amor

1. As Scut começaram mal e ameaçam acabar muito pior. Um Governo socialista idealizou-as como “as auto-estradas que se pagam a si próprias”. À época, muitos denunciaram a fantasia. Os socialistas, designadamente os ex-ministros João Cravinho e Jorge Coelho (nunca se esqueçam!), juravam que não: tudo estava planeado e as vozes que requeriam mais ponderação e cautela não passavam, dizia-se, de incertezas colocadas por quem não tinha imaginação para mais. Quando Guterres fugiu e nasceu o Governo de coligação PSD/CDS, fizeram-se finalmente as contas e percebeu-se a inevitabilidade das portagens como esforço de compensação para o negócio ruinoso para o Estado que os socialistas tinham engendrado.

Algum tempo depois, um outro Governo socialista chegou. Voltou a prometer a gratuitidade – muitos acreditaram e a vida das empresas e das pessoas daquelas regiões servidas pelas Scut foram-se compondo ao seu redor.

2. Depois, Sócrates fez o que mais o notabiliza: alegremente, pontapeou essa promessa eleitoral. Sem pestanejar, repetiu tudo aquilo que parte da Oposição dizia desde o início e afirmou a urgência das portagens.

Os consórcios privados cedo perceberam que o fluxo de trânsito iria diminuir após a introdução das portagens. De imediato, quiseram a renegociação da fórmula de pagamento que era baseada, precisamente, no número de viaturas que transitavam nessas vias. E, pasme-se, conseguiram todos os seus intentos – até os devem ter superado. Obedientemente, o Estado socialista renegociou o que as empresas queriam e como estas desejavam: a base da compensação às empresas (rentabilidade) passou a ser um conceito indeterminado, poeticamente denominado de “disponibilidade”. A partir desse funesto momento, o fluxo de veículos nas Scut era indiferente para os consórcios – estes, recebiam “rentabilidades” desmesuradas em qualquer situação.

3. O resultado foi desastroso. De acordo com uma auditoria preliminar do Tribunal de Contas (TC), realizada graças a uma réstia de vergonha que ainda consegue subsistir por aqueles lados e cujos resultados provisórios terão escapado para os jornais antes do tempo politicamente aprazado, os consórcios privados ficaram a ganhar (e o Estado a perder) 58 vezes mais com a renegociação do novo modelo de pagamento a pretexto da introdução das portagens. Se as notícias agora conhecidas se vierem a confirmar, a retribuição que o Estado terá de ofertar aos privados terá crescido 10 mil milhões de euros…

4. Quando as portagens surgiram, quiseram convencer-nos de que se tratava de um esforço imprescindível para ajudarmos o país a sair do buraco onde tinha sido enfiado pelos maus governos que nos têm assolado. Afinal, afundámo-nos ainda mais.

Já vi realizarem-se maus negócios mas nada que se assemelhasse a isto. Caso esta auditoria do TC seja autêntica, o desnível entre a inteligência dos privados e a gritante obtusidade dos negociadores do Governo é excessivo e suspeito: tudo indica que se trata de uma vigarice legal.

O processo das Scut revela que a incompetência deste Governo está muito para além da redenção. E constituirá um exercício de cidadania ficarmos atentos, nos próximos anos, aos destinos profissionais daqueles governantes, pretensos defensores do interesse comum, que participaram nesta marosca deplorável.

Sempre que os leitores passarem por debaixo de um dos pórticos e ouvirem o irritante sinal sonoro do identificador, quando descobrirem os débitos nas suas contas bancárias, lembrem-se de quem criou e prometeu aquelas estradas “sem custos para o utilizador”. Evoquem as promessas mil vezes repetidas pelos mesmos que as quebraram. Recordem os argumentos da necessidade do país nesta hora de aflição que nos foram impingidos quando nos fizeram pagar aquilo que tinham jurado ser gratuito. E recapitulem os números: o dinheiro dos nossos impostos, após as portagens, vai ser imolado 58 vezes mais dolorosamente do que antes.

