choro
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choro
Hoje estou particularmente irritadiço. Pareço o ser descompassado, muito ao contrário do que me tenho sentido intimamente. É sem dúvida um refluxo passageiro, de uma certa erosão do meu circuito profissional. Espinhos passageiros.
Nada que uns bons momentos de meditação e recolhimento não resolvam num ápice. Ao fim de contas sei-o hoje mais do que nunca que estou profundamente feliz com tudo o que se passa na minha vida.
Ausente, sofro por mil tormentos que não mereço, ou que não tenho direito de sofrer. É tempo de tentar uma réstia de esperança, ou pelo menos tentar colar os múltiplos estilhaços e inúmeros cacos em que se estilhaçou o meu futuro. Apenas quero um perdão e a chance de recontruir a edificação que ficou abalada.
“As early pioneers in the knowing, that when you lose your reason, you attain highest perfect knowing.”
É bom recordar um dos mais velhos e rebuscados lemas desta altura do ano:
Estou algo atordoado por toda as alterações telúricas que me circundam. Resta-me estar com fé, que tudo se resolva da melhor forma.
Necessitava de um pequeno tempo para me escapulir de férias para me certificar que as alterações que me propus atingir, seguem no bom caminho, rumo à felicidade, à Terra Prometida. E tudo na companhia que desejo.
Estou num estado lastimoso, em que o prazer mistura-se com um deambular frenetico da mente, bem para lá da memória e do estado da lógica, consumido num carrosel de amor e desejo eternos.
Mente e corpo vibram, vontando eu, um simples meliante, a ser um espírito pendular entre a minha cidade e a grande cidade.
Tenho-me aguentado. Não é assim tão complicado. Estou é preguiçoso, gripado, ansioso, mas hoje estarei muito feliz.
Completamente rendido ao sono, qual zumbi, após duas noites de privação do adormecer. Uma noite em branco num pesadelo asfixiante, outra no mais doce sonho.
N’importe quel nuit
Quase chorei quando na Vox começou a passar uma música que me dava sempre um estímulo de maratonista na minha adolescência.
Sol a dar, desperto e a ouvir “Fai un sol de carallo” dos galegos Os resentidos, numa alegre combinação entre a gaita de foles festiva tão enebriante, corretamente assimilada por um eletro muito 80´s. Só me apetecia dançar cheguei mesmo a acreditar que a Vox me dedicava aqueles minutos de supresa e alegria expontânea.
Já não acredito em desgaste. Nem na palavra, nem no conceito. Só acredito num esforço em direcção a uma meta que sei que vale a pena.
Um micro-dia de férias para recuperar do Paredes de Coura, polvilhado a praia, ida ao banco e ao barbeiro.
E agora sem Net.