amor

A vida está repleta por altos e baixos, de momentos de excitação ou apatia, de alegria ou tristeza e também por saúde ou doença. Na verdade, essa montanha russa que chamamos viver é uma inconstante viagem de boas e más emoções que se vão sucedendo. E tudo sem que consigamos compreender a normalidade desta inconstância.

Quando adoecemos ou envelhecemos ou a quando as vidas profissionais ou amorosas se desmoronam julgamos que isso tem algo de anormal. Mas muito pelo contrário, nada de existe de mais normal.

E é nestes baixos da vida, em que parece que nos foge o chão que pisamos que podemos realmente vencer. É aí que surge a oportunidade de ter alguma sabedoria e refletir sobre o que realmente importa na vida e como é normal ganhar ou também perder.

Podemos sentir-nos perdidos e desanimados, mas é imperioso lembrar que sempre há luz no fim do túnel (seja ele qual for). A luz pode sempre surgir na mais profunda escuridão, estar ao virar da esquina da dor e do desespero.

À medida que os anos e décadas passam, temos que lembrar que esta vida é bela e cheia de surpresas. Que por muito negro que esteja o céu haverá sempre um silver lining. Não importa o quão sombrio possa parecer o momento atual nunca devemos perder a no futuro. Há luz depois.

Então, encontremos a luminosidade em nossas vidas e compartilhemos essa luz com os outros. Afinal, a verdadeira felicidade está em dar amor e esperança para aqueles que nos rodeiam, sem pedir nada em troca. A verdadeira felicidade é dar e não ter. É a gratidão. É a partilha.

Não devemos desistir de encontrar essa claridade na nossa vida. Através de relacionamentos saudáveis e de experiências enriquecedoras há a verdadeira luz. E momentos de gratidão. Afinal, a vida é uma jornada, e a “luminosidade” está sempre ao nosso alcance.

Apercebi-me com alguma comoção que o terceiro calhau a contar do Sol completou 20 orbitas em redor do mesmo desde que comecei a escrever aqui . Vinte anos é um número redondo, talvez redondo demais para se deixar passar em branco.

Estava eu na grande cidade e recordo-me como alimentava desencantos, desejos e aspirações a milhares de eventos que nunca que se cumpririam e tive a necessidade de ter um elo que me ligasse aos meus amigos e colegas na minha cidade. Existia a necessidade egocêntrica de afirmar que eu ainda existo, de partilha de vivências e até algum exibicionismo. E foi nesse registo que embarquei na escrita do Diário de um meliante.

Confesso que batismo deste blog/díario não foi muito feliz, em primeiro lugar porque eu nunca padeci de psicoses e em segundo lugar porque de meliante tinha muito pouco. No enredo da época, onde a internet era um campo de anonimato e se vivia a liberdade digital que o 11 de Setembro desse ano veio por fim, talvez apimentar o titulo do blog me desse o distanciamento para aliviar algum pudor ou timidez na linguagem e pelo menos isso foi conseguido.

Vinte anos passados recordo com nostalgia aquela data, mesmo que fosse um período da minha vida, carregado de emoções fortes e desencantamentos de um jovem adulto. À luz do que sei hoje posso afirmar que todo aquele histerismo fazia parte dos conturbados anos que se seguiriam. Por isso me confesso: muitas das razões que me compeliram para escrever o Psicótico resultavam de uma enorme tempestade interna e incapacidade para gerir o que eu desejava e o que estava disposto a abdicar para obter o que queria, quer na carreira, quer ma vida amorosa. E não foi fácil, manter como um bom malabarista todas as bolas no ar, tentando manter todas as encruzilhadas do destino em aberto sem me comprometer com uma direção definitiva que só existia na minha mente histérica. Claro que as bolas acabariam por cair uma por uma mas felizmente mantive a minha sanidade a custo de algumas tristezas e desilusões.

Volvidos vinte anos encontro a satisfação de ter tido a sorte de ter atingido um dos principais trofeus a que me tinha proposto: a mulher pela qual eu era secretamente apaixonado e que eu desesperadamente tentava chamar a atenção (inclusivemente escrevendo aqui) está agora casada comigo. Talvez não haja maior vitória sobre o destino que o facto de ter deambulado e batido com a cabeça nas paredes, a minha vida amorosa é recompensada com uma medalha de ouro. A família que constituí é o meu mais precioso tesouro que tinha desejado há exatamente 20 anos e presumo que poucos podem afirmar o mesmo.

Mesmo que algumas personagens, apenas referidas pelas suas iniciais tenham sumido da minha lista de contactos, apraz-me dizer que a esmagadora maioria faz parte do meu cotidiano. Algumas estão perto do meu coração, espalhadas pelo mundo mas dando sempre o pulsar da amizade que só se vai desvanecer na campa. A vida me é assim suave, felizmente.