Pois, como dizia o sempre presente ex-ministro Jorge Coelho, hoje do outro lado da ditosa barricada, “há pouca memória na política portuguesa”…

Opinião de Carlos Abreu Amorim no JN

  • Sushi até arrebentar. #
  • Os golpes militares são mais frequentes quando os militares não recebem o seu salário. upssss #
  • Afinal casei-me com uma motoqueira… que azar #
  • A grande final da taça Europa joga-se contra o Villareal. Em Dublin está à espera do Porto uma equipa que o poderoso Porto vence facilmente #
  • Tarde de corrida no calor pede jantar de tapas e amor #
  • No verão duriense a sentir o ar puro #

Com tantos aniversários é fácil ficar atolado em prendas e presentes para dar e receber, assim como uns kilos a mais depois de tantos bolos de aniversários. As efemérides familiares são assim. Mas o mais importante é que elas celebram o que nos é mais importante na vida: aqueles que nós são mais próximos – a família e os amigos.

Desta vez a minha filha recebeu merecidamente a sua primeira festa de anos para os amiguinhos, que no fundo me deixou muito feliz e como que deixou em segundo plano o aniversário deste velhote que já completou demasiadas primaveras para o poder revelar com entusiasmo. Depois o nosso primeiro aniversário, que marca a nosso união judicial, mas que não deixa de ser um marco de felicidade e amor em família tão importante.

Resumindo, a vida merece estas efemérides, merece ser festejada e a sua alegria partilhada.
Parabéns!

Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O Verão tem sido chocho e sem muitas sessões de lagartada no solário ou na minha praia, como noutros anos. Porém, e parafraseando a minha cunhada, é um Verão muito agradável. Primeiro porque a minha princesa já anda e corre e faz as delícias do seu pai babado e depois porque tudo vai bem no novo reino dos portões automáticos.

Dir-se-ia que o único senão é que o tempo se esvoaça muito depressa, entre notícias apocalípticas de gripe, desastres económicos, pandemias de incompetência politica e desemprego. Fora da média, no nosso cantinho entre rotinas de trabalhadores por conta doutrem eu e a rainha lá vamos construindo uma vida juntos, numa família que cresce com amor. É um querido mês de Agosto. É muito agradável.

Hoje deitei-me junto a uma jovem pura
como se na margem de um oceano branco,
como se no centro de uma ardente estrela
de lento espaço.
Do seu olhar largamente verde
a luz caía como uma água seca,
em transparentes e profundos círculos
de fresca força.

Seu peito como um fogo de duas chamas
ardia em duas regiões levantado,
e num duplo rio chegava a seus pés,
grandes e claros.

Um clima de ouro madrugava apenas
as diurnas longitudes do seu corpo
enchendo-o de frutas estendidas
e oculto fogo. Acontece que me canso de meus pés e de minhas unhas,
do meu cabelo e até da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.

O teu sorriso, tão parecido como o da tua mãe, alimenta o meu coração e enobrece-me a alma. Quando sorris com a tua inocência resplandecente, fazes-me acreditar na grandiosidade da vida e de como o amor se sobrepõe a tudo. Obrigada.

Era tempo de sentir
Esse rescaldo de paixão
Num amor audaz e pleno
Cabal de fé e certeza
Fico sereno a sorrir

Abre-se o céu e o sentimento
Não chora mais o meu coração
Limpo-me do veneno
Passado de uma alma mártir
Bruscamente feliz

Sinto esse afecto
Dentro da contemplação
Esse Amor eterno.
Deixam-se as flores
As pétalas caem

E pergunto:
Feliz és minha?

Se você disser que eu desafino, amor
Saiba que isso em mim provoca imensa dor
Só privilegiados tem ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu
Se você insiste em classificar
Meu comportamento de antimusical
Eu, mesmo mentindo devo argumentar
Que isso é bossa nova, que isso é muito natural
O que você não sabe, nem sequer pressente
É que os desafinados também tem coração

Fotografei você na minha Rolleiflex
Revelou-se a sua enorme ingratidão
Só não poderá falar assim do meu amor
Este é o maior que você pode encontrar, viu!
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados,
No fundo do peito, bate calado…
No peito dos desafinados
Também bate um coração!

Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
Quem, dentre amigos, tão amigo
Para estar no caixão comigo?
Quem, em meio ao funeral
Dirá de mim: — Nunca fez mal…
Quem, bêbado, chorará em voz alta
De não me ter trazido nada?
Quem virá despetalar pétalas
No meu túmulo de poeta?
Quem jogará timidamente
Na terra um grão de semente?
Quem elevará o olhar covarde
Até a estrela da tarde?
Quem me dirá palavras mágicas
Capazes de empalidecer o mármore?
Quem, oculta em véus escuros
Se crucificará nos muros?
Quem, macerada de desgosto
Sorrirá: — Rei morto, rei posto…
Quantas, debruçadas sobre o báratro
Sentirão as dores do parto?
Qual a que, branca de receio
Tocará o botão do seio?
Quem, louca, se jogará de bruços
A soluçar tantos soluços
Que há de despertar receios?
Quantos, os maxilares contraídos
O sangue a pulsar nas cicatrizes
Dirão: — Foi um doido amigo…
Quem, criança, olhando a terra
Ao ver movimentar-se um verme
Observará um ar de critério?
Quem, em circunstância oficial
Há de propor meu pedestal?
Quais os que, vindos da montanha
Terão circunspecção tamanha
Que eu hei de rir branco de cal?
Qual a que, o rosto sulcado de vento
Lançara um punhado de sal
Na minha cova de cimento?
Quem cantará canções de amigo
No dia do meu funeral?
Qual a que não estará presente
Por motivo circunstancial?
Quem cravará no seio duro
Uma lâmina enferrujada?
Quem, em seu verbo inconsútil
Há de orar: — Deus o tenha em sua guarda.
Qual o amigo que a sós consigo
Pensará: — Não há de ser nada…
Quem será a estranha figura
A um tronco de árvore encostada
Com um olhar frio e um ar de dúvida?
Quem se abraçará comigo
Que terá de ser arrancada?
Quem vai pagar o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?

O matrimónio pode até já não ser uma instituição sagrada, mas o seu simbolismo tradicional pode ser belo, em especial se os noivos comungarem de um amor genuíno. O casamento do D. foi extraordinariamente belo, requintado e espero que marque um inicio muito especial para um casal tão bonito.
Comi e bebi do melhor e dancei como nunca tinha dançado com a menina do belo vestido cor-de-rosa.

O tempo tem escasseado para martelar no teclado, mas tal não significa que a ausência de palavras seja sinal de ausência de momentos que perdurarão na memória. O aniversário da princesa teve um significado importante para mim, não só pela festa magnífica que foi, tão repleta de convívio e amizades de todos os quadrantes, mas também por me colocar na minha praia perante tantas mudanças boas na minha vida.

Há situações que nos marcam, e por vezes os momentos mais singelos fazem-nos perceber o quanto o destino pode dar cambalhotas e tornar um mundo cinzento num explosão de cores Robbialac. Naquela tarde pude constatar no meio de uma casa cheia que definitivamente o meu mundo teve uma mutação carregada de felicidade e amor.

Para que a noite acabasse, especial como a tarde que a antecedera, só ouvir o «Just like Heaven» dos Cure no recanto revivalista chamado Bateaux, encantado pela beleza principesca. E depois no final aquele toque tão especial de aventura, tão divertida e ao mesmo tempo simbólica num local tão estranho. Especial.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa, ou como um címbalo que tine. E ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e tivesse toda a fé, até ao ponto de transportar montanhas, se não tivesse amor, não seria nada. E, ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada me aproveitaria.

(Carta de S. Paulo aos Coríntios I 13: )

O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós

O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem princípio nem fim
Meu amor, huuum, tu cabes dentro de mim

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Eternamente tu

Jorge Palma – 1989

No interregno das emoções fortes, foi-me necessária uma pequena barbárie masculina do campo futebolístico. O verdadeiramente glorioso tentava a dobradinha, e colocou-se em cima da mesa a possibilidade de ir numa comandita de adeptos ferrenhos até ao estádio do Jamor.

