Dias

O meu muito amado FCP sagrou-se novamente campeão nacional de futebol como seria de esperar, com toda a naturalidade acumulando 25 títulos.

O grande motivo de regozijo porém foi sagrar-se campeão na casa do adversário ódioso que lhe proporcionou uma festa as escuras num espectáculo de extrema falta de fair play. Quem não sabe perder não é digno nem tem ombridade. Mas isso não é nenhuma novidade. E será assim que rezará a história deste campeonato: o Porto ganhou bem e o Benfica mostrou a sua verdadeira face.

Acabei de ler 2666 de Roberto Bolaño. Fiquei esmagado com a prosa póstuma deste escritor, que deixou esta obra-prima inacabada, porém limpa e brilhante.

Há muito que não lia um livro tão irreverente e pojante de conteúdo, levando a literatura moderna a novos limiares. Não conseguia parar de ler este livro que consegue aliar a beleza à claustrofobia de uma cena de terror em inúmeros capítulos, sem inibições e descarregando uma corrente inesgotável de personagens únicas e inesquecíveis. Bolaño tornou-se imortal neste livro com um nome tão estranho quanto inexplicável para quem não leu mais nada deste escritor.

Com tantos aniversários é fácil ficar atolado em prendas e presentes para dar e receber, assim como uns kilos a mais depois de tantos bolos de aniversários. As efemérides familiares são assim. Mas o mais importante é que elas celebram o que nos é mais importante na vida: aqueles que nós são mais próximos – a família e os amigos.

Desta vez a minha filha recebeu merecidamente a sua primeira festa de anos para os amiguinhos, que no fundo me deixou muito feliz e como que deixou em segundo plano o aniversário deste velhote que já completou demasiadas primaveras para o poder revelar com entusiasmo. Depois o nosso primeiro aniversário, que marca a nosso união judicial, mas que não deixa de ser um marco de felicidade e amor em família tão importante.

Resumindo, a vida merece estas efemérides, merece ser festejada e a sua alegria partilhada.
Parabéns!

O ano que começou permanece com um insuportável clima britânico de constantes chuvadas. Tal  afecta o meu córtex deprimindo-me consideravelmente. Resta-me uns bons momentos num fim-de-semana tão memorável, em família e com os meus grandes compinchas da juventude.

Mesmo na intempérie é possível encontrar portos seguros e boas recordações renovadas que nos ajudam a levar o barco a bom porto.   

Sou todos os dias horrivelmente torturado por um rádio do escritório onde a sintonia esta encravada na Rádio Comercial. Nada se pode comparar a um play list tão deplorável e de tão mau gosto. E pior, o orçamento não deve dar para mais de 30 músicas que se repetem todos os dias quase a mesma hora.  

Nada me afecta mais os ouvidos como ouvir pela 10ª vez na semana o grande hit músical dos anos 80 ´I want to know what love is a ponto de me dar um profundo mal estar. Acho que preferia estar a 10 metros de uma betoneira sem tampões nos ouvidos!