Julho 22, 2003

Faz dois anos que iniciei este diário algo confuso. Muita água passou debaixo do moinho deste então, muitas linhas e pensamentos desconexos, memórias encapuçadas e atribulações em que este meliante se viu envolvido.

Nenhum destes retalhos parece fazer sentido, mas reunidos, seguindo a cronologia com que os depositei na Internet, algo interessante parece surgir da amalgama de textos e frases: forma-se um estranho retrato evolutivo, desconexo de lógica com pinceladas abstractas, mas que sempre me deu um estranho prazer e que agora forma um bolo de memórias fermentadas.

O Psicótico nunca pretendeu ser uma afirmação narcisista, nem um enigmático pedido de ajuda sobre uma vivência menos conseguida, consciente ou inconsciente. Não foi um repositório de conhecimentos triviais ou uma pseudo-obra literária. Tão pouco foi um show off da night life, ou roteiro de diversão. Provavelmente foi tudo isso e simultaneamente nada disso.
Trata-se somente da minha manta de retalhos, uma cápsula do tempo aberta em permanência no éter do ciberespaço, partilhada ao mundo sem intimidades em demasia, mas que apenas se destina ao próprio autor.

Parabéns Psicótico