Ver o desporto das massas nunca me fez pulsar de emoção por aí além, mas devo reconhecer que assistir a uma partida de futebol do nosso clube de eleição dá muito adrenalina e eu gosto de todo o teatro envolvente, todo o cerimonial clubístico e da clubite de massas dentro dos domínios da civilidade. Ela ainda existe mas não vem como é obvio nas notícias que só se interessam por revaches asininas e histerismos de violência nos estádios ou de animais, que por sinal vi ao vivo pela primeira vez.

E eis que o comando de torcedores se organiza, muito embora duas desistências de última hora tenham comprometido bastante a organização e em particular o orçamento. Um comando formado por sete indomaveis, munidos de uma carrinha de transporte se faz à estrada na madrugada de domingo. Eu era dos poucos que não fazia parte das forças policiais, onde inspectores e sargentos à paisana se faziam à grande cidade.

O inspector P tomou o volante, e para bem dizer, com bastante sucesso até uma malfada subida da CREL, onde as últimas gotas de gasóleo se evaporaram e nos deixaram a penantes. Só faltou o garrafão de 5 L de praxe para nos disfarçarmos do verdadeiro rancho do piquenique portuga enquanto esperávamos contrafeitos pelo providencial auxílio da Brisa com o seu bidãozinho de 28 €.

Desfeito o contratempo, rumamos a um almoço pantagruélico, à antiga portuguesa no Forcado de Loures, com a tradição cretina em que os aniversariantes beijam uma cabeça de touro empalhada ao som da zarzuela tauromáquica, mas em que as entradas são de ir até às lágrimas. Regados e de estômago cheio, seguimos para o Jamor, esse belo parque de romarias e piqueniques à séria. No caos de pó para estacionar e das correrias de última hora lá nos instalamos em plena claque setubalense do lado oposto ao mar Azul do nosso FCP.
Felizmente o ambiente de taça estava nos nossos vizinhos, que após o jogo nos cumprimentaram com excelente fair-play. E a dobradinha foi nossa muito embora o local fosse tão mau que nem deu para apreciar o jogo… mas a festa sim.

E a quinta dobradinha do FCP foi a minha primeira e muito provavelmente ultima ida ao Jamor, pois não posso imaginar-me outra vez a levar com duas horas para sair do mar de pó onde a carrinha estava engarrafada. Valeu a companhia e a escolta policial e o facto de o Cavaco ter entregue o caneco. C´um caneco!

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Se por um instante Deus se esquecesse
de que sou uma marioneta de trapo
e me oferecesse mais um pouco de vida,
não diria tudo o que penso,
mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas,
não pelo que valem,
mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais,
entendo que por cada minuto que fechamos os olhos,
perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os outros param,
acordaria quando os outros dormem.
Ouviria quando os outros falam,
e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate!

Se Deus me oferecesse um pouco de vida,
vestir-me-ia de forma simples,
deixando a descoberto, não apenas o meu corpo,
mas também a minha alma.

Meu Deus, se eu tivesse um coração,
escreveria o meu ódio sobre o gelo
e esperava que nascesse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh
sobre as estrelas de um poema de Benedetti,
e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas
para sentir a dor dos seus espinhos
e o beijo encarnado das suas pétalas…

Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida…
Não deixaria passar um só dia
sem dizer às pessoas de quem gosto
que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem
que é o meu favorito
e viveria apaixonado pelo amor.
Aos homens provar-lhes-ia
como estão equivocados
ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem,
sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar!
A uma criança, dar-lhe-ia asas,
mas teria que aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.

Tantas coisas aprendi com vocês, os homens…
Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha,
sem saber que a verdadeira felicidade
está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta
com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai,
o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um homem só tem direito
a olhar outro de cima para baixo
quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês,
mas não me hão-de servir realmente de muito,
porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…

Autor anónimo erradamente atribuido a GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