O vento tem imperado toda a semana, fustigando com fortes rajadas frias, os meus fins de tarde. Desta forma refugio-me um pouco no lar e não tenho aproveitado para dar asas à minha paixão pelo mar salgado, ou pela poeira que levanto em duas rodas. Além disso o último tombo em duas rodas tem ainda as suas repercussões, fazendo o meu tornozelo, algo semelhante a um balão que incha e desincha à mercê do calor.
Apesar da temperatura subir à noite, o meu ar condicionado natural obriga-me a agasalhos desmotivantes num Verão tão estranho. Agora tudo parece arder em volta da minha cidade, tornando o céu num azul baço e triste. O cheiro execrável do fumo aparece a cada esquina, fazendo um desconforto incomum das minhas fracas narinas.
Que forma de escrever. incrivel!