Mesmo que a minha vida profissional não seja um mar de rosas, e que não esteja nem perto do que tinha imaginado há vinte anos, não me posso queixar muito. Mesmo que eu tenha envelhecido há ainda alguns bons resquícios de juventude e a maturidade não tem estragado em demasia o meu espirito sonhador. Ao fim ao cabo tudo é transiente e estou feliz e em paz.

Parabéns Psicótico.

3 . Pintando o arco-íris

Quando a porta permanecia fechada a sete chaves e os dias teimavam em se repetir em clausura, a vida continuava. Para minha grande surpresa, viver fechado podia não ser assim tão mau. Junto das almas que mais amo, não me faltava o que de verás é o mais precioso podemos possuir: amor.

Preocupando-me no entanto com as notícias calamitosas acerca do alastrar do bicho, com a economia e o ganha-pão do nosso lar não podia respirar paz. Às vezes à noite acordava sentindo-me preso num pequeno pesadelo que afinal era a realidade. Talvez o que me prendia mais o peito era a segurança dos meus pais e dos meus sogros que não víamos nesse período. We are all going to die someday. Era talvez a ideia recorrente que me trazia a insónia insidiosa daqueles dias.

Não foi fácil enquadrar todos os pensamentos que me corriam na cabeça, a forma descabida de estar desocupado. Felizmente nós humanos, muito embora sejamos animais de hábitos, somos também muito versáteis. Estava já em contacto diaria via telemóvel com os meus amigos mais chegados, numa forma, qui çá, de entreajuda de comunicação e desabafo à distancia – memes, longos diálogos. piadas e pornografia q.b. . Já que não conseguia correr do outro lado da porta, dei por mim a fazer um plano de crossfit caseiro bem austero para manter a forma física. Quanto à mente aumentei a dosagem da meditação e fui mergulhando aos poucos no fascinante muito espiritual budista, algo que me deu ferramentas concretas de combate mental pandemia. Em particular o budismo tailandês da tradição da floresta, ouvindo os ensinamentos da Ajahn Chan e Ajahn Brahm que começaram a ser regulares nos meus headphones enquanto fazia as tarefas domesticas.

Logo depois tive a incumbência de pela primeira vez me aventurar além portas, buscar viveres que não chegavam pelas entregas ao domicilio. Isso e ir comparar mascaras e desinfetantes, algo que hoje já faz parte do nosso novo normal, mas que na altura ou estavam esgotados ou eram vistos como aberrantes. Colocar o pé no corredor fora de casa e calçar-me tentando não tocar em nada, além de me deixar semi-aterrorizado era de facto estúpido. O Estado de Emergência estava prestes a ser decretado nessa altura e quando peguei no carro e ver as ruas ainda cheias de gente, desprotegidas e sem distancia social pareceu-me algo saído de um livro do Stephen King, mas com esteroides. No supermercado, já com muitas prateleiras vazias mas sem máscaras sentia um pavor que nunca tinha sentido antes. Ainda para mais a minha cidade liderava o top de casos positivos. Quanto regressei a casa, e me despi depois depois de me encharcar de álcool para de seguida tomar banho fiquei com a sensação que aquilo não era um estilo de vida decente e que ninguém podia viver assim muito tempo.

Enquanto as crianças pintavam arco-íris com as inscrições de vai ficar tudo bem, eu senti uma amalgama de emoções. Pensar positivo faz bem, mas a realidade não é escamoteável. Não deixariam de haver mortos, doentes, empregos perdidos, e todo uma parafernália de comportamentos diferentes. Mas colocar à janela esse desenhos coloridos dá um sentido de comunidade de que não enfrentamos sozinhos estes tempos diferentes, mas sim em pé de igualdade com todos. E fazer parte de um todo é sempre mais fácil, mesmo que a mensagem de esperança fosse enganadora.

Que vergonha passar tanto tempo sem escrever aqui. Devo estar a amadurecer em demasia. Prefiro dizer que ao invés de envelhecer estou a amadurecer talvez porque os anos passaram sem que me desse conta e de repente estão ali ao virar da esquina os cinquenta. A pouco e pouco as brancas no cabelo vão sendo mais frequentes, porém a minha mentalidade parece mais juvenil e optimista. Isto porque muito provavelmente os anos que vivi me mostraram que o pessimismo é um obstáculo a uma vida feliz.

