Nos dias que correm é difícil ter ideias.
A nossa sociedade apenas promove uma crítica não construtiva como única forma de pensamento próprio.
É como se toda a minha geração fosse constituída por críticos de cinema algo estereotipados que apenas conhecem os filmes que ganharam os Óscares nos últimos 20 anos.
A cultura geral está baseada na TV e nos Shops, onde se discutem e criticam pessoas e locais antes de debater ideias e/ou aspirações. É o eu supérfluo e raramente o nós comunidade. Mas não sou muito diferente em última análise: – também eu sou consumista.
Moi memme que falo assim, gosto – quer queira, quer não – de consumir a máquina artificial de sonhos que nos espetaram pelo cérebro dentro, desde tenra infância através da TV. Esquecer aquilo que nos foi incutido desde o berço é como desprogramar a mente.
Basta-me um pouco de pensamento próprio. – Já sou feliz assim! Não vou ser mais feliz ou realizado com um apartamento classe média, um carro classe média, uma mulher classe média, um televisor classe média, amigos classe média, férias classe média, roupas classe média, um DVD classe média, livros classe média… enfim uma vida classe média que no fundo é uma ideia que a publicidade essa religião da iconografia consumista nos ensinou e nos preparou para a acreditar que seria aquilo que queríamos ter para sermos felizes.
Fomos ensinados a ser medianos-classe média …
Mas hoje já não acredito nisso.