A nossa fisionomia nem sempre pode estar dentro de padrões que consideramos medianos. Foi num jantar relâmpago, junto ao mais místico castro na costa portuguesa, numa tasquinha à antiga lusitana, que a conversa motorizada a Muralhas e afins, se encaminhou para os antepassados de cada um, baseados na nossa aparência.
Fui identificado como grego, algo que nunca me tinha apercebido, nem identifico com facilidade junto ao espelho. Serei eu um Zorba, o grego, de fisionomia pouco moçarabe como a maioria dos portugueses? Dizem que sim, embora eu talvez me visse mais na antiguidade clássica como fenício, uma vez que as chances de percorrer no meu sangue uma só gota grega são muito escassas. Nada de espartanos ou filosofos, antes comerciantes e navegantes.
Sendo N. um aparente escocês, mas nada avarento, C. de ascendências judaicas, S. seria faraónica. Bom e o coitado do delicioso polvo é que se danou, devorado naquele castro ancestral e lusitano.