Fiquei recentemente familiarizado com uma das premissas do estoicismo denominada “Amor Fati“ que se traduziria em grosso modo como amar o destino. É um conceito difícil de abraçar, pois implicitamente deveríamos não só aceitar e amar tudo o que nos acontece de bom e também de mau. No fundo sermos gratos por tudo o que o destino nos reservou, mesmo que isso nos tivesse num primeiro momento causado angustia e sofrimento. E isto porque é uma das formulas que os estóicos acreditam ser a base de uma vida feliz. Aceitar que o nosso ego e vontade não altera magicamente o nosso destino mas sim só o nega e cria obstáculos. Acreditar que o que sucedeu de mau na nossa existência só nos tornou mais capazes e nos fez crescer é uma noção que venho a acarinhar cada vez mais a medida que amadureço.

Todos nós, homo sapiens somos os descendentes de lutadores estóicos que suportaram todas as adversidades que se colocaram à sua frente, desde o tempo das cavernas, passando por mil fomes, guerras e pestes desde que há memória. Ao fim de contas nós neste jardim à beira-mar plantado desde os nossos bisavós sobrevivemos à implantação da republica, à primeira grande guerra, a três ou quatro bancas-rotas, à falta de alimentos, a uma ditadura de 48 anos, a uma guerra colonial com 5 frentes no ultramar, ao isolamento internacional, a pobreza do pós-guerra, à revolução de Abril e ao PREC, ao 25 de Novembro, às maiorias absolutas, ao FMI e a geringonça.

No fim fazem-se as contas: sobrevivemos e somos mais fortes e capazes. Tal como na nossa própria vida, todas as vicissitudes são importantes para nos enriquecerem e fazerem de nós seres com mais fibra e sabedoria. E a cada ano que passa e nos afastamos daquelas comoções e contrariedades trágicas temos uma perspectiva mais salutar, uma lição que levamos aprendida para uso futuro. “Amor Fati” é abraçar o fado e sentir que nos fez quem somos e que deveríamos ser gratos pelo caminho que fizemos assim como o que se está a desenlaçar para o futuro que há de vir. E que venha ele. Estamos cá para isso.

Este é um simples exercício para perceber quanto consigo escrever num espaço cronometrado de quatro minutos. Enquanto o tique-taque conta, martelo teclas contra-relógio sem muita precisão do que pretendo escrever. Mas isso não é propriamente algo de errado, é apenas um desenvolver de aptidões que necessito se pretendo algum dia levar avante o meu propósito de escrever alguns contos, e quem sabe, mais tarde conseguir a grande realização pessoal que seria escrever um romance.
Esse objetivo pode até ser algo inconcretizável, mas creio que sem ser um obreiro diligente, um escrevinhador persistente, não serei capaz de tal proeza. Por isso dou os meus primeiros passos no sentido de atingir uma escrita mais fluída, capacitando-me que só com muito suor e esforço se atingem as grandes façanhas da vida. Pé ante pé
Uma mulher não se conquista apenas através de um estalar de dedos, ela requer mimos e atenção, um fazer da corte perseverante, mostrando intenções sérias de namoro numa aproximação faseada rumo à intimidade que é o amor. Tal como nas paixões a escrita rouba-nos parte do nosso precioso tempo nesta terra, e só com a força do coração podemos tentar seguir a mestria com que as palavras se derramam num texto. Escrever é um ato de amor puro onde o escritor se desnuda, se retira de uma zona de conforto e expõe os seus pensamentos e fantasias numa estória que revela fragmentos do seu ser intimo e da sua matriz de credos e de estética. Cada palavra é um nó de um intrincado manto de retalhos do que o autor se propõe a dar ao seu leitor, para que este último se deixe cobrir nos sonhos de outrem. E isso é a mais pura das belezas, transferir sentimentos, sensações e até pedaços da nossa alma para alguém perdido no espaço e no tempo que algum dia há de ler aquele conjunto de palavras que jorrou no seu espírito.

A simplicidade de um dia passado entre quatro paredes, quando lá fora o frio e chuva invernais costumavam ser sinónimo de tédio absoluto. Hoje no entanto passou a ser sinónimo de amor e alegria, tudo graças aos meus dois rebentos e à minha delicada cara-metade.

Nos últimos anos tenho aumentado o meu interesse pelo desporto das massas. O novo ópio do povo, ou se preferirem o futebol, acaba por nos apanhar como uma espécie de polvo.

Para onde quer que vamos, qualquer jornal que abrimos, qualquer noticiário que vemos na TV, somos bombardeados com informação irrelevante acerca  do futebol nacional e internacional, debates semanais acerca de clubites entre os três grandes.

Se por um lado estou meio farto de todo esse futebol, não deixo de deixar apaixonado pelo meu clube de eleição, o FCP.  Este infelizmente atravessa um mau momento, depois de uma época intensamente dourada, deixou-se cair em mares mais revoltos. A incapacidade de um treinador hoje deu-me mais um desgosto, porém não será por isso que vou abandonar o meu amor. Só não quero é ouvir falar em futebol até ao carnaval…

Começa o ano, comem-se as passas e fazem-se os desejos para os próximos 365 dias. É assim a tradição.

