eu

Mesmo que se diga o contrario, a politica e o governo estão sobre uma campanha negra. Mas por muito que o primeiro ministro venha jurar a pés juntos que está inocente e qual cordeiro seja vitima dos lobos maus, e o filho do tio venha em defesa do primo, lá do mosteiro de Shao-Lin, há de facto matérias sujas envolvidas.

Então porque razão teria um ministro do ambiente de se reunir duas vezes no mesmo dia com um conjunto de empresários, num caso que era para ser da responsabilidade de um secretário de estado? E porque a morosidade cronica do Ministério do Ambiente, e os intermináveis pedidos de impacto ambiental se transformaram em 15 dias?

E acrescento – mesmo que não se prove que existiu corrupção é inequívoco que existiu pelo menos tráfego de influencias e disso o nosso primeiro não se livra: de impoluto não tem nada.

A neve regressou à minha cidade. Foi fugaz, mas relembrou-me a minha meninice, quando brinquei com a neve com os meus colegas de turma. Terão passado vinte anos desse essas memorias, mas recordo-me da magia do inusitado branco que caiu do céu.

A onde de frio faz-me sentir algo nostalgico e como um gato friorento só me apetece enroscar-me um dia inteiro ao quentinho. I wish!

*PARA QUE OS PORTUGUESES SAIBAM… *
*Fernando Nogueira:*
Antes -Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Agora – Presidente do BCP Angola

*José de Oliveira e Costa:*
Antes -Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Agora -Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)

*Rui Machete:*
Antes – Ministro dos Assuntos Sociais
Agora – Presidente do Conselho Superior do BPN; Presidente do Conselho Executivo da FLAD

*Armando Vara:*
Antes – Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Agora – Vice-Presidente do BCP

*Paulo Teixeira Pinto:*
Antes – Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Agora – Presidente do BCP (Ex. – Depois de 3 anos de ‘trabalho’,
Saiu com 10 milhões de indemnização!!! e mais 35.000€ x 15 meses por ano até
morrer…)

*António Vitorino:*
Antes -Ministro da Presidência e da Defesa
Agora -Vice-Presidente da PT Internacional; Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta – (e ainda umas ‘patacas’ como comentador RTP)

*Celeste Cardona:*
Antes – Ministra da Justiça
Agora – Vogal do CA da CGD

*José Silveira Godinho:*
Antes – Secretário de Estado das Finanças
Agora – Administrador do BES

*João de Deus Pinheiro:*
Antes – Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Agora – Vogal do CA do Banco Privado Português.

*Elias da Costa:*
Antes – Secretário de Estado da Construção e Habitação
Agora – Vogal do CA do BES

*Ferreira do Amaral:*
Antes – Ministro das Obras Públicas (*que entregou todas as pontes a jusante
de Vila Franca de Xira à Lusoponte*)
Agora – Presidente da *Lusoponte*, com quem se tem de renegociar o contrato.

Etc…etc…etc…

*O que é isto? Não, não é a América Latina, nem Angola. *
Portugal no seu esplendor .*

*C**unha?** G**amanço?*
…e depois este ESTADO até quer que se declarem as prendas de casamento e o seu valor.

*Já é tempo de parar! Não te cales, DENUNCIA!*

Seria vulgar dizer que te amo. Isso não basta, nem exprime o que sinto, nem como sinto por ti. Pareceria uma frase feita, um chavão esbatido pelo o uso, e não diria o que te quero dizer cada manhã que acordo a teu lado e me sinto feliz por isso.
Bastava ver o meu olhar para ver o brilho, do meu espelho de alma que vibra por ti.

Sonhos Urbanos

Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe uma paladar,
Seria mais feliz um momento …
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural…

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva …

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica…
Assim é e assim seja …

Rumando ao Sul do meu país pude observar numas férias de sonho, o quando o meu país é aprazível, terra de bons costumes e acolhedora. Não está patente o país dos telejornais, que todos os dias inundam o televisor com mensagens de sufoco criminoso e insegurança a cada passo, e apesar da crise das estatísticas nunca vi um parque automóvel digno do Qatar a passear-se nas auto-estradas. Algures no aparente das minhas férias e nas notícias sensacionalistas deve existir um Portugal mortiço, economicamente inviável, mas onde ainda não é terrível viver.

