2011

. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados.
. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações,tudo à custa do pagode
. Acabar com os milhares de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e têm funcionários e administradores com 2º ou 3º emprego.
. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euros mês e que não servem para nada, antes acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc
. Redução drástica das Juntas de Freguesia.
. Acabar com o pagamento de 200 € por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 € nas Juntas de Freguesia
. Acabar com o Financiamento aos Partidos. Que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem para conseguirem verbas para as suas actividades
. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.
. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias… para servir suas excelências, filhos e famílias, e até os filhos das amantes…. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.
. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos às escolas, ir ao mercado a compras, etc. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis…
. Acabar com os “subsídios” de habitação e deslocação a deputados eleitos por circulos fora de Lisboa… que sempre residiram na Capital e nunca tiveram qualquer habitação nos circulos eleitorais a que concorreram!
. Controlar os altos quadros “colocados” na Função Pública (pagos por nós…) que quase nunca estão no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total: HÁ QUADROS QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO OS DA COISA PÚBLICA…
. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder – há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCEPESCAMENTE PAGOS… pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder…
. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos e outros, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar..
. Acabar com as várias reformas, acumuladas, por pessoa, de entre o pessoal do Estado e de entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP, com os juros devidos!
. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e quejandos, onde quer que estejam e recuperar essas quantias para os cofres do Estado.
. E por aí fora… Recuperaremos depressa a nossa posição, sobretudo a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado .
. Quem pode explicar porque é que o Presidente da Assembleia da República tem, ao seu dispor, dois automóveis de serviço? Deve ser um para a “pasta” e outro para a “lancheira”!…

Aqui vão algumas medidas importantes para que o Ministro das Finanças não continue a fazer de nós parvos, dizendo com ar sonso que não sabe em que mais cortar.
Se todos vocês reencaminharem como eu faço, ao fim do dia seremos centenas de milhar a fazer abarrotar os olhos e os ouvidos dos senhores que nos governam e precisam de ajuda para saber onde cortar no orçamento do Estado
Todos os ”governantes” [a saber: os que se governam…] de Portugal falam em cortes das despesas, mas não dizem quais, e aumentos de impostos, a pagar pela malta
Acabou o recreio!

in inbox

  • Sushi até arrebentar. #
  • Os golpes militares são mais frequentes quando os militares não recebem o seu salário. upssss #
  • Afinal casei-me com uma motoqueira… que azar #
  • A grande final da taça Europa joga-se contra o Villareal. Em Dublin está à espera do Porto uma equipa que o poderoso Porto vence facilmente #
  • Tarde de corrida no calor pede jantar de tapas e amor #
  • No verão duriense a sentir o ar puro #

  • Grande golo de Roberto #
  • Parabéns Campeão! Mostraram ser superiores e vencem justamente no campo do grande adversário. Histórico e muito grande FCP #
  • correu 5.02 km no dia 4/4/2011 at 1:02 PM a uma velocidade de 5'43"/km
    http://go.nike.com/07o5b15c #
  • Noite quente que que me faz lembrar as noites tropicais da América do Sol. #
  • Pinoquio até ao fim. O que previ há três meses concretizou-se. Adeus TGV, olá #FMI #socrates além de coveiro mostra a sua incompetência… #
  • #FMI à terceira é de vez? #
  • @emrcanelas Tá por horas. Podes ir espera-los à portela… in reply to emrcanelas #
  • correu 3.85 km no dia 7/4/2011 at 1:09 PM a uma velocidade de 5'59"/km
    http://go.nike.com/egljc7 #
  • correu 18.42 km no dia 9/4/2011 at 10:22 AM a uma velocidade de 6'09"/km
    http://go.nike.com/08mdolsf #

O meu muito amado FCP sagrou-se novamente campeão nacional de futebol como seria de esperar, com toda a naturalidade acumulando 25 títulos.

O grande motivo de regozijo porém foi sagrar-se campeão na casa do adversário ódioso que lhe proporcionou uma festa as escuras num espectáculo de extrema falta de fair play. Quem não sabe perder não é digno nem tem ombridade. Mas isso não é nenhuma novidade. E será assim que rezará a história deste campeonato: o Porto ganhou bem e o Benfica mostrou a sua verdadeira face.

Hoje, a nossa média do crescimento económico é a pior dos últimos 90 anos. Temos a maior dívida pública dos últimos 160 anos e a dívida externa mais alta dos últimos 120. O desemprego é o mais elevado dos últimos 80 anos e conhecemos a segunda maior vaga de emigração desde meados do século XIX.

Não há isenção possível.

