Onde estão as rédeas?


Hoje estou completamente exausto e o meu cérebro está a queixar-se veementemente. O meu estado e estilo de vida desde Fevereiro não é compatível com o meu emprego, nem com o meu corpo. Estou cansado e não vejo meio de as coisas mostrarem sinais de abrandamento.

As mazelas encontram-se por todo lado e apesar de eu estar a apostar numa dose de tortura diária de 30 minutos de grande intensidade na minha máquina de andas-mas-não-sais-do-sítio para recuperar a forma física.

Mas o problema não é o esforço, mas sim o efeito cavalo de corrida: uma vez deixando de trotar e começando a galopar, não se para. Vai-se em frente a toda a bolina.

Na semana passada N. bateu com o carro às 9 AM depois de nos termos despedido de mais uma noite que acabou no talho antigo. Os remorsos e ao mesmo tempo a sorte que teve de não ser abordado para bufar no balão, confundiram bastante as ideias de N. Acho que a operação Dead or Glory @ Vera Cruz promete. Pelo menos o Dr.P. continua a fazer directas e a atender os clientes no consultório sem ir à cama, após uma noite bem bebida. Como as minhas pilhas Duracell estão a ficar gastas talvez seja altura de pensr em comprar uma dessas recarreveis a ver se acompanho a pedalada…

Eram os anos da C. e tivemos um jantarzinho animado, mas demasiado frugal no Artes em Partes. A seguir fomos ao Triplex e mais uma vez prendi-me e perdi-me com a S. que mais uma vez me deixou de quatro, só me faltando uivar. Não consigo resistir aquele olhar, nem à poderosa excentricidade e fascinante personalidade de S. Creio que tudo mais não existe quando falamos.
No meio da confusão até deu para rever a G. e falar com o DJ Kitten, sempre simpático.

Felizmente, ou talvez infelizmente N. e C. lá me convenceram que era tarde e deixamos o Triplex. Fui imbecil em ir, pois seguiu-se a desgraça do costume até depois amanhecer, com C. a gritar-me perguntas desconfortáveis ao ouvido, que eu tentei esquivar-me gesticulando que não percebia, devido ao volume sonoro do talho. Muito inteligente sem dúvida…

Sábado foi a vez de I. e fomos jantar fora. Mais uma vez, eu, de forma muito coerente e inteligente, me deixei arrastar para longas conversas de lutos, típicos temas de conversa de moscas-mortas, e simultaneamente acompanhados de seduções ambíguas e flirt. Apesar da intimidade, um certo melódrama.

Estou em crer que as mulheres da minha geração, e que agora estão disponíveis, estão a passar por momentos de crise. Em geral há sempre um terrível nó naquelas cabecinhas, cheias de ansiedade, desalento por histórias de contos de fadas que correram mal, príncipes encantados que fugiram ou que se revelaram o verdadeiro lobo mau. Estou algo farto de ouvir estas histórias que apenas mudam de personagens, mas com o mesmo tipo de papeis.
É um erro de uma geração que está sempre a carpir o passado. Por isso eu gosto de ser um homem sem passado. Apenas vivendo o presente. Jantar e noitada anteontem, ontem, amanhã. Triplex hoje e amanhã? Talvez tenha mesmo que procurar outras gerações…

Antevejo um fim de semana brutal, ao estilo cavalo-de-corrida-bofes-de-fora, com uma noite do Clube Kitten @ Triplex sábado, e possivelmente uma secção de malabarismo a três bolas. Assim não me vou divertir muito… Estou perdido.
Talvez apenas apanhar um pifo monumental que me sirva de desculpa cobarde e adolescente.

Estou também perdido financeiramente. O meu Nokia afirma que durante os últimos trinta dias, somente 8:12:34 de Duração de todas as cham. .


Como diz N. “-Muito bom! Muito bom! Muito bom!


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