Um dia duro colmatado por uma obra-prima. David Lynch está de volta com o seu universo deviant, que desta vez excede todas as suas fantasias.
Mulholland Drive é um filme que nos enche e esvasia, mas que é proibido aos comedores de pipocas que nunca o poderão descortinar, nem na mestria estética nem no virtuosismo do enredo lincheniano intrincado. É estão lá quase todas as referências, quer nas personagens extremas que suplantam o aparente para se matamorfarem na loucura, quer pela banda sonora arripilante e envolvente.
Sem um único pormenor descuidado, desde o anão até à forma como Betty se torna lésbica, às luzes de LA, à brutalidade e aos pequenos ponto quase incompreensiveis que se tocam em vários pontos.
Um cubo azul e como Camilla de frágil se torna uma mulher totalmente fatal.
Amem-no ou odeiem-no. Não me interessa.
É essencial.
E totalmente psicótico!