amor

O club “bom garfo de sábado“, tem tido momentos de requinte que ficaram para a história, e está a angariar cada vez mais sócios. Desta vez N. como sócio fundador – titulo que partilha comigo – convidou algumas individualidades importantes – uma espécie de convidados surpresa… para mim.
Nunca imaginaria durante uma tarde refastelado ao Sol, que toda a companhia e folia incluída no pacote iria levar nessa noite

A vida é uma roleta russa. De facto ou há só um clique do percursor ou os nossos miolos ficam espalhados pela parede num espectáculo de som e cor. Ou se passa fome ou se tem uma panela de cozido à portuguesa.
Daí que dos 8 para pato, 3 teriam de ser encontros imediatos de 13º grau com direito a suores frios, arrepios na espinha e tonturas . Não que fosse mau. As circunstâncias é que me fizeram sentir como um bombeiro voluntário a atacar 3 frentes de incêndio ao mesmo tempo

S. é esplendorosa e exuberante mas muito afável. I. é amorosa e delicada. L. é ternurenta e gentil. Eis os ingredientes perfeitos para um cocktail Molotov de emoções que me torturaram.
1/100000 para que se encontrassem é mesma mesa.
E como se não bastasse N. e Dr. P. estavam lhe a dar e arrastaram-me para os estragos… Pior da noite foi quando apesar de estar a dar uma de chefe da corporação de Sapadores de Bombeiros antes de ir para o talho – o Dr. P. saiu-se com a de que “gostava de ti para cunhado” e logo eu, que não tenho irmãs casadoiras!!!…
Bolas… Na minha vida quando chove, é logo dilúvio.

Que preguiça! Sol e calor e desperta em mim uma faceta algo alentejana ou cearense que há muito tempo não tinha o direito de desfrutar.

É muita fruta e reconheço que estou algo cansado. Não me posso dividir em mil frentes de batalha e em milhões de escaramuças, que vão desde o campo profissional, com questões familiares, passando pelos meus hobbies, amizades e social life e questões amorosas.

Nestes dias a minha vida é como um acordeão ou gaita-de-foles, que emitem sons contínuos sem interrupções. Preciso de um período de retiro para recuperar folêgo, armazenar energias, e cuspir na cara do Tempo, da Pressa, e da Rotina.

É como pontapear e esmurrar a cara à Morte e sentir os seus dentes quebrarem, rangendo de dor.
Quase apetece gritar:


– NÃO ME VENCERÁS MORTE-
– JÁ UMA VEZ ME ABRAÇASTE –
– E SENTI OS TEUS LEVES LÁBIOS –
– ÉS AGORA A MULHER FATAL QUE JÁ DESFRUTEI E QUE PERDEU A GRAÇA –
– RIO-ME NA TUA CARA DOCE MORTE-

Um dia duro colmatado por uma obra-prima. David Lynch está de volta com o seu universo deviant, que desta vez excede todas as suas fantasias.

Mulholland Drive é um filme que nos enche e esvasia, mas que é proibido aos comedores de pipocas que nunca o poderão descortinar, nem na mestria estética nem no virtuosismo do enredo lincheniano intrincado. É estão lá quase todas as referências, quer nas personagens extremas que suplantam o aparente para se matamorfarem na loucura, quer pela banda sonora arripilante e envolvente.

Sem um único pormenor descuidado, desde o anão até à forma como Betty se torna lésbica, às luzes de LA, à brutalidade e aos pequenos ponto quase incompreensiveis que se tocam em vários pontos.

Um cubo azul e como Camilla de frágil se torna uma mulher totalmente fatal.

Amem-no ou odeiem-no. Não me interessa.

É essencial.

E totalmente psicótico!

  1. Te quiero no por quien eres, sino por quien soy cuando estoy contigo.
  2. Ninguna persona merece tus lágrimas, y quien se las merezca no te hará llorar.
  3. Sólo porque alguien no te ame como tú quieres, no significa que no te ame con todo su ser.
  4. Un verdadero amigo es quien te toma de la mano y te toca el corazón.
  5. La peor forma de extrañar a alguien es estar sentado a su lado y saber que nunca lo podrás tener.
  6. Nunca dejes de sonreír, ni siquiera cuando estés triste, porque nunca sabes quién se puede enamorar de tu sonrisa.
  7. Puedes ser solamente una persona para el mundo, pero para una persona tú eres el mundo.
  8. No pases el tiempo con alguien que no esté dispuesto a pasarlo contigo.
  9. Quizá Dios quiera que conozcas mucha gente equivocada antes de que conozcas a la persona adecuada, para que cuando al fin la conozcas sepas estar agradecido.
  10. No llores porque ya se terminó, sonríe porque sucedió.
  11. Siempre habrá gente que te lastime, así que lo que tienes que hacer es seguir confiando y sólo ser más cuidadoso en quien confías dos veces.
  12. Conviértete en una mejor persona y asegúrate de saber quién eres antes de conocer a alguien más y esperar que esa persona sepa quién eres.
  13. No te esfuerces tanto, las mejores cosas suceden cuando menos te las esperas.