  • 40 piscinas. 🙂 #
  • correu 5.02 km no dia 30/3/2011 at 12:56 PM a uma velocidade de 5'35"/km
    http://go.nike.com/7srlv21 #
  • Estou a ficar um perito em fazer salada de batatas com chouriço espanhol e molho aioli . Arranjam-se cobaias? #
  • correu 16.23 km no dia 1/4/2011 at 1:31 PM a uma velocidade de 5'56"/km
    http://go.nike.com/6vdpr28 #
  • Como eu adoro jantares-tertúlia. Pena que trabalhar no dia seguinte seja tão duro. #

I know you spent some time
From the town to the city
Looking for a life to start
And when you were fifteen
I know what you said
“I’ll never let another black boy break my heart”

You waited a decade
For me to come find you
There’s never been a chance so rare
I was just stumbling out on a prosthetic love
And there had never been someone so real

This was love
And I was such a tyrant destroyer
As you sat sinking in my head
Love, and I was such a tyrant destroyer
As you sat sinking in my head

As if it wasn’t enough just to hear you speak
They had to give you lips like that
Like all of your sadness reduced to a color
Then painted upon you
How could I forget you
And who was I to think that on a Saturday night
That you would really bike home alone
And the way that I left you
Just hanging on SundaysTwin Shadow
And fair skin boy take you home

This was love
And I was such a tyrant destroyer
As you sat sinking in my head
Love, and I was such a tyrant destroyer
As you sat sinking in my head
Love, and I was such a tyrant destroyer
As you sat sinking in my head
Love, and I was such a tyrant destroyer
As you sat sinking in my head

letra de ‘Tyrant Destroyed’ dos Twin Shadow.

  • Banquete na Galiza, dia em moledo, serão no Dragão. #
  • As segundas-feiras correm sempre muito mal. Já devia saber isso. #
  • correu 5.33 km no dia 22/3/2011 at 12:53 PM a uma velocidade de 5'37"/km
    http://go.nike.com/62et7nv #
  • Começou a tourada política, com bandarilheiros do FMI quase confirmados. Quem fará a pega de caras? Não serão forcados da Moura de certeza! #
  • Na minha mente está um zumbido permanente. Preciso de uma hora de sono… #
  • correu 5.01 km no dia 24/3/2011 at 12:54 PM a uma velocidade de 5'41"/km
    http://go.nike.com/6jpia4d #
  • #censos2011 formulário online permite que ponha a minha filha que não sabe ler ou escrever (passo anterior) como frequentando o 12º #
  • correu 10.89 km no dia 26/3/2011 at 6:32 PM a uma velocidade de 5'59"/km
    http://go.nike.com/0678s994 #
  • Aqui estamos a comprido religiosamente a hora do planeta. Jantar à luz das velas e a minha filha de lanterna. #

3ª parte – A panela de pressão
ou
Demoras muito FMI?

Passados estes dias e parando o turbilhão de reacções, é bom fazer uma breve meditação acerca de da motivação e impacto da manifestação de 12 Março.

Como se vem dizendo no meu programa de analise favorito, no contraditório há muito tempo que é tema de debate, a crise económica portuguesa, que é estrutural e não conjuntural, a curto ou médio prazo vai gerar mais contestação social. É inevitável. As pessoas perdem o poder de compra, perdem os empregos, as empresas vão à falência, o procura diminui, etc… As questões sociais estão à flor de pele e se as coisas piorarem é como estamos sentados num barril de pólvora…

Por outro lado um estado governamentalizado entra num estado de miopia atroz após uma década de despesismo inqualificável – entra com cortes penalizadores para as empresas e classe pobres e médias. Mas mantém o intuito de financiar obras faraónicas e elefantes brancos, pérolas a porcos e até obras de Santa Engrácia. No fundo somos governados por incompetentes e incapazes, que nos aumentam os impostos e nos retiram os beneficios que o estado nos habituou.

É neste cenário que se afigura mais gravemente a falta de cultura democrática que padece Portugal. As manifestações de rua populares – de iniciativa cívica são algo normal nas democracias sérias. Os contestatários unem-se não em volta de bandeiras partidárias e slogans sindicais ou partidários mas sim por iniciativa própria. Não são carneiros-eleitores. Espanha, Itália, França, Grécia e até Alemanha costumam ter manifestações espontaneamente, algumas até mais ou menos violentas. Os cidadãos são esclarecidos e opinativos, não apenas obedientes.

Talvez o dia 12 de Março marque um renovar de convicções apartidárias, um ponto de viragem, que una em torno do bem comum as movimentações e os novos poderes que se avizinham. Talvez um renascimento da fénix nas cinzas da falta de opinião política dos portugueses. Finalmente algo mexeu e vem fazer ondas. O país de brandos costumes pode tornar-se um vespeiro.

