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Acabei de ler 2666 de Roberto Bolaño. Fiquei esmagado com a prosa póstuma deste escritor, que deixou esta obra-prima inacabada, porém limpa e brilhante.

Há muito que não lia um livro tão irreverente e pojante de conteúdo, levando a literatura moderna a novos limiares. Não conseguia parar de ler este livro que consegue aliar a beleza à claustrofobia de uma cena de terror em inúmeros capítulos, sem inibições e descarregando uma corrente inesgotável de personagens únicas e inesquecíveis. Bolaño tornou-se imortal neste livro com um nome tão estranho quanto inexplicável para quem não leu mais nada deste escritor.

As últimas semanas têm me dado uma série de lições de vida muito importantes. Novos valores pessoais, uma nova capacidade de apreensão e sobretudo um gosto mais elevado pela vida.

Mesmo assim estou a passar o rebound habitual do fim do Verão e começo do Outono, como se estivesse também a murchar como as folhas castanhas-douradas nas copas das árvores esperando por cair finalmente.

Balanceio freneticamente entre a alegria desmesurada e a nostalgia do fim de estação.

Estar calmo nem sempre é sinónimo de felicidade ou paz de espírito.
Ver a movimentação na grande cidade logo pela manhã é agradavel mas não é verdadeiramente relaxante. Apenas dá prazer por estar num novo território

Começa um novo dia de trabalho na grande cidade. As notícias da terrinha não foram muito animadoras.
A injustça é uma das constantes da vida mas é demaziado cedo para remoer as tristezas. Afinal a manhã é cinza e não será calma.