Recuerda:
“TODO LO QUE SUCEDE, SUCEDE POR UNA RAZÓN”

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ

Falabella!

“Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos saudade

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatolgista, como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem (por causa daquela mania de estar sempre ocupada), se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Skol, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ele continua cantando tão bem, se ela continua adorando o Mac Donald’s, se el continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, a ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso…
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler.”

Miguel Falabella –

Morte segundo Neruda …

Este texto que uma amiga do peito me enviou tocou-me muito. Obrigadooooooooooooooooo

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova e não fala com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro ao invés do branco e os pingos nos iis a um redemoinho de emoções, exactamente o que resgata o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios e coração aos tropeços.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho.

Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, ouvir conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte, ou da chuva incessante.

Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, nunca pergunta sobre um assunto que desconhece e nem responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em suaves porções, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples ar que respiramos.

Somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeira felicidade.

Pablo Neruda

Será do Guaraná?!!??

O Amor é…
Paixão pulsante…
É lixado. É fodido…
Quer sair-te pelos poros…
Quer sorver perfumes, sabores, emoções…
Assim é um amor
Nem sempre sereno ou plácido.
Tristão e Isolda, a anos luz.
Frenético.
Alucinante.

E ao mesmo tempo
Uma sensação de Paz e conforto.
E de Lar, mesmo que longe.
E de entrega mesmo que recebendo.
E de receber mesmo que entregando.

Ando perdido.
Entre caminhos poeirentos.

Lareiras tão quentes.
Café, por vezes amargo.
Outras doce.
Mas sempre bom.

Venha a Paz do Natal.
Festa Pagã, antes de cristã.
Festa na mesma!

E o renovar e renascer do Ano Novo.

Vem aí o solstício de Inverno

Ando com alguma preguiça em escrever. Creio que esta altura do ano, quando se aproxima o solstício de Inverno me torna sempre mais mole e apático.

Estou a ler compulsivamente outra vez. Faz anos que me tinha afastado da literatura, para grande desgosto meu, mas eis que descobri as saborosas obras de Paulo Coelho, que com uma linguagem simples, nós dá uma realidade cheia de mensagens para a alma e delicia a mente. Depois do “O alquimista” li o “Díario de um Mago” de forma frenética, e quero mais.

Enquanto isso, o Outono apesar de frio revela-se agora solarengo, chegando a ser enternecedor. Estou contemplativo, sereno, mas não melancólico, embora saiba que o vulcão de energia e Amor-que-Consome esteja prestes a explodir, com furor, sagacidade e coragem.

O meu mano chega amanhã com a sua companheira para umas pequenas férias, qual imigrante. Vai ficar em minha casa apesar do gelo que deve estar por lá. É intraduzivel em palavras a força que uma amizade tão profunda e duradoura que mantemos. Sou um felizardo pois sei que os laços de fraternidade que construí não são raros, nem se esbatem com o tempo ou a distância. E como me escreveu este adorável meliante:

“Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrera de solidão; poderá morrer de saudades mas nunca estará só.”

taras…há muitas, mas são perdidas

Faz um tempo lindo apesar da chuva intensa. Mas creio que as melhores loiras da madeira têm mesmo tara perdida e os 5 minutos que tenho disponíveis neste momento não davam para descrever as aventuras de cubano junto com os e as nativas cá do Jardim.

Sexta foi um estágio intenso no Bar do Ribeiinho em que o meu mano me ensinou as tácticas de comunicação básicas. Também conhecido por Está-li-ben (leia-se taliban mas que em Madeirense quer dizer que ele está ali bem).

O casino tem os seus encantos (devo andar mesmo com azar ao amor para sacar 15 mokas) . E venha o formula 1 , o Capacabana, as Vespas. Mas mais que tudo as essenciais ponchas de laranja da Ribeira Brava.

Ora é mais espetadas ou é mais 8 horas de estagio de Baco. Sábado fez lembrar altura e grande nível com direito a cicerone de respeito e a perder o tino. Venham agora as Brisas e vamos a S.Vicente nos furados e uma UMAS OVAS de Espada à maneira. Nada de omeletas por tanto.

Continuando

De nós os homens de barba rija, muito se pode dizer.
Bem ou mal….
Muito objectivamente, tantas vezes ficamos absortos no combate, com moinhos de vento ou gigantes adamastores, que nos esquecemos da beleza do mundo.
Universo.
Uma partícula de areia em praia infinita.

