festa

Mesmo um exame superficial da história revela que nós, seres humanos, temos uma triste tendência para cometer os mesmos erros repetidas vezes. Temos medo dos desconhecidos ou de qualquer pessoa que seja um pouco diferente de nós. Quando ficamos assustados, começamos a ser agressivos para as pessoas que nos rodeiam. Temos botões de fácil acesso que, quando carregamos neles, libertam emoções poderosas. Podemos ser manipulados até extremos de insensatez por políticos espertos. Dêem-nos o tipo de chefe certo e, tal como o mais sugestionável paciente do terapeuta pela hipnose, faremos de bom grado quase tudo o que ele quer – mesmo coisas que sabemos serem erradas.

in Carl SaganO Mundo Infestado de Demónios

  • Reiki Nível I. Obrigado mestre! #
  • Lágrimas de crocodilo não limpam meia década de total incapacidade e incompetencia. Drop dead Sócrates! Que a história te julgue como merece #
  • Tanta festa porquê? O efeito desgraça grega após FMI ainda está por começar. #e2011pt #
  • Mais simples seria mandar para as urtigas os 78 mil milhões e ligar para a casa da moeda tirar as teias de aranha às impressoras. #
  • correu 5.01 km no dia 8/6/2011 at 12:59 PM a uma velocidade de 5'38"/km
    http://go.nike.com/4uk5u2l #
  • Isto está a começar bem… #
  • Hoje não é sexta 13? É que parece! #
  • O Reiki também deveria funcionar com carros e telemóveis… #
  • Depois disto quem precisa de trocar a bateria sou eu! #
  • Enorme pedrada de endomorfinas. Fazer os 21km da meia maratona é completamente louco assim como dá uma recompensa fenomenal. Inexplicável #
  • Hoje mereço! Vou preparar o gelo para o gin tónico e para os joelhos #

O meu muito amado FCP sagrou-se novamente campeão nacional de futebol como seria de esperar, com toda a naturalidade acumulando 25 títulos.

O grande motivo de regozijo porém foi sagrar-se campeão na casa do adversário ódioso que lhe proporcionou uma festa as escuras num espectáculo de extrema falta de fair play. Quem não sabe perder não é digno nem tem ombridade. Mas isso não é nenhuma novidade. E será assim que rezará a história deste campeonato: o Porto ganhou bem e o Benfica mostrou a sua verdadeira face.

Depois de um fim de semana exigente, dou-me conta que desta vez a festa do solesticio de Inverno não me está a atormentar particularmente como noutros anos.
Quando penso nesta ausência de stress pré-natalício não vejo nenhuma explicação a não sei a inevitável influência da minha cara metade que vibração com qualquer alusão à época do velhinho das coca-cola. Não tenho feitio para ser o desmancha-prazeres encartado em serviço permanente e por isso forçosamente vou assistindo com mais benevolência ao preparativos mais ou menos frenéticos da quadra. 
Mas tudo isto só é suportável bem
longe das catedrais de consumo como é lógico!

A festa do santo padroeiro da minha cidade é sempre um evento que me alegra. Apesar das circunstancias e de não ser propriamente a euforia do passado, pois já não tenho pernas nem disposição mental para isso e portanto acedi com satisfação aos apelos de um um arraial de S.João mais ao género de private party.

Por entre a comezaina, que incluóa as obrigatórias e dispendiosas sardinhas frescas assadas na brasa, vi-me numa sessão new age de adereços, que muito embora dispensasse os obrigatórios martelinhos e alhos porros, não deixou de ser divertida, dado essencialmente a uma companhia primorosa. Regue-se a vinho à descrição e temos quase toda a ementa de uma noite bem passada.

Contudo la creme de la creme, foi quando se viu chegada à hora pirótecnica hard core, em que eu a contra gosto participei, não sem ter emitido uma quantidade desmesurada de impropórios mentais, bem silenciosos. Não gosto do cheiro da pólvora nem dos estouros de rojões, nem de fogos de desartificio. Parecem-me uma maçada perigosa e uma forma de queimar dinheiro a custo de alguma adrenalina primordial algo caduca.

