Os fundamentos da nossa cultura ocidentalizada, para não dizer americanizada, estão em crise. A política de competitividade, o liberalismo estão a ter contornos extremos, como a distribuição assimétrica da riqueza, patentes na desinteresse político e no abalar da democracia, com abstenções acima dos 50%.
Por isso faz-me pensar se a democracia é um facto ou uma ilusão, um jogo tipo tômbola ou roda da sorte viciada, a soldo de interesses económicos e pessoais.
A depredação das nossas consciências sociais e dos recursos do planeta fazem-se a um ritmo assustador, mas em simultâneo essas questões não fazem parte da agenda política internacional, nem sequer existem sinais que os verdadeiros detentores do poder se preocupem com isso. O Cowboy W.Bush é o exemplo acabado de como as democracias nada têm de verdadeiramente funcional: umas doses de patriotismo e manipulação dos media e os eleitores são uns cordeirinhos mansos. Desde que tenham dinheiro no bolso e medo de alguma coisa, ou tenham um bode expiatório estão sobre controle do mais patético idiota e de grupos de interesse económico.
Antes de sermos cidadãos, somos consumidores. Hoje é impossível dizer-se que não somos um ser consumidor. Qualquer objecto, por mais simples que seja, é na sua substancia, directa ou indirectamente fruto de uma sociedade de consumo. Resta-nos fazer parte do sistema ou sermos uma espécie de Unabomber , renegados e anacrónicos.
A luta cada vez mais acérrima contra a globalização poderá ser o anuncio de que o século XXI seja um século de mudanças. Quem sabe, se teremos uma nova época de revoluções sangrentas com muitas cabeças a rolar…
Hipocrisia e mentira sempre tivemos.
Os Fins a justificar os meios.
A agravar os 50% de abstenção, que apenas dão carta branca ao que eu há muito chamo como sabes a Democracia do Analfabeto!
Ui! Recordações de Verin e da passagem de ano com o fabuloso Is.!
Resta aos pouco idealista lutar com as armas que têm.
A palavra.
O dom da mesma!
Usa-la.
Sem hipocrisia!
Nem mentira!