Após uma semana de trabalho sem vida própria, esta carcaça velha estava numa de espantar os maus espíritos. Halloween como os anglo-saxónicos lhe chamam…
Por cá a noite das bruxas acaba por ser uma festa recentemente descoberta, com mais carisma wicca que tradição propriamente dita.
Usando um pouco de imaginação, e dando largas à fantasia, eu, M. e A. resolvemos embarcar numa das nossas fantasias preferidas. É verdade!
Feticismo ou não, o imaginário romântico (sec. XVIII) misturado com a sub-cultura vampiresca tem uma estética muito singular de um teor erótico algo estranho mas intenso. E eis-me num bar gótico na festa de Haloween!
Bizarro ou não, os meus olhos deglutiam avidamente aquelas criaturas pálidas, aquelas jovens com ar frágil mas simultaneamente perversamente poderoso e irresistível. O negro largo contrastando com decotes reveladores de zonas níveas. Aqueles pescoços circundados por faixas negras, dois quais nunca consigo desviar o olhar… As sombras negras realçando um olhar penetrante e algo demente…
A libido efervescente numa estética definitivamente fetichista ma non tropo….
A música fazia juiz ao clima e adensava o enredo, passando por alguns locais comuns da minha juventude como Sisters of Mercy, Mission, par citar os mais emblemáticos e kitch dessa vanguarda gótica. Mas havia lugar para sons mais elaborados, chegando mesmo a baixar até ao euro-dance.
Gostei, quero mais!