Mas mea culpa, mea tão grande culpa, pois fiquei com um sorriso de orelha a orelha quando os balões de papel se alinhavam para o enchimento e lançamento em condições climatéricas desfavoráveis. O balão de S.João tem na sua essência algo de sublime, é uma espécie de programa espacial da populaça que envolve tecnologia do século XVIII. É um imaginário poético de iluminar os céus na imaginação de para onde viajara tal engenho. Lançar um balão não é simples e requer alguma colaboração e entre ajuda entre quem acende e quem segura a máquina, para que o ar quente a possa elevar, rumo a um desconhecido. Apesar de haver uma tentativa que culminou em insucesso devido a um lançamento prematuro, vimos vários que subiram acompanhados dos efémeros e breves gritos de alegria dos balonistas amadores.
Estou a ficar perito…

Foi um jogo meio morto mas a que se seguiu uma festa rija – a Selecção chegou à final, fazendo história num ponto conturbado da história politica portuguesa. Apesar de eu estar meio constrangido, as notícias e o jogo fizeram-me ver que as preocupações e tristezas não podem comandar-nos e que temos que receber os poucos escapes e ópios que estão ao nosso alcance.

A Selecção das quinas motiva um orgulho nacional ferido, tentando adiar para melhores datas as decisões políticas que nos vão cair em cima nos próximos trimestres de forma desastrosa. Mesmo assim de nada vale sofrer por uma tragádia vindoura em vez de saborear a vitória actual.

Pessoalmente sinto-me aprisionado numa redoma aprisionante que não me deixa reflectir nem ser capaz de controlar o meu destino próximo. Tenho a sensação que tudo está fora de eixos e que as balanças estão oscilando desenfreadamente, impedindo para já, qualquer ideia com peso e medida. A ver se me aguento até à final.

Na ressaca de uma festa esfusiante de toda uma nação, é importante dizer que eu também vibrei e sofri com o desempenho futebolístico da nossa Selecção. Foi um bom jogo, cheio de emoções e realmente ganhou a melhor equipa, o que me deixa orgulhoso.

Parabéns Portugal!

Pois é!
Muita poeira ainda está por assentar, as asneiras ainda de refletem, as pieguices ainda me perseguem, encontros, desencontros, dúvidas e destinos, mas ao menos já sinto que posso vir a voar.

Felizmente no dia 30 estarei de novo no LUX para assistir ao desfilar de mais uma noite mágica de excessos e prazeres musicais para lá do que uma alma consegue resistir. Nada como uma festa como o Club Kitten @ LUX para descarrilar sem freios.
Irei com N. esse fiel companheiro de desgraças, e vamos encontrar S. e C. que regressarão de férias. Isso antevê algumas confusões e esquemas a permeio que vão tirar alguma da piada. Dissabores ou seduções? Resta-me procurar diagnoticar em mim uma comatose ou sanidade sóbria nesse percurso para sobreviver a essa pequena tortura. Tudo depende.
Afinal de contas é o meu DJ Kitten e eu falhei o mês passado: NO STRESS que esta vida são três dias.

Parte VI – Três mosqueteiros e Iracema

Finalmente as últimas horas estão a seguir inexoráveis. Caminham e desenvolvem. Uma após a outra passam fluidas, já não estão paradas. As preocupações já se desvanecem. Aprumam-se as ultimas despedidas. Mesmo nas três frentes. Excepto na frente Leste onde hoje não vou resistir a uma escaramuça que me pode causar sérias mazelas, uma vitória rápida ou uma esmagadora vitória dentro de semanas. Tudo depende dos ventos de guerra.

O tempo sai fluido e dentro de horas estarei nas férias merecidas, e quais três mosqueteiros, como tudo se encaminha, quer em mentalidade e coragem. N. e Dr.P. estão em plena forma, desesperados como eu em arrebentar tudo que houver para arrebentar e ter zero segundos de aborrecimento.
Descanso, festa, alegria, loucura, descontracção, mulheres e copos são a nossa ementa não programada. Acho que fazemos uma boa equipa, equilibrada, coesa. Se N. diz mata, Dr.P. diz esfola, e eu trago o machado. Se peço um copo, N. pede outro e Dr.P quer pagar os três. Se eu quero ficar até ao fim, Dr.P. quer ser o último a sair e N. ainda voltava a tentar entrar. Sofregos e Cª!
Vai ser bom, e só mesmo um grande selecionador seria capaz de montar um terceto ofensivo como o nosso. Penso que vamos dar muitas goleadas!