Afinal e ao contrario do que muitos que não querem ver, a manifestação de 12 de Março, não era um peditório de malandros que não querem fazer pela vida. É uma convulsão social, enraizada, o início do assobio da panela de pressão que começou a ferver e está prestes a estourar. 500 Mil desempregados num país de 10 milhões não é sustentável muito tempo sem que caia a compostura e se comessem a virar carros e a pilhar supermercados. Talvez os políticos actuais sejam tão autistas e dormentes de ideias que não se preocupem com isso. Talvez seja o FMI que se vai preocupar com isso…

2ª parte – As razões
ou
Um basta à falência

Sábado dia 12 de Março, no dia que fazia dois anos de casado foi com satisfação e esperança que me dirigi até a Batalha para participar na manifestação. O porquê de me incluir nos protestos não foi por estar à rasca, uma vez que felizmente me posso considerar um desenrascado, mas sim por não poder compactuar com o meu silêncio com as políticas que transformaram Portugal, mais uma vez, num país sem futuro. E como eu, grande parte dos manifestantes. As palavras de ordem não eram muitas, mas nunca ouvi frases tipo «quero um emprego» ou algo dessa índole, mas sim só sobre a incapacidade dos políticos.

Grande parte desta ausência de futuro se deve à minha geração, que encarou a intervenção politica (muito erradamente) como coisa de fanáticos – uma reminiscência dos abusos do PREC a meu ver. Mas o que eu não entendo é que ainda haja a imagem nalguns meio que a manifestação de 12 de Março foi geracional e só acerca da precariedade dos empregos. Não foi só acerca disso. A manifestação não foi só contra a crise económica. Nem até só anti-governo. Foi tudo isso e muito mais. Espanta-me que muitas pessoas queiram reduzir tudo a pequenas parcelas da questão, a uma questão de jovens desempregados. Nas rua eles não estavam sós. Estavam as pessoas que ainda se interessam!

O que me levou a participar nessa manifestação – e que me encheu de orgulho e esperança por ter tanta adesão com a mesma motivação que eu – foi a necessidade de começar a dizer basta à actual falência politica. A falência que não é só governativa mas sim política, onde os nossos decision makers são caducos e personagens da nomenklatura partidária, agentes em última analise do status quo das últimas duas décadas. E isto sejam quais forem as siglas e cores que vestem, têm apenas o intuito de servirem o partido e os interesses e ambições pessoais e não o chamado servir a pátria e o bem-comum.

Manifestei-me contra a mediocridade dos políticos e a ausência de ideias políticas que possam regenerar o país, coisas que não abundam num regime podre e decrépito – o modelo democrático português precisa de uma transfusão sanguínea urgente. Precisa de ideias e ideais novos, e essencialmente de líderes que não estejam afastados do povo e dos cidadãos após anos de corrupção do poder partidário.

1ª parte – mea culpa

Faz muitos anos desde que eu participei numa manifestação de cariz politico. Talvez mesmo duas décadas quando me insurgi como muitos da minha geração contra a introdução das provas PGAs pelo ministro da educação da altura.

Nessa altura tive a minha primeira experiência com a maquinaria político-partidária das juventudes que me mostrou que como são formados os actuais líderes deste país que desde jovens são habituados a viver de ambições e favorecimentos em vez de terem um ideal e tentarem fazer valer o seu valor e mérito para um bem comum. A opinião e o bem do partido sobrepõem-se ao bem do país. A partidocracia enojou-me muito cedo, neste pais que tende a votar nos partidos como se tratasse de um fervor clubístico e não de projectos para governar um país. Resumindo a democracia que temos não é de todos a mais correcta. O Povo está demasiadamente longe de que o supostamente representa.

Desde então não quis saber de política. E como eu, uma generosa parte da minha geração não se envolveu com questões sociais e polícias. Pelo menos não por motivos válidos. Vinte anos volvidos a política portuguesa passou a estar povoada de líderes que eram os delfins das jotinhas dessa geração: boys criados nas lutas palacianas e nos favorecimentos em vez de terem feito algo útil na sociedade. Demonstrativo desta situação e o actual primeiro-ministro que nunca fez nada a não ser politica e com isso sempre arranjou cargos e expedientes de enriquecimento para si e para a família, tornou-se poderoso por saber manipular e enganar. E não por mérito.

Faço a mea culpa por não ter participado em qualquer tipo de manifestações ou me ter envolvido de alguma forma no que não achava correcto ao longo destes anos. Fui apenas o cordeirinho democrático e fui meter o meu voto numa urna como cidadão cumpridor de uma república democrática. Foi com o meu compadrio, assim como da minha geração que deixou que este país governado por energúmenos e tachistas e que em alternativa nos partidos da oposição mais energúmenos e tachistas.

Mas a culpa não é dos politicos per si. Não é dos outros. É nossa. É minha. Eu não me mexi, eu não protestei, deixei com o meu papelinho dobrado em quatro numa urna fosse a minha única voz. Até agora.