Mesmo gostando do meu país, e até do Sul as férias nestes pontos são agradáveis fora da época das festanças de Agosto, longe dos maranhais e multidões histéricas. Apenas num agradável clima ibérico sem as trupes, requisito essencial para existir o conceito férias – a fuga à azáfama e multidões urbanas apressadas. Isso ou a América do Sol. E as caipirinhas…

Cada macaco no seu galho, e uma expressão muito comum, mas que se traduz num enorme rol de considerações. A hierarquia, a burocracia e o conservadorismo reaccionário defendem-se segundo esta curiosa máxima.

Pessoalmente acho que no nosso país esta expressão é levada a letra e questões de autoridade formal são levadas à letra, por muito que a hierarquia seja instituída de forma rocambolesca. Nas empresas normais, pela maior parte dos países desenvolvidos, o chefe é encontrado por mérito e provas dadas, mas infelizmente aqui existem critérios extra gestão que entopem a capacidade competitiva e evolutiva das empresas – tornando-se no fundo incapazes de evoluir e competir.

A «cunha» e os «lambe-botas» são os principais critérios de evolução das carreiras ao contrario da competência e mérito e os ganhos altos são preenchidos por incapazes e incompetentes para os cargos que se dedicam exclusivamente a manter o status quo, maltratando os subordinados e obedecendo cegamente a qualquer ordem, mesmo que totalmente irrealista vinda de cima.

Curiosamente a expressão macacos sem galho é algo que se me faz lembrar o desnorte político e democrático da República Portuguesa…

Criar uma criança nesta época é acto de fé. Não é possível de forma racional fundamentar o milagre de trazer um novo ser a este mundo, numa perspectiva conjuntural de declínio civilizacional.

A crise do petróleo, o espectro da fome, a crise financeira do subprime, a ameaça da gripe das aves, o aquecimento global, entre outros, são cenários reais demasiadamente sérios e nefastos quando se medita num paradigma tão simples que se coloca a qualquer progenitor: que futuro vão ter os meus rebentos? A incerteza de futuro e as perspectivas sombrias das próximas décadas não auguram nada de promissor.

Mesmo com horizontes negros, coloca-se o sonho individual de constituir família e descendência, de se amar, de se tentar ser feliz. E repensando a história, quase todos os momentos de 6000 anos de civilização documentada, sempre existiram sombras, apocalipses, crises. E não foi por isso que o ser humano deixou de ter que viessem momentos melhores no futuro para os seus.

Actualmente as chuvas de Abril estão a comprimir a minha necessidade renovada de open spaces.

Espero que a Primavera se renove convenientemente para que a minha forma física possa ser perseguida com a ajuda de de um Nike Plus que tem estado negligenciado. Anseio por ouvir as minhas músicas favoritas a suar e ultrapassar os novos limites. Os meus quilos extras estão a precisar!

Saber de antemão que a vida muda radicalmente numa determinada etapa da nossa vida é importante, mesmo que não tenhamos consciência da forma telúrica com que essa alteração nos afecta.

A passagem para uma nova fase da minha vida está a ser um mar de descobertas e entusiasmos nunca antes previstos. Até o que de antemão se afigurava como um processo potencialmente desconcertante e exigente psicologicamente foi antes um conjunto de realizações pessoais reconfortantes e uma aprendizagem impagável sobre mim próprio.

Hoje, mais que nunca estou plenamente convicto que para sermos capazes de Viver é necessário sentir na pele quer o êxtase da felicidade mais pura e o desespero da descida ao mais fundo dos infernos. Só assim somos capazes de encontar no nosso intimo a veracidade dos sentimentos e saber a sua importância e o seu realismo. E nos momentos em que surge uma ansiedade e se coloca um novo marco, fica nas nossa veias a sensação que a existência tem um novo significado maravilhoso

Um milagre. Apenas e só : e que por questão de fé não é necessário desenterrar nenhum dos porquês de tanta felicidade- eles estão estampados num sorriso.

Subitamente apeteceu-me escrever. Escrever como se nenhum momento de intervalo estivesse intercalado entre este momento e o anterior, como se todo o conteúdo que se passou entre o ponto A e o Ponto B estivesse suspenso.

