2 – Na corda bamba
Tenho que aprender a não sucumbir com alguma facilidade à pressões e sentir-me como se estivesse numa corda-bamba que abana, perdendo o equilíbrio que me sustenta à vida.
Culpo-me por não ter essa experiência, essa capacidade de me equilibrar quando o vento sopra mais forte e temendo a queda, forçando movimentos mais bruscos e perigosos de pânico, movidos a uma estupidez irreflectida.
Num futuro próximo vou com mais confiança e certeza, ignorar o abismo que se estende debaixo do arame, seguindo pé ante pé, sem pestanejar, seguro que nenhum vento, seja qual for a sua intensidade, não me fará precipitar numa queda fatal.
como na vida a arte reflete o risco, o abismo pode
até ameaçar mas o tédio é que de fato mata, o que
é tão seguro e previsível que tira o ar, o movimento, a liberdade até de cair…rosa
desliza de mansinho no arame, dá o 1º passo, arranca, vai, mesmo tendo o abismo por baixo dos pés e, se caires, deixa-te ir, e goza a queda, porque da próxima vez será diferente, será melhor e voltarás a cair de novo ;o)