Aquela bela sonata ainda ecoava na minha mente, mas nada me demoveria de estar absorvido em outros horizontes. Os meus pensamentos não acompanhavam a melodia que o piano acabara de expelir. Continuava a fixar o horizonte longínquo, como se um pedaço da minha alma estivesse perdido na imensidão desta distância.
Estava lá longe, no outro lado do oceano, onde as vagas e ondas do mar se fundiam no azul plano da ilusão da esfericidade da terra e bem onde a vista não alcança. Era lá que focava a minha mente e olhar, resignado e triste.
Sonhos Urbanos