E quando, quase por distracção ou engano, fugindo do rame-rame do dia-a-dia decidimos procurar a beleza do Mundo, demasiadas vezes caímos em dois sítios:
No nosso umbigo
Ou
No umbigo de Doce Dulcineia.
Ás vezes, num segundo. Momento. Partícula de areia nessa nossa praia infinita;
Ás vezes sonhamos e sentimos e vivemos e somos felizes, momentos de partilha e Amor.
Apesar de parecer tantas vezes o contrário!

E não sou mestre!
E não somos mestres!
Somos todos aprendizes, voando em asas de papagaio de papel…
Ou seja avaliando bem….

Dom Q

D. Quixote versus Sancho Pança

Faz tempo que não deixava de sentir um peso nos ombros. Já me tinha esquecido de como é bom estar feliz e sentir o Sol a brilhar por dentro sem aquelas preocupações. Claro que nem tudo é um mar de rosas, mas quando se procura uma metamorfose há sempre um preço a pagar.

Esquecendo o meu desapego pelos bens materiais, sem nunca deixar de ser um paladino das causas perdidas, quais D. Quixote, vejo sempre Sancho Pança olhando-me de soslaio. Creio que estou farto de ser alvo de invejas gratuitas ou ferido por orgulhos perniciosos ou jogos de bastidores. Afinal nada ganho investindo num Rocinante contra os gigantes/moinhos de vento, pois serão sempre moinhos de vento encantados por magos malignos e negativos. Afinal todos nós somos um misto de D.Quixote e Sancho Pança e creio que o segredo esta no equilíbrio, sabendo aliar o espírito ao material.

Descendo ao mundo da terra tenho estado ocupado. Apesar de já sentir algumas saudades de Bob e companhia, tenho saído bastante com D. e conversado muito com o mestre M. , o que me tem equipado com grande animação.

Entrando

Aceitando de muito bom grado este convite, venho agora fazer uma perninha nesta página, meu nome Dom Quixote, o meu mote a voçes de descobrir!

E na linha dos textos anteriores, cá vai:Mais um dia mais uma viagem!

Ressuscitamos, renascemos todos os dias!

Mais uma volta mais uma viagem!

E morremos todos os dias, um pouco….

Um dia um camarada, com a mania que sabia da vida, disse que uma noite de sexo tórrido lhe diminuía um ano de vida… Verdade ou mentira? A ele entrego essa tarefa de descobrir, por exemplo por abstinência sexual… Ou não!!!….

Renasci hoje, como ontem, como amanhã espero!

Todos os dias escrevemos novos capítulos neste livro, para mais tarde recordarmos, para mais tarde sermos recordados.

E em cada um O Mestre.
E em cada um O AMOR.
Nada mais simples.
Nada mais complexo.

Dom Q

Hoje tive consciência de quanto o meu nível de percepção lógica e intuitiva se desenvolveu nos últimos meses. Tremo só de pensar quanto sou capaz de ler como um livro aberto as pessoas e os acontecimentos e desconstruir eventos e pensamentos de uma forma rápida e crua.

É como que uma maldição esta leitura, que ecoa rápida e fluida como nunca. Vejo um olhar e sinto o que encerra, vejo um sorriso e vejo se é falso ou verdadeiro, noto um gesto e deduzo se é um tique comprometedor ou um sinal de desconforto. Chego mesmo a medir alguém em poucos minutos e para meu sofrimento as suspeitas e a impressão do primeiro momento batem certo, quer sejam semanas ou meses depois. Mesmo assim aceito seus defeitos e as virtudes tentando não acreditar em tal certeza inicial buscando um pouco de prazer no conhecer passo a passo normal.

Creio que li demasiados livros da Agatha e do Sir Doyle na juventude, e a prática da dedução, conjecturas lógicas foi sempre uma obsessão. É um jogo das charadas descobrir os segredos que os outros nos escondem. Mas o detective só funciona com factos e indícios que apontam o suspeito e desvendam a forma como levou a cabo o assassínio. O poder de observação aguçado de repente faísca, o jogo fica perigoso, torna-se cruel. Não se apanham os culpados nem se faz um resumo da brilhante dedução até eliminar todos os sulpeitos menos um. Na grande cidade a introspecção explodiu o meu poder de observação e só vejo vidros transparentes. Está tudo à vista. E o pior é que parti o interruptor e não consigo desligar as antenas…

Muitas vezes é inexplicável a certeza com que ocorrem e cada vez mais são mais constantes. Tento ignora-los pois são muitas vezes tristes e pesados para que os aceite e não quero (e tento não querer) que me condicionem. Prefiro estar errado e raramente estou, mas masoquista não quero acreditar. É como que eu tenha que fazer sempre o jogo eu-sei-que-tu-sabes-que-eu-não-sei-apesar-de saber.
Começam logo as etiquetas improváveis a aparecer como se fosse nos artigos do supermercado, mas em vez de identificarem os preços das conservas ou cerejas, revelam e fazem confidencias

