Down Town


Quando o pico do calor chegou, assim como a época de incêndios, decidi tirar uns dias de férias para descanso dos meus ossos. Pretendia resolver uma data de assuntos burocráticos pendentes, mas a minha capacidade de organização e uma manifesta preguiça há muito adiada, apenas me permitiu realizar um punhado de tarefas agendadas há muito.

Uma das que me deu particular prazer, foi visitar a maninha e cunhado, conhecendo o seu rebento. Fiquei babado diga-se de passagem, mas quem não ficaria? Um sorriso lindo, pacifica de natureza, L., é a menina dos papas babados. Além da petiza, outra novidade era a nova casa, bem na baixa da minha cidade. Vista para os paços do concelho, em plena rua feliz. A baixa que está deserta durante a noite, acaba por ser um local aprazível. E se não fossem os ratos alados que invadem tudo e os gatos atrevidos, tudo pareceria como que se estivéssemos algures numa cidade verdadeiramente cosmopolita. Ao contrario das grandes cidades lusitanas, as pessoas de países bem organizados vivem nas próprias grandes cidades e não apenas na sua periferia.

Fiquei abismado com o trabalho de arquitectura e bom gosto, que a casa contém, assim como a inquilina do rés-do-chão, talvez a última pessoa que imaginaria encontrar nessa noite. Havia ali um je ne sais pas de Artes em Partes, e Maus Hábitos que me agradaram , pelo conforto e open air.

Os assuntos do Passado vieram em conversa corriqueira, mas agora mais nos aspecto saudosistas. O tempo acaba por acabar a frustração e revolta, para dar espaço apenas às boas memórias que valem a pena recordar. É bom reatar laços de amizade.


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