Viajar é já uma constante que se me está a entranhar no sangue. Como eu e M. brincamos, somos já dois Lellos – (para ser politicamente incorrecto). Ora quando fazia a minha pendolar das 8 às 11 de Sexta eis que em terras dos ovos moles vejo na estação um outro sósia – que vem assim juntar-se à coleção. Senti como ele atónito um tremendo arrepio na espinha…
Já na terra dos coffe shops no país das tulipas vi pedalando a minha primeira (e última espero) versão não latina. Para cúmulo esta 2@ versão made in Portugal pareceu-me uma fotocópia retocada no cabelo e barba… A da Invicta ao menos era bem mais alto…
MAS PORQUE RAIOS TENHO TANTOS SÓSIAS?!?!?!?!?
Terei sido obra de uma experiência de clonagem dos anos 70?

Sexta é um reencontro com a adrenalina que faz com que a minha sede de viver leve-me a utilizar os 130 cavalos levados até às 3500 rotações, maltratando ao chicote toda a generosa manada naquelas estradas livres. Algo louco que não é natural em mim. As 48 horas que se seguem são retalhas pelas 8 almas mais importantes para mim, que estão longe da grande cidade sempre com um esforço abnegado, com o receio das perder e ao mesmo tempo com medo de me impor e ser inoportuno com as pequenas parcelas de tempo e disposição duvidosa que lhes reservei.

Viver na grande cidade é um desafio banal, mas também pode ser uma aventura constante.

Fiz em 33 minutos a viagem a pé do emprego para casa e vi alguns aspectos da cidade que escapam nas toupeiras mecânicas que atravessam a cidade e vomitam multidões que se deslocam nas entranhas subterrâneas da grande cidade. Há pormenores que escapam ao olhar desantento, desde aquela portada ou portão de ferro forjado digno de Gaudi, à velhinha que todos os dias passeia o seu rafeiro transporcado pelo jardim.

Fiquei só em casa ontem. É uma casa enorme com um corredor que corta todos os compartimetos. Estreito e alto digno de um verdadeiro filme B de terror, com a janelas a baterem e as portas a rangerem. Um mimo!

Estou sempre a queixar-me. Muitas coisas na vida são estranhas de facto o dia de ontem foi cheio de azares.

Morte ao estado, à policia, ao exercito, aos partidos, à releqião e ao capital!
VIVA O COMUNISMO LIBERATÓRIO!

IN FACHADA DO PRÉDIO DA FRENTE

quem diria que hoje as coisas correriam tão mal, mas isso me fizesse mais feliz.

Espero colocar hoje finalmente um ponto final no Passado e resolver aquela pedra no sapato. É já com alguma indeferência que sinto as recordações mas de tempos a tempos ainda me ocorrem à memória esses ecos má memória.

Ontem o pessoal dos Jardins Suspensos (excepto Bob que cumpriu o seu dever e ficou a guardar o ninho) foi tomar um café com B. e C., exibindo o seu amor à velha camisola perante os seus ex-patrões. Só Ma.se recusou a usar tal indumentária por não ter calças a condizer (a máquina de lavar trapos nunca mais chega!!!). De qualquer forma os ex não acharam muita piada (que de facto era de um humor negro duvidosamente refinado).

K. faz anitos hoje. Parabénsssssssssss trenguinha!

Dia ameno, preocupações crescentes. Ninguém me escreve para meu descontentamento.

Bom eu já não deviar estar a curtir?

Acho que numa vida anterior eu fui o Garfield – detesto as segundas.

Felizmente hoje é terça. Ontem aterrei e adormeci ao lado de Bob. Estavamos no chão e mereciamos uma foto

Sem tempo

Há sempre dias loucos

Aterefados e estranhos. Sem energia mais entusiasmado… ou não? Não sei estou confuso
Pergunto-me se afinal tudo não passa de uma ilusão vinda dos sonhos tipicos de quem está cansado.

Apesar do domingo ser chuvoso a sábado à noite foi inesquecível. Faz tempo que não fazia uma noitada com o recente ilustre dentista de Valongo, famoso por ser mulherengo e fazer muitas filhinhas. Afinal estávamos em forma fazendo lembrar os bons velhos tempos de long nights and fast girls. Mostramos estar ainda aí para as curvas apesar das exigências típicas de Caminha já obrigarem a um nível pouco próprio para a nossa idade. Está na altura de ter mais juízo!
Ego e algo mais massajado eis que chego a casa as 7 da matina num sol aborrecido de ferir os olhos, depois de galgar kilometros enquanto o diabo esfrega um olho.

Exausto contemplo um Inverno digno de um castigo divino por um sábado bem passado – um domingo de tempestade. ò tempora , ò mores.

Na semana passada sofri algumas bofetadas da vida e a véspera de feriado à noite salvou-me repondo a minha perspectiva da vivência que levo na grande cidade. As aparências iludem e essa é uma das grandes constantes da vida. Felizmente há uma coisa chamada destino que sempre nos surpreende e contra a qual nunca valeu a pena lutar. Apenas navegar à vista mas nunca esquecendo que por muito contraditório que pareça – o destino somos nós que o fazemos… Psicótico não? Bom a vida não é “bem preto no branco”. Está cheia de tons cinza…

J., M. e o seu primo tiveram umas férias galegas embora chuvosas. Mesmo assim senti inveja por aqueles tempos de lazer, na borga de anos anteriores.

Vi de novo minha velha amiga colorida dos Verões de praia. Está diferente e muito carente… Mais mulher e mais serena. Conversamos um bom par de horas e quase caía em tentação graças aos seus dotes. Prefiro para já uma amizade bem a preto e branco pois os problemas que me trouxe no passado foram um osso duro de roer. Só de lembrar até me faz dores de cabeça. Isso deixou-me receoso, e felizmente fugi para a tal noite lá do norte que se vem tornando hábito de ser cheia de surpresas. Algumas boas como ontem e algumas más…

Ando sem tempo. É Verão e estou muito aterefado. Dentro em breve com ligação a partir de casa pode ser que seja mais simples

O feriado começou com uma enorme ressaca como seria de esperar. Visitei a minha tia e a minha avó num almoço ajantarado que me empantorrou.

Foi um dia importante com um passeio pela linha ao entardecer que me recarregou a alma.

Meu mano teve que cancelar a sua viagem até à grande cidade. Fiquei triste
mas em compensação a minha mana vai jantar comigo. Antevejo as ruas da amargura deambulando com bastante suco de Baco nas noites do B.A. com B e Ch. Espero que E. e Ma. também possam ir. Vai ser cool to say the least

Lavar pratos é uma actividade servil mas recompensadora. É quase estúpido dizer que me relaxou. Pena é ter demorado até às 2 A.M.