Este ano fiz os meus desejos só depois de agradecer a bênção de estar vivo e de saúde, rodeado de uma família que amo muito. Que mais pode um homem desejar para ser feliz?

Já no primeiro dia do ano enquanto adormecia o meu diabrete mais novo, com o estômago a latejar de um almoço muito substancial e com os doces como mandam as regras, dei por mim a pensar que  não necessito de mais nada para ser feliz. Para além da espuma dos dias, da rotina diária que nos escraviza existem esses elementos mais importantes que tudo o resto.

O amor incondicional que nos enche o coração, a partilha da nossa breve estadia no terceiro calhau a contar do Sol, a paixão, o saborear e o desfrute da vida, alheio aos medos mundanos e das intermitências da vida é o que nos faz verdadeiramente felizes. Por isso este ano preferi ser grato e apenas desejar ser capaz de fazer que os que me rodeiam  sejam felizes.

 

Faz hoje exatamente 14 anos que comecei este blog. Nunca imaginei que este sobreviveria tanto tempo, que tenha antecedido a moda de blogar e fosse tão perseverante que quando se tornou démodée manter um diário online ou um site de artigos de opinião ainda existisse de forma resiliente.

Escrever aqui foi como o encontrar de companhia para os bons e maus momentos, e nos períodos de fertilidade da escrita ou de um profundo esquecimento este lugar esteve sempre disponível para me voltar receber.

Há quatorze anos um dos motivos que me levou a começar a escrever num blog foi a deslocalização a que me sujeitei, trocando a minha cidade e um emprego que eu gostava mas numa empresa que afigurava o Passado, por um novo projeto mal definido na grande capital. Estava há muito apaixonado pela K. e sabia que essa paixão não se concretizaria tão cedo, não era o lugar nem o momento. Por isso, por males de amor e de males de gestão encarei que nada tinha a perder, mas sim tudo a ganhar. Comecei a escrever num Palm (imaginem) que me acompanhava regularmente no Alfa Pendular numa malograda aventura que assistiu à derrocada das torres gémeas. O 11 de Setembro envolveu o desencanto de uma nova época de mudança e eu não sobrevivi na grande capital, nesse desterro de migrantes.  Foi uma época de alguma desilusão e de sobrevivência. E foi no psicotico.com que libertei demónios e frustrações assim como enumerei esperanças e registrei bons momentos.

A sua companhia, a sua estranha forma de confidente aberto ao mundo foi uma óptima forma de catástase que para os engodos e vitórias me fez companhia fiel ao longo destes anos. Obrigado!

Tirando António Costa que mal abriu a boca, o PS e a esquerda em geral têm dado um triste espectáculo da sua verdadeira natureza, que às vezes chega a roçar e a entrar na pura obscenidade. No PS, a gente de um lado e outro usa (com poucas variantes) a velha “língua de pau” de 1975, que nos fez rir durante 30 anos. Ninguém fala de política: da situação do mundo, da “Europa” ou sequer de Portugal. Ninguém fala da estratégia conveniente ou aconselhável para o partido, mas nos méritos e deméritos dos dois putativos candidatos, na “lealdade” e “gratidão” ao chefe ou nos triunfos que Costa infalivelmente trará consigo. O que estas parlapatices da hipocrisia, do oportunismo e da má-fé podem interessar ao cidadão comum é coisa que não interessa aos “notáveis” que a televisão convida ou escrevem doutoralmente para um jornal qualquer.

Nunca a “classe partidária” mostrou com maior clareza a sua vacuidade e o seu egoísmo. Trata sempre a situação do país como se tratasse do futuro de uma fábrica de sapatos: será que a baixa das vendas é irreversível ou temporária? Será que a concorrência vai aproveitar a oportunidade? Será que os lucros não são suficientes para investir e alargar o mercado? Não seria bom “lançar” um novo modelo, para aproveitar a moda? E não seria bom mudar de director? Sem o pormenor irrelevante dos “sapatos”, que diferença se consegue encontrar entre essa benemérita fábrica e um PS, que pretende reformar a “Europa” e salvar Portugal? Nenhuma ou tão ténue que não se distingue. Os campeões do socialismo não passam de uma empresa vulgar, com exclusivos critérios comerciais, tal qual como as gaba o famigerado “neo-liberalismo”.

Fica ainda a poeira da extrema-esquerda. A extrema-esquerda não sabe o que há-de fazer à vida. Gostava, como um adolescente, de ser rica e “famosa”, e de arranjar um namorado. Mas nada infelizmente a recomenda, excepto uma condenação genuína do estado do país. Só que a terapêutica que se propõe aplicar mataria o doente e 80 por cento dos portugueses percebem isso muito bem. Claro que muitas pessoas do Bloco ou do PCP, como o simpático e confuso João Semedo, merecem a nossa estima. Mas, como se sabe, a mistura entre os bons sentimentos e o espírito de missão tende a criar fanáticos; e o fanatismo leva rapidamente à intolerância e à intriga. O buraco de víboras em que se tornou o radicalismo português, além de paralisar o PS e o regime, não serve para nada e envenena o ar.

