Pois é.
As vezes ficamos surpresos com a nossa mente.
Mas o pior são os juízos de valor que os outros fazem de nós. Há sempre alguém com uma mente demasiado tacanha ou com uns horizontes tão vastos como o que um burro duas palas, que se julga superior, ou que pelo menos finge não ser capaz de compreender uma leve psicose…
Há os pobres de espírito e há os espíritos pobres… -de qual grupo fazes parte?
Bom eu não gosto de gente que me julga e que vive num mundo apenas material.
Eu sou espírito
Eu sou pensamento
Eu sou psicótico

Quem diria… um dia repleto de trabalho e dois maços de tabaco (cada qual da sua marca) acompanhados de muita água e boa comida ao almoço. Não estava só e ao menos não adormeci esta tarde.

Esta noite basta-me uma cama confortável para poder receber os meus pesadelos… Estafado e a precisar de um bom descanso.

A noite foi comprida e não houve muito tempo para dormir. A noite tem sempre um encanto especial, mesmo nos dias que se percorrem dezenas de Km perdidos na grande cidade, subindo e descendo ruas íngremes povoadas de monumentos.
O sono prega-nos partidas, esse maldito.
O jantar foi bastante obeso e particularmente delicioso, e foi bom ter companhia de outro potencial migrante.
O gin tónico foi apenas um pequeno refugio, enquanto a companhia era perfeita. O Status Quo da grande cidade foi muito revelador e tive acesso a notícias importantes.
Vou adormecer durante todo dia.

Afinal a minha psicose não está assim tão evoluída.
Como dizem sou um psicótico . comtido que apesar de sonhar acordado e ter muitos desequilíbrios não uso gabardina e procuro senhoras descuidadas para expor o meu falo, nem acredito que os marcianos comunicam comigo e que vivem nas canalizações do aquecimento.
Não tenho nenhum prazer especial na tortura e decapitação de gatinhos, nem em visitar os cemitérios durante a noite nas expectativa de encontrar um corpo feminino fesquinho.
Dentro em breve vou percorrer a grande cidade com um brilho no olhar e quem sabe se trocares o teu olhar com o meu sintas um arrepio. Quem sabe…

O dia defina e estou preso na minha própria ausencia. Estou desatento e desinterassado. Que horror!
Nem sempre quero estar a perder tempo assim.

Começa um novo dia de trabalho na grande cidade. As notícias da terrinha não foram muito animadoras.
A injustça é uma das constantes da vida mas é demaziado cedo para remoer as tristezas. Afinal a manhã é cinza e não será calma.

Um dia trabalho que termina e encerra os anseios de um migrante pendular semanal. As segundas-feiras são dias de imensa exigência, em que o sono e ritmo de trabalho são incompatíveis.
Como neurótico esquiso-depressivo é nestes dias que me apetece não parar e ficar no limbo da inexistência do que sou. É como se fosse um mero instrumento de trabalho, um slot-machine em que se introduzem moedas e se puxa a alavanca. E giram as cerejas sem nunca vomitar moedas de volta.
Quem disse?
Quem disse que eu não era psicótico???
Bom está na hora de buscar repouso e deambular num pequeno trajecto até ao quarto para dormir como uma pedra de granito do Norte.

Por vezes a solidão está onde menos se espera. Mesmo quando se está no meio de uma multidão. Almocei numa tasquinha muito castiça e onde se come em conta. Duas velhinhas lânguidas, balbuciavam pequenas frases soltas de sentido.
A tarde está infernal e trabalhar é um verdadeiro atentado ao pudor. Apetecia despir-me todo e mergulhar num mar ondulado. Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos ! Sonhos !

Estou de volta à grande cidade onde peno na solidão durante a semana.
Um novo dia de trabalho onde o calor abrasador me recebeu, e onde o corre-corre de uma nova semana de labuta e stress me envolvem.
Longe dos meus…

O início é um momento muito delicado.
É com esta frase que começa o filme “Dune” de David Lynch, um dos meus filmes preferidos e assim decidi iniciar o meu blogger. Hoje registei o domínio “psicotico.com” já de madrugada e hoje de tarde, após um domingo ameno, eis que têm início as hostilidades.
Para já não me revelo, apenas dou azo às minhas fúrias delirantes…