– tu és deste tipo, tu gostas eu sei de quê, tu escondes aquilo, tu gostas é daquele, tu tens medo, tu não queres admitir, tu vais te deixar ir na conversa, tu és incapaz de mentir, tu levas tudo até ao fim, tu és egoísta, tu és simples, tu és maldosa, tu és um sapo-boi, tu estas com sede, tu estas desatento, tu fazias tudo pelo teu irmão, tu andas a ver se acabas com a namorada, tu achas-me engraçado, tu tens pena dela, tu queres ajudar, tu dizes uma coisa e depois já dizes outra, tu és um amigo com que se pode contar sempre, tu tens um trauma de juventude, tu és incapaz de amar, tu queres vencer na vida a todo o custo, tu só queres ser feliz, tu precisas que alguém te segure, tu estas zangado comigo e não o queres transparecer, tu tens ciúmes, tu és invejosa, tu és um paz de alma, etc.

Quero ignorar, quero tentar esquecer, mas ali aqueles flashes ecoam seguidos como se não se possa desligar aquele ponto. Tento evitar olhar nos olhos aqueles que gosto nem estar muito tempo frente a frente, senão surgem e ressurgem coisas que às vezes preferia não saber.

Irrita-me quando me tentam esconder algo ou dissimular qualquer coisa. Nessas alturas há um sino badalando e uma sirene a apitar. É aborrecido sentir o que me escondem. Surge sempre aquele sentimento de revolta que não é pelo facto escondido em si mas pela forma como se encobre que para mim é evidente. Nas últimas semanas é pior. O fumo dantes entorpecia a vista, mas agora só o álcool e nem sempre.

A vida guarda supressas únicas que ocorre quando menos esperamos. Voltar a rever o meu primo após tantos anos seria sempre uma noite agradável. Nunca imaginei que ele tivesse seguido o seu sonho de ser surfista e tivesse tido aulas no Guincho!
E eis assim que vou parar com Jean mais a sua encantadora namoradita aí uns 10 anos mais nova e a amiga com nomes acabados em “ie” a um churrasco na Quinta da Marinha.
Na tal casa de luxo tive a companhia de:

  • stori Alex, um loiro australiano que nos convidou
  • a sua bela ex uma peruana de um gajo se babar todo estilo Pocahontas;
  • duas italianas ßem simpáticas;
  • John um inglês muito castiço (filho de portuguesa que por sua vez era filha de Irlandeses) ás do bodyboard;
  • Peter o skateboarder da Dinamarca;
  • 2 holandeses muito semelhantes ao deus Thor com areia nos miolos;
  • Matilda de 3 anos e os seus respectivos pais da Escócia;
  • uma portuguesa de nome Marta que destoava como é habito nas lusitanas e que estava mortinha por ser comida por alguém que fosse loiro;

Alex já passou
de 20 e muitos mas parece que tem 18, com um trato com muita pinta, sempre descalço licenciado em surfismo e MBA em sedução do sexo fraco. Viveu em França, Havaí e Peru e escolheu a linha para viver. Disse-me algo de muito interessante:
LIFE IS ABOUT THE RIGTH TIMMING depois de termos deitado abaixo 64 latas de cerveja.
HANG LOOSE MAN !!!

Espero colocar hoje finalmente um ponto final no Passado e resolver aquela pedra no sapato. É já com alguma indeferência que sinto as recordações mas de tempos a tempos ainda me ocorrem à memória esses ecos má memória.

Ontem o pessoal dos Jardins Suspensos (excepto Bob que cumpriu o seu dever e ficou a guardar o ninho) foi tomar um café com B. e C., exibindo o seu amor à velha camisola perante os seus ex-patrões. Só Ma.se recusou a usar tal indumentária por não ter calças a condizer (a máquina de lavar trapos nunca mais chega!!!). De qualquer forma os ex não acharam muita piada (que de facto era de um humor negro duvidosamente refinado).

K. faz anitos hoje. Parabénsssssssssss trenguinha!

Ontem estive com Marie. Fazia quase 8 anos que não via a minha primita francesa. Ça va?
Ela e o namorado, um gaulês de gema foram uma companhia muito agradável, apesar do Bertrand não entender patavina do português. Mas afinal as sardinhas assadas são uma linguagem universal…

É estranho como o tempo às altera alguns traços às pessoas. As expressões físicas e a personalidade mantêm-se.

Conto já as horas … A grande cidade vai dar a vez a um fim-de-semana que promete.

Viva la vita!