Vasco Pulido Valente in Público

«Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que toda a nossa vã filosofia»

 

Já o dizia Shakespeare. E com toda a razão. Talvez com o passar dos anos e do amadurecimento do corpo a alma também se torne adulta e procure os porquês internos que na juventude parecem melodramas de fé e crenças. Esses porquês levam a mudanças do entendimento do que somos e do que queremos. Podemos ter o sucesso de carreira, a satisfação amorosa, o regozijo de ter uma nova família, mas fica ao ponto de interrogação. O que é?...

 

Nessas deambulações tive a sorte e talvez o azar de muito cedo ter um destino taçado com um enorme borrão de tinta que me abalou as fundações. A certeza de que há algo mais que o existo porque penso, foi me imposta numa casualidade que me (quase) tirou a vida quando tinha apenas 14 anos. Nessa altura tive a noção que segundos podiam ser eternidades, a eternidade se condensava num único instante e que as certezas do desenlace eram tão fortes, tão convictas quando regressei que sabia que aquela luz não era um alucinar de um cérebro em débito distólico.

Posso ter sido uma ave com a asa quebrada (quase literalmente) mas segui inúmeros caminhos desde então, quase sempre atalhos mal pensados, fugindo  e enterrando parte do que sou e fui para tentar não enfrentar o infortúnio que no fundo era também uma dádiva. Seguia um carpe diem irreflectido, como um adolescente que sente que lhe roubaram a adolescência e que persegue mil e um engodos.

Hoje sinto  o quanto foram bons estes 25 anos de aprendizagem, de tentativas e erros. De como tantas asneiras (que ainda hoje as cometo) me tornam cada vez um bocadinho menos ignorante. Vejo a pouco e pouco aquela luz que vi faz 25 ou 26 anos. Ela brilha e traz consigo aquela paz e as respostas que me recusei a procurar e que hoje vou encontrando a cada dia que passa, em especial nos sorrisos dos meus filhotes.  Um dia talvez perceba que luz é essa.  Até lá quero crescer e ajudar no pouco que possa outros a descobrir que …

 

«Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que toda a nossa vã filosofia»

Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
.
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
.
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
.
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o amor tem asas de ouro. Ámen.

Natália Correia

Um novo ano se inicia, marcando um ciclo diferente que começa. Talvez porque tenho já alguns cabelos brancos ou porque eu sinto o misto de alegria e peso da responsabilidade de ser pai de duas ternas almas, sinto que estou numa fase mais madura.

Neste ciclo complicado, muitas portas se fecham, muitas oportunidades são aparentemente perdidas. Acredito piamente que quando o Destino nos coloca entraves e dificuldades apenas estamos a entrar num novo ciclo, que no aparentemente nos parece negro. Abrindo bem os olhos existe sem uma luz ao fundo do túnel. E isso nem mesmo a crise economia pode esmagar.

Muitas vezes usamos padrões de felicidade que nos foram impostas, ou melhor, incutidas repetidamente pelos vendilhões do templo. O sucesso, a fama e a felicidade não devem ser quantificadas em dólares como sempre nos publicitaram. O exterior reluzente não e fonte de prazer e alegria. São apenas euforia passageira que não traduz o vazio intrínseco que a acompanham.

Neste mundo tão materialista e capitalista em falência talvez seja tempo de nos debruçarmos sobre nós próprios e investir no verdadeiro enriquecimento e dar aos nossos próximos o que nós temos de mais precioso: amor e amizade.

Dizem que o tempo passa a correr. Talvez só com a idade possamos entender a profundidade desta afirmação tão popular.
Faz mais um ano que eu estava perdido na grande cidade, vulgarmente designada por Lisboa, pensando que estava a construir um novo destino que não estava escrito e muito menos estava predestinado a acontecer.

No calor desse verão longínquo antecipava um amor perdido para sempre e alimentava um gosto por caminhar junto ao precipício como se fosse a saída de um beco do Destino. Sem rédeas ou planos mergulhei de cabeça sem saber se tinha fundo. Apenas queria afastar-me do passado e buscar um futuro radicalmente diferente e se possível melhor. Porém não consegui cortar todas as amarras e inocentemente achei que a minha tábua de salvação seriam os desabafos neste blogue, para que os meus melhores amigos me pudessem seguir, numa forma de falsa proximidade.

