Kitten e os semáforos


Não vale a pena negar.

A vida é uma constante mutação inexorável. O nosso corpo envelhece logo a seguir ao primeiro berro após o parto. A nossa mente e consciência cresçam sempre até ser incapaz de funcionar. É isso. As coisas mudaram bastante na outra semana. O céu não desabou, nem foi preciso lançar os botes salva-vidas, mas a estabilidade quotidiana foi ligeiramente retorcida . Há um par de desvios por motivos de obras no meu dia-a-dia. Os semáforos não estão sincronizados e alguém deixou o carro mal estacionado a dificultar o trânsito. Gasto mais tempo para lá chegar.

Ch. Fazia anos e estive com ele no Sábado. Foi bom rever Ch. e JB. . Apesar de estarem na grande cidade, mantêm uma relação interessante com a minha cidade, e mantêm-se genuínos. Ch. continua a ter uma graça cáustica e a ser um bon vivant e enfant terrible .

E então veio Kitten. – Kitten chegou a uma espécie de estrelato, dominando o underground da cidade. O seu nome bastou para encher o Sá da Bandeira até às 8 da manhã e mesmo não tendo condições nenhumas, a plateia abanava ao ritmo da dança made or inspired in the 80’s. É já uma figura de culto e a produção Hollywoodesca em palco e a sua presença deitaram a casa abaixo. N. ainda teve um cheirinho amargo pois tinha que trabalhar dia seguinte. E Ch. parece ter-se rendido ao Kitten Fan(ky) Club.

Mas a chuva carrega melancolia e o frio a apatia. Os últimos dias são mais lentos a passar e não me apetece fazer nada. O Inverno geralmente tem o dom de me aborrecer e deprimir.
Preciso de novos horizontes urgentemente. Quem sabe N. me endromine uma viagem ao Brasil. Faz 5 anos que lá não vou, e fazia-me falta de voltar a estar empregnado naquele espirito e energia forte.
E mulatas! Miham – miham…
Quem sabe…