Os amigos de Alex…


Os amigos de Alex… ou quase

Este fim-de-semana está a ser pantagruélico e não tenho memória de tantas refeições ecuménicas em carteira.

Sexta-feira foi um dia penoso de trabalho, como alias são quase todas as Sexta-feiras quando não se trabalha ao Sábado de manhã. Mas ao Jantar reuniu-se a velha guarda das férias da adolescência. Para me relembrar que esses tempos, já são longínquos no tempo e na memória, nada como saber que B., o ás do secador verde-alface kitado para 62,5 C.C. roda da frente no ar levantada, é agora um feliz papá de uma saudável menina de 3960 gramas.

O Inspector P. meu inseparável da época da caça grosa e mangueiradas labrugenses, agora selecto agente do Sr. Director Geral, que me arrastava no passado para penosas encrencas, abala agora para a grande cidade onde por um largo período vai ser formado como investigador.

Quem diria que o moço que conheci há 15 anitos (mais as suas irmãs boazudas), será também ele papá dentro em breve. Aquele mulherengo incondicional e “casanova” desmesurado, usa agora crachá e tem sempre à mão uma beretta. Inspector P. e eu éramos e somos inseparáveis, só que agora não tanto no que toca à má vida e noitadas. Mesmo na nossa pior fase do “semi-delinquente”, em que partíamos lampiões e roubávamos placas de transito aos sábados à noite para desviar o transito de Domingo, eu e ele sempre alimentamos respeito um e uma enorme cumplicidade.

E recordo-me como se fosse hoje, quando B. obstinadamente alcoolizado queria «mandar ao soalho aqueles f.. da p…», ou seja derrubar três motociclistas que passavam nas suas Zundapps escape de alto ronco enquanto, eu o Inspector P. o tentávamos agarrar, a custo… O rapaz estava possesso e quase que tivemos que o mandar para o chão para segurar. O curioso é que um dos «mokotos» se mandou e raspou mesmo o soalho todo. Depois foi uma pacifica conversa de como «kitar» motorizadas com o sujeito ainda no chão com as jeans rotas do espalhanço… enfim… Velhos tempos.