O tempo é como a areia que se escapa entre os dedos. Depois das três décadas tudo parece escapulir, tornar-se vertiginoso e perigosamente rápido, num suceder de dias, meses, estações e até anos. Dou por mim a braços com uma memória em que a cronologia começa a ficar confusa – seria há seis ou sete anos? Foi antes ou depois de… ?
Este sinal de que o meu tempo já se escoa faz-me lembrar-me o quanto ele é preciso e o quanto se torna tormentoso saber que ele se estoura em banalidades.
Há dias assim! Tudo parece que se foge, tudo acontece sem a nossa permissão, tudo é cansaço e banal mas a vida também tem que ter banalidades, tempo gasto, tempo mal gasto para assim sabermos dar valor e aproveitar todos os outros momentos…
Tens razão, mas não se trata de dias assim, trata-se de uma conciência alterada do tempo e da forma como ele esvoaça cada vez mais veloz e não só em banalidades.
Agora um chupa-chupa não dura nada… 🙂