Doze badaladas


A passagem de ano acarreta a esperança frenética das resoluções para o novo ano. Planos e mais planos, expectativas e até por vezes alguns desajeitados desejos de mudanças radicais.

Enquanto se engolem as passas despejam-se atabalhoadamente votos de um futuro melhor, para os outros e para nos sem aprofundar muito o seu significado, e quando na pressa se engolem as últimas passas para acompanhar as doze badaladas damos conta que ruminar as uvas secas ao Sol não é assim tão agradável.

O que é agradável, isso sim é a predisposição de efectuar mudanças ao nosso life style a acalentar que é exequível, como camaleões, mudar os nossos traços e destinos. Talvez as resoluções de ano novo sejam apenas e só isso: acreditar que há algo melhor o nosso alcance.

Por bem ou por mal alguns volte-de-face já me caíram do céu este ano. A continuar assim este circulo ao redor do Sol promete ser agitado. Não será propriamente como na música pouco conhecida Death or Glory, em que se ainda temos um crash and burn, mas há muito em jogo. Felizmente há esperança de ouvir uma vez ou outra um Hallelujah como epílogo.


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