Logo num par de meses pude ver que a minha fibra não era a de um workaholic que deixa tudo para trás e faz tábua rasa das suas paisagens nem das suas emoções. Julguei ser forte mas as emoções e a falta de norte literalmente me levaram para futuros menos incertos mesmo que ainda não fosse capaz de delinear qualquer plano para a minha vida. Foi um momento em que este diário me sugou ânimo mas me deu em retorno muita esperança de melhores dias.

Tornei-me dependente deste curioso amigo sem alma própria que aos poucos me mostrou que muitas vivências devem ser relativizadas. Muitos tropeções e asneiras asseninas ainda vim a fazer na sua companhia, altos e baixos psicoticos na verdadeira ascensão da palavra, mas que me foram moldando e amadurecendo.
Passados 11 longos mas céleres anos quero dizer Parabéns. Parabéns psicotico.com.

Há muito tempo que não me estava a dedicar convenientemente ao meu gosto por vomitar algum pensamento em formato escrito. Tenho-me deixado corromper por uma profunda procrastinação no que toca ao hábito de escrever e podia aqui aliviar as minhas frustrações e debitar um número incontável de razões mas isso só serviria como exercício patético de autoflagelação e de listagem lamúrias.

Por isso prefiro estender este pequeno texto no sentido de tentar reencontrar o profundo prazer que me foi roubado aos poucos que é escrever. Escrever regularmente é uma catarse que a minha mente necessita para clarificar a alma e os neurónios. Tenho sentido a falta dessa capacidade de verbalizar a consciência e inconsciência do íntimo e do anotar de pensamentos e reflexões.

A loucura não se descreve, apenas se pode tentar mimetizar, documentando os fragmentos de falta de lucidez ou até de plenos mergulhos paranóicos com alucinações nefastas. Da mesma forma a lucidez e algo de amorfo que muitas vezes depende do ponto de vista e que o fanatismo para alguns é fervor religioso para outros, a loucura pode ser só uma excentricidade ou a demência total. Algures deve ficar o equilíbrio, o meio-termo – o fiel da balança que tento perseguir à medida que amadureço ou melhor – para falar a verdade – à medida que envelheço.

Acho que perdido o anonimato que me servia de capa para mergulhar mais facilmente no caos louco que me ocorre na mente me tenha abrandado os ânimos mais criativos. Talvez esse caos louco se tenha enternecido e seja só uma suave corrente ou talvez escrever a espaços me faça envelhecer melhor. Quem sabe?

  • Eu corri 8.26 km
    http://t.co/7tx3iBho #
  • A minha agenda para as próximas duas semanas está sem tempo para respirar! #
  • Segunda injecção de palhaços este fim de semana. Agora só para o ano se faz favor. #
  • Eu corri 5.45 km
    http://t.co/prEdTqGb #
  • O timeline do facebook parece-me ser das poucas coisas acertadas e que funcionam. #
  • Eu corri 4.3 km
    http://t.co/wRIGMvLd #
  • @ compras de natal #
  • Pronto para a festa de Natal. #
  • Mais música de Vangelis não, por favor! #
  • Em estágio. Frio é o que me espera para a mais linda corrida de sempre. #
  • Eu corri 10.13 km
    http://t.co/Ea9dc0cM #
  • Aos trinta saltei de paraquedas. Aos quarenta quero a maratona! #
  • "That's the best revenge of all: happiness. Nothing drives people crazier than seeing someone have a good fucking life." ~ Chuck Palahniuk #
  • Sushi meu amor#
  • Eu corri 5.01 km
    http://t.co/9ddPRFdI #
  • Eu corri 13.44 km
    http://t.co/L1cSLtFh #
  • Em preparação para a última corrida do ano. #
  • Eu corri 13.81 km
    http://t.co/m07FsO7x #
  • Pronto para o jantar de pós Natal dos amigos da minha praia #
  • Ano novo, kilos novos 🙂 #
  • B-) #
  • Just posted a 14.55 km run with @RunKeeper. Check it out! http://t.co/bsB1k7AO #RunKeeper #
  • @bricolage_108 O estilo deixo ao teu bom gosto.Tudo de preferência entre 130-150 bpm senão o cavalo ou para ou cai para o lado. in reply to bricolage_108 #
  • Que frio impossível. #
  • Quem quer vir comigo ao Dragão ver o Porto-Rio Ave? Tenho um cativo livre… #
  • Que boas noticias! #
  • Presunto. Drambuie. Life is good! #
  • Os bichinhos apanharam-me outra vez. #
  • O futuro http://t.co/MmiSEuin #
  • Estou a sintir uma falta enorme de meter km s de asfalto nas sapatilhas. Mas os bichos maus na garganta não deixam. #
  • Não há pachorra. #
  • I won a "Pointimus Maximus" trophy at @earndit (a site that rewards you for working out) http://t.co/M5tao5Ww #
  • My Pro Trek has arrived! Can´t wait for unboxing! #
  • queres ver que hoje é uma ikea installation party em minha casa e ningéum me avisou … para fugir? #

“Um amigo não é alguém que te manda «chain letters» para concretizar o sonho de ficar rico”.