Por isso escrevo. Porque este ponto B é um ponto sem antecedentes de dormência o relaxamento. É apenas o ponto B, onde o ponto A não faz sentido nem na distância, nem na origem. Por vezes temos que ser condescendentes com o nosso passado para que tenhamos um presente sem pressões. E de súbito sem pretensões apeteceu-me acrescentar mais um capítulo a esta espécie de diário, só para me lembrar que existe um ponto C.

Os anos sucedem-se depressa, ligeiros, imparáveis.
Começa-se.
Primeiro um, depois dois, três, em seguida quatro, e depois cinco.
E chega-se a meia dúzia. Sem saber bem porque, o tempo fluí rapidamente dando a impressão de ser impossível de se lhe seguir o rasto. Fico contente por perceber que numa meia dúzia de anos seguinte um trajecto muito interessante, repleto de erros colossais e vitórias redundantes, de tempestades e bonanzas, de aventuras e devaneios diletantes. Podia ser menos agitado, menos dramático, mas tem sido uma boa lição, aprendida a custo e com resultados impressionantes de crescimento pessoal.
O meliante não é mais o mesmo, nem se dá a pseudo-psicoses, e mais equilibrado e feliz, tenta encontra o seu equilibrio na corda-bamba da vida, questiona-se e não se revolta ao estilo de rebelde em causa.
As águas que passaram no moínho são muitas, cheias de tentativas e erros, e de inumeros galos, à custa de tanto bater na parede com a cabeça. Não digo que não vou errar mais, isso seria não ter apreendido absolutamente nada. Apenas digo que hoje a maturidade me permite estar capaz de errar menos, de equacionar melhor hipoteses e rotas por mares menos revoltos. E isso em seis anos. Nada mau.

Este é um dia que me aparece idílico, mas que estou preso nas contingências do quotidiano. A liberdade do espírito porém não é posta em causa, trata-se de circunstâncias iguais a tantas outras que nos limitam no espaço e tempo. No meu caso trata-se de uma secretária cinza, talvez disforme pelas suas dimensões exageradas, onde todos os dias úteis me coloco durante horas. Nada de diferente de tantos outros…

Segunda-feira é um dia que eu nunca apreciei. Tal como se pode ler no manual dos preguiçosos, este é o dia da semana em que os minutos se arrastam de forma mais monótona, e sentir o mercúrio dos termómetros a entrar em níveis apetitosos prova ser uma menos-valia para quem tem o seu ganha-pão afixado a uma secretária extra large. Pode ser enorme mas hoje sinto-a invulgarmente minúscula e claustrofóbica.

Resta-me o consolo de saber que em breve me vou perder nas Arábias na mais perfeita companhia.

Era tempo de sentir
Esse rescaldo de paixão
Num amor audaz e pleno
Cabal de fé e certeza
Fico sereno a sorrir

Abre-se o céu e o sentimento
Não chora mais o meu coração
Limpo-me do veneno
Passado de uma alma mártir
Bruscamente feliz

Sinto esse afecto
Dentro da contemplação
Esse Amor eterno.
Deixam-se as flores
As pétalas caem

E pergunto:
Feliz és minha?

Se você disser que eu desafino, amor
Saiba que isso em mim provoca imensa dor
Só privilegiados tem ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu
Se você insiste em classificar
Meu comportamento de antimusical
Eu, mesmo mentindo devo argumentar
Que isso é bossa nova, que isso é muito natural
O que você não sabe, nem sequer pressente
É que os desafinados também tem coração

Fotografei você na minha Rolleiflex
Revelou-se a sua enorme ingratidão
Só não poderá falar assim do meu amor
Este é o maior que você pode encontrar, viu!
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados,
No fundo do peito, bate calado…
No peito dos desafinados
Também bate um coração!

Desta memória eu quereria dizer…
Tão apagada agora… quase nada resta
porque ficou tão longe, nos meus anos primeiros de ser homem.
Uma pele como de jasmim… Na noite

de Agosto… Era de Agosto?…
Mal relembroos seus olhos…
Eram, suponho, azuis…
Ah sim, azuis. Azuis como safira.