundo naqueles momentos mais importantes, como se houvesse um medo deles não se repetirem, ou não ter a hipótese de os gozar novamente. Esta sensação de não querer esbanjar o meu tempo de vida é também um perigo de na sofreguidão destruir o pleno saborear, castrando a sua essência e valor.

Talvez a vida tenha sido feita para ser desfrutada com temperança, de forma plena e em equilíbrio mas também sem estar languido refastelado ao sol, à espera que nos caia do céu o maná muito generoso para o esforço praticado.

Uma coisa podemos ter como certa: a areia da ampulheta não cessa de cair até ao momento que se esgotar. E é com esse axioma que posso contar, reavaliando alguns dos meus momentos mais sofregos ou mais apáticos.

M. esse mestre, finalmente baptizou o seu lar na grande cidade com o sugestivo nome de Acampamento dos Lellos. M. e a graciosa K. estão a morar na mesma casa, como se trata-se de um realojamento do ninho familiar sem progenitores.
Mas ser-se Lello tem dessas coisas. Adaptar-se a novos ambientes, mesmo que isso se resuma a ter que partilhar com a sua irmã uma toca já escavada a custo, e em troca receber companhia e carinhos. Fico a agurdar o último episódio d´O acampamento dos Lellos.
Presumo que M. não me receba tão cedo, e muito menos me encaminhe para outros voos, que já há demasiado tempo estão marcados.

Mas o tempo de ser Lello não ajuda.
E todos os Lello são poetas.
Poetas com alma.

Ano novo … vida nova

Ano novo … vida nova e cara lavada. Faz bem mudar sempre que tenhamos uma nesga de tempo!…

Não, ainda não morri

Muitos afazeres e muito pouco tempo para poder teclar frente ao monitor.
Mas volto...
Volto sempre 🙂

N. veio até à grande cidade depois de uma semana a curtir a Madeira. A Ju. está de exames e ele lá anda só nas férias a aproveitar.
Fomos jantar até Alfama uma dourada no pão que estava uma delicia.
As minhas pernas é que já não aguentaram muito tempo no bar sem nome na Marina do irmão de N..
Hoje haverá mais e melhor espero.

Requesitei 48 horas de descanso e fui brindado por um tempo radioso de Setembro.

Refugiei-me na casa de Verão e obtive um belo banho de Sol que ainda perdura num clima de calma.

Hoje esteve um tempo único e a companhia não poderia ter sido melhor.

Este fim-de-semana deverá ser menos intenso (pelo menos assim o espero!).
Na semana passada não consegui falar com o meu mano madeirense que deve mais uma vez ter deitado fora o seu telemóvel por falta de crédito (e lá vai o 4°). Não lhe consegui dar os parabéns por isso!
J. decidiu rapar o cabelo e agora queixa que no nosso país provinciano o tomem por neo-fascista. M. jogou vampires comigo enquanto D. e N. não comprcendiam patavina daquilo. X. estava contente e com outra cara mas nâo me ligou muito. K. sorridente mas não troppo , a mana só esteve comigo um nikito e A. estava irreconhecivel de tão calmo que estava.
Mas só quero tempo…TEMPO … TEMPO tempo

Sexta é um reencontro com a adrenalina que faz com que a minha sede de viver leve-me a utilizar os 130 cavalos levados até às 3500 rotações, maltratando ao chicote toda a generosa manada naquelas estradas livres. Algo louco que não é natural em mim. As 48 horas que se seguem são retalhas pelas 8 almas mais importantes para mim, que estão longe da grande cidade sempre com um esforço abnegado, com o receio das perder e ao mesmo tempo com medo de me impor e ser inoportuno com as pequenas parcelas de tempo e disposição duvidosa que lhes reservei.

Ando sem tempo. É Verão e estou muito aterefado. Dentro em breve com ligação a partir de casa pode ser que seja mais simples

Sinto que hoje vai ser uma correria…

Será que é desta que perco o pendular?
Tanta coisa para fazer e tão pouco tempo … e viva o stress e os enfartes!!!