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É certo que a minha vivência deve parecer algo fútil ou demasiado relaxada para quem lê estes episódios psicóticos. Vulgarmente apenas o uso para desbobinar muitas frames, e takes de uma montagem estranha, de um documentário ainda mais estranho. Quase psicótico.

Se pensar bem, a realização é descontraída e quase vanguardista. Provavelmente o director de fotografia escolheu ângulos estranhos e segue a nova escola de câmaras em permanente movimento, ferindo a vista e enjoando ao assistência da como nos filmes do Lars Von Trier.

Mas o mais funesto é sem dúvida o argumento, baseado numa má adaptação e dum ponto de abordagem temático ziguezaguente, que está a transformar este documentário num intrincado conjunto de imagens amontoadas e desconexas.

Tal como a minha vida.

Nos últimos tempos apesar do corre-corre tenho observado a realidade com um olhar esfomeado, notando pormenores do quotidiano verdadeiramente irrealistas e ilusórios. A realidade é feita de conjuntos de sonhos irreais!

Quando era mais jovem sempre fui fascinado pelo mundo da fotografia, na tentativa de captar aqueles momentos intemporais. Na última década perdi esse gosto, talvez por descuido ou comodismo.

Com o gosto de F. e da maninha
da fotografia , creio que senti novamente o bichinho e as saudades de apontar uma objectiva como um caçador furtivo.
Ainda me vou por em despesas…

Viajar é já uma constante que se me está a entranhar no sangue. Como eu e M. brincamos, somos já dois Lellos – (para ser politicamente incorrecto). Ora quando fazia a minha pendolar das 8 às 11 de Sexta eis que em terras dos ovos moles vejo na estação um outro sósia – que vem assim juntar-se à coleção. Senti como ele atónito um tremendo arrepio na espinha…
Já na terra dos coffe shops no país das tulipas vi pedalando a minha primeira (e última espero) versão não latina. Para cúmulo esta 2@ versão made in Portugal pareceu-me uma fotocópia retocada no cabelo e barba… A da Invicta ao menos era bem mais alto…
MAS PORQUE RAIOS TENHO TANTOS SÓSIAS?!?!?!?!?
Terei sido obra de uma experiência de clonagem dos anos 70?

Acho que numa vida anterior eu fui o Garfield – detesto as segundas.

Felizmente hoje é terça. Ontem aterrei e adormeci ao lado de Bob. Estavamos no chão e mereciamos uma foto

Sem tempo