Sobranceiro numa sombra perdida,
Não encontro um equinócio nem solstício.
Num jardim onde deambula uma alma partida,
Sem rosas nem jasmins, sem fim nem princípio.
Nessa ausência dolorosa, partilho o medo,
Esqueço que te desejo e busco loucamente
Para além de um limbo apático sem credo,
Numa crença de me fugires amargamente.
Conquista-me a vontade;
Corta minhas raízes profundas;
Bebe da minha verdade!
Realiza meus desejos;
Levanta minhas mãos prostradas;
Dá-me doces beijos!