Olá, o meu nome é Basmati Kasaar. Eu sofro de uma rara e mortífera doença, tenho péssimas notas na escola, sou extremamente virgem, tenho medo de ser raptado e executado por electrocussão anal e culpado de não ter continuado 50 biliões de «chain letters» recebidas por mim da parte de pessoas que realmente acreditam que, se as enviarem, permitem à pobre menina do Arkansas, de 6 anos, com o peito na parte de trás da cabeça, de juntar dinheiro suficiente para o remover, antes que os retrógrados dos pais a vendam a algum circo de atracções bizarras. Honestamente, você acredita que Bill Gates vai oferecer $1000 a cada um que envie o “seu” e-mail? Até que ponto vai a sua estupidez? Ooooh, olhe! Se eu for descendo esta página e fizer um desejo, vou conseguir levar para a cama todas as modelos da Playboy! Que grande balde de trampa!! Assim, basicamente, esta mensagem é um grande VAI-TE LIXAR para toda a gente aí fora que não tem mais nada que fazer do que envi
ar-me uma enorme quantidade de estúpidas «chain letters». Pode ser que os maléficos duendes das «chain letters» venham a minha casa e me sodomizem durante o sono por não continuar a cadeia começada por Tiberius no ano 5 A. C. e foi trazida para este país pelos árabes que ocuparam a Península Ibérica e que, se fosse continuada, entraria para Guinness como a mais longa e contínua mensagem de estupidez. Que se lixem!! Se vai enviar alguma coisa, ao menos que seja divertida. Já vi todas as “envie isto aos seus 50 melhores amigos” e toda a espalhafatosa desculpa de que um ser humano irá receber um escudo de algum omnisciente todo poderoso, se enviar aquela treta umas 90 vezes. Estou-me borrifando!! Mostre um bocadinho de inteligência e pense um pouco no que realmente está a contribuir enviando «chain letters». Na melhor das hipóteses, é a sua própria impopularidade.

OS QUATRO TIPOS DE «CHAIN LETTERS»:

«Chain Letter» nº 1:

(desça a página)

Peça um desejo!!!

Não, a sério, peça um desejo!!!

Oh, por favor! Ele nunca irão nisso!!!

Peça outra coisa!!!

Isso não, sua mente pervertida!!!

Já está a ficar com o dedo cansado?

PARE!!!!

Qual é a graça? 🙂

Espero que tenha pedido um grande desejo…

Agora, para se sentir culpado, aqui está o que vou fazer. Antes de mais nada, se não enviar isto a 5096 pessoas nos próximos 5 segundos, será violado(a) por um bode louco e atirado(a) do topo de um edifício para uma pilha de entulho. É verdade! Porque ESTA carta não é como as outras falsas.
ESTA é a VERDADEIRA!!! É verdade!!!

Veja como é: *Envie esta mensagem a 1 pessoa: Uma pessoa vai ficar lixada consigo por lhe ter enviado uma estúpida «chain letter». *Envie esta mensagem a 2-5 pessoas: 2-5 pessoas vão ficar lixadas consigo por lhes ter enviado uma estúpida «chain letter». *Envie esta mensagem a 5-10 pessoas: 5-10 pessoas vão ficar lixadas consigo por lhes ter enviado uma estúpida «chain etter», e podem formar uma conspiração contra a sua vida. *Envie esta mensagem a 10-20 pessoas: 10-20 pessoas vão ficar lixadas consigo por lhes ter enviado uma estúpida «chain letter» e, certamente, vão pôr uma bomba na sua casa. Obrigado!!!! Boa Sorte!!!

«Chain Letter» nº 2:

Olá, e obrigado por ler esta carta. Existe um rapazinho esfomeado em Baklaliviatatlaglooshen, sem braços, sem pernas, sem pais e sem cabras. A vida deste rapazinho pode ser salva, pois cada vez que você passar esta mensagem, um escudo será doado à “Fundação Rapazinho do Baklaliviatatlaglooshen, Esfomeado, Sem Braços, Sem Pernas, Sem Pais e Sem Cabras”. Ah, e não se esqueça, nós não temos maneira nenhuma de contar os e-mails enviados e isto é tudo uma grande banhada. Assim, vá em frente. Envie isto a 5 pessoas nos próximos 47 segundos. Devemos prevenir que, se por acidente, enviar a mensagem a 4 ou 6 pessoas, você morrerá instantaneamente. Mais uma vez, obrigado!!

