Club Kitten toma de assalto o Lux


A poeira que se levanta da corrida é demora a assentar, e nestas condições nada melhor que os cavalos de corrida darem todo a seu galope para meterem o pescoço à frente da poeira. Afinal ninguém gosta de comer pó, ou deixar de ganhar o prémio 10 para 1 apostado anteriormente.

Por sinal, sabia que apesar do carnaval ter sido antes uma altura de deixar cair máscaras, seguido de um jantar russo na quarta-feira de cinzas com dois turbilhões femininos que me tomam de assalto, estava a precisar de uns momentos sem freios ou esporas.
N. que tal como eu está a fazer as duas voltas ao hipódromo, aderiu incondicionalmente a projecto de nos aventurarmos na grande cidade numa sexta, saindo directamente do trabalho.

E assim foi, como se construiu uma noite memorável digna de pertencer aos anais noctívagos dos bon vivants que somos, em termos de grandes momentos históricos.
A viajem começou bem, e rapidamente nos fizemos ao destino de um dos mais memoráveis jantares, um repasto digno de ser identificado como ambrosia de deuses. O arroz de pato do Tia Alice em Fátima era divinal, isto para não falar no Dão e nas sobremesas que deixam enormes saudades.

Depois fomos ao Até ao Fim na Marina da Expo onde o irmão de N. tem o seu estaminé, e nos obrigou a embutir non-stop num ambiente muito agradável e com bastantes conversas com nativos da grande cidade.

Taxí e aqui vamos, para não perder tempo. O DJ Kitten estava no seu posto elevado, algo distante ao que esta habituado, começou a trabalhar a casa lentamente, e os nativos começaram a aderir, muito embora se notasse que e o que mandava era a malta do norte, qual verdadeira escola de samba do Rio a mostrar como é que se samba no carnaval de Ovar.

Seguiram-se 6 horas de um dos mais fortes Club Kitten jamais vistos, tudo graças à excursão montada para o núcleo duro percorrer os 300 km. Dir-se-ia que o Lux foi invadido pelos incondicionais –

  • a menina da cabeleira cor-de-rosa,
  • as três estarolas: a loura, a ruiva (com que eu me passo) e a morena,
  • a namorada do kitten e amigas,
  • Designers muito, muito, muito muito…boas,
  • e claro, a brigada gay – ou o Gays´r´us;

…enfim malta com dress code eletro-trash, fiel desde o momento zero, e aquisições fanáticas como eu e o N. que apesar de não parecermos tão exagerados no fanatismo religioso do catolicismo do gira-discos do DJ Kitten, somos provavelmente os maiores gruppies pára-quedistas.

Gin após Gin a pista foi sempre da Invicta, no que eu considero um dos maiores sets de sempre. O Club Kitten levou ao rubro o Lux as 5, quando encheu e os nativos tentavam acompanhar. E lá para as 7 e muito, desapareceu sem se despedir, deixando logo a sala triste.

E rezam os conhecedores que nunca o staff do Lux parara para ver, de boca aberta o que se ouvia e dançava.

Estes tipos do Norte devem ser tolos…

Bom depois foi o pequeno almoço e recuperar o sono até às 6… Não sem antes N. gritar pelo Cacilheiro para o Barreiro e outras palavras de ordem, como Mouros, seus… .
Afinal um homem não é de ferro.


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