E nestas andanças me despeço, uma vez que nem sei se vou voltar. Posso-me perder num grito estridente de cisne, nos braços de Iracema ou Iemanjá, e para sempre ficar sepultado nas terras da Vera Cruz.


Adeus! Até sempre, ou até já!

Fim

ou talvez não

festa kitten

Não quero saber se hoje é Baile dos Vampiros e encerra o Fantas. Não quero saber se é Carnaval, ou mesmo se hoje tocam os Blasted Mechanism.

Sei que há festa do DJ Kitten, e os sobreviventes vão cerrar fileiras para dançar a festa do Porto. Estou mesmo a precisar de estar no Sá da Bandeira até sentir que o meu corpo se desprendeu ao ritmo eletro-trash.

Após uma semana de trabalho sem vida própria, esta carcaça velha estava numa de espantar os maus espíritos. Halloween como os anglo-saxónicos lhe chamam…

Por cá a noite das bruxas acaba por ser uma festa recentemente descoberta, com mais carisma wicca que tradição propriamente dita.

Usando um pouco de imaginação, e dando largas à fantasia, eu, M. e A. resolvemos embarcar numa das nossas fantasias preferidas. É verdade!

Feticismo ou não, o imaginário romântico (sec. XVIII) misturado com a sub-cultura vampiresca tem uma estética muito singular de um teor erótico algo estranho mas intenso. E eis-me num bar gótico na festa de Haloween!

Bizarro ou não, os meus olhos deglutiam avidamente aquelas criaturas pálidas, aquelas jovens com ar frágil mas simultaneamente perversamente poderoso e irresistível. O negro largo contrastando com decotes reveladores de zonas níveas. Aqueles pescoços circundados por faixas negras, dois quais nunca consigo desviar o olhar… As sombras negras realçando um olhar penetrante e algo demente…

A libido efervescente numa estética definitivamente fetichista ma non tropo….

A música fazia juiz ao clima e adensava o enredo, passando por alguns locais comuns da minha juventude como Sisters of Mercy, Mission, par citar os mais emblemáticos e kitch dessa vanguarda gótica. Mas havia lugar para sons mais elaborados, chegando mesmo a baixar até ao euro-dance.

Gostei, quero mais!

Escusado será dizer que sexta-feira a festa foi de outro tipo… Decididamente para os portugueses ”aficionados” foi um dia negro. Mas mais negra é a palhaçada e o mau perder que me embaraça como português…
Afinal no desporto é preciso fair play, algo que o povinho português não consegue assimilar. Os jogadores jogaram mal, o treinador teve falhas e pior que tudo as expectativas eram demasiado altas.

Depois há a cisma do bode expiatório atribuindo as culpas a alguém em particular…
Como diriam certos velhos do Restelo – ”é por essas e por outras que este pais não vai para a frente”…

”Eu não presto…”

Na verdade a fúria carnavalesca teve que ser transportada para uma fiesta . Para ser franco estava mais numa de ver as vistas num sábado calmo, mas o bichinho ferrou e J. e A . fomos buscar o Dr. P. a cascos de rolha perfeitamente perdidos num Portugal profundo a escassos 20 km de Braga com total ausência de placas, nem sequer para dizer qual o lugarejo em que estávamos.

No meio de um carrossel de curvas contra curvas, eis que demos de caras com a fabrica de móveis ”Arca da Aliança”. Antes de darmos com o malfadado consultório do Dr. P. ª disse que “eu não presto” devido à quantidade de blasfémias que tanto nos fizeram rir, como a “Pedreira os 10 Mandamentos”, “Joelharia Relicário”, “Capintaria Cruz do Calvário”, ou “Serralharia Portões do Paraíso”.

Depois foi uma folia (des)contida numa festa animada. Em e Dr.P aguentamos até mas tarde, mas foi uma pesada factura nas velhas carcaças… se bem que valeu bem a pena com las rubias. «Quires folar?» «presupuesto»…