«Chain Letter» nº 3:

Olá!! Esta carta existe desde 1897. É absolutamente incrível, porque nessa altura não existia e-mail e provavelmente também não havia tantos tristes com coisas melhores para fazer. Assim, isto funciona da seguinte maneira: Passe isto a 15.067 pessoas nos próximos 7 minutos ou algo horrível lhe vai acontecer, tal como: *História de Horror Bizarro #1: Alice caminhava pelo passeio vinda da escola, numa sexta-feira. Ela tinha recebido esta carta recentemente e ignorou-a. Tropeçou numa fenda do passeio, caiu no esgoto, foi sugada para o tubo principal cheio de trampa e saiu a voar sobre uma cascata nojenta. Não só ficou a cheirar horrivelmente como morreu. Isto Pode Acontecer Consigo!!! *História de Horror Bizarro #2: António, um rapaz de 13 anos, recebeu uma «chain letter» no seu e-mail e ignorou-a. Mais tarde, nesse dia, foi atropelado por um carro, conduzido pelo seu namorado (hei, certas pessoas dançam desta maneira). Ambos morreram e foram para o inferno e foram obri
gados a comer gatinhos adoráveis todos os dias até à eternidade. Lembre-se, você pode acabar como a Alice e o António. Basta enviar isto aos estúpidos dos seus amigos e tudo ficará bem.

«Chain Letter» nº 4:

Se você se interessa, leia este poema que escrevi. Envie-o a todos os seus amigos. Amigos Um amigo é alguém sempre ao teu lado, Um amigo é alguém que gosta de ti, mesmo que cheires a merda, o teu hálito tresande a comida de gato, Um amigo é alguém que gosta de ti, mesmo que sejas feio como um chapéu cheio de calhaus, Um amigo é alguém que te limpa depois de te vomitares todo, Um amigo é alguém que fica ao teu lado toda a noite enquanto tu choras da tua triste, triste vida, Um amigo é alguém que finge que gosta de ti, mesmo que ache que merecias ser violado por um chimpanzé louco e depois atirado a cães viciosos, Um amigo não é alguém que te manda «chain letters» para concretizar o sonho de ficar rico. Agora passe isto em frente!! Se não o fizer, nunca mais terá sexo na vida!!

Qual o sentido disto tudo? Se receber «chain letters» que o(a) deixem mal disposto(a) ou com promessas de sorte e felicidade para o resto da vida, apague-as. Se são divertidas, envie-as. Não obrigue as pessoas a sentirem-se culpadas da vida um leproso no Botswana, sem dentes, que esteve atado a um elefante morto durante 27 anos, e cujo salvamento depende dos 5 escudos por carta que ele receberá se você continuar a cadeia, senão você acabará como a Alice. Certo?

Corre Nina
A casa da praia
Foi tempo de uma flor sem tempo
De uma geração

Dia a dia a marcha da vida
Foi um amor sem palavras
Chuvas de verão
Diz-me onde é que tu moras
Diz-me o que fazes depois do adeus

Um encontro
Um cantar de amigos
Aplausos ou desprezo para o cantor
A cantiga é quando um homem quiser
E eu já sei que deve ser cantiga de amor

Hoje canto com quadras à solta
Deito a semente na terra lavrada

10 Anos é muito tempo
Muitos dias, muitas horas a cantar
10 Anos é muito tempo
Deste tempo inteiro que eu vos quero dar

Em Lisboa, menina e moça
Do meu canto de esperança nasceu a Nini
E agora, que eu canto e sei porquê
É por isso que gostava de vos ver aqui.

10 Anos é muito tempo
Muitos dias, muitas horas a cantar
10 Anos é muito tempo
Deste tempo inteiro que eu vos quero dar

Música e letra de Paulo de Carvalho

  • 25 km na bike para matar saudades #
  • O ambiente está eléctrico. Mas mais logo vais estar electrizante #
  • É hoje que arranjamos mais um caneco #
  • Parabéns #FCP É sempre lindo ganhar um troféu assim #
  • Viva Colombia! #FCP #uefa #
  • "Pôr o Sócrates a gerir os 78 mil milhões é como promover o Bibi a chefe dos escuteiros" #
  • correu 5.42 km no dia 20/5/2011 at 1:04 PM a uma velocidade de 5'32"/km
    http://go.nike.com/6d3rufs #
  • A melhor caipirinha do mundo com a melhor namorada do mundo. Oxalá se repita mil vezes #
  • @pinheirop no Oxalá in reply to pinheirop #
  • Como é bom ouvir a voz de Lance Armstrong no final de uma corrida a dar-nos os parabéns por termos terminado a corrida mais longa de sempre! #
  • correu 18.91 km no dia 21/5/2011 at 10:40 AM a uma velocidade de 6'08"/km
    http://go.nike.com/60dbo52 #