Dias

Ainda sinto na pele o calor do clima e gosto das espetadas em loureiro e da espada. Mas mais que isso sinto na alma uma amizade profunda que a distância e a ausência não conseguiram anular.

Escusado será dizer que como nos bons velhos tempos, enquanto os ossos aguentaram ouve folia e noites sem par e claro as calmarias resultantes de compensação. Felizmente o velhito 205 CTI cabriolet mostrou os 130 cavalos (?) nas subidas até o Pico Ruivo e na Queimada junto a Santana onde foi até ao isolado mas único e de beleza indescritíveis Caldeirão Verde através de uma levada de 4 duras horas para percorrer 13 km. Mas valeu a pena! E voltaria a percorrer aquelas falésias 100 vezes!

Agora na República, longe da RAM e da CMF ando sem vontade para estar online. E vivam as bananas e os furados e as chavelhas … e claro as ponchas de laranja também!

Retornado, um termo com carga pesada, uma herança de impérios que já não o eram, de pesadelos ainda não findos.
Retornado, voltou o menino, mas anda na mesma ausente! A cabeça nas nuvens e o corpinho ainda dormente. Um efeito “jet-lag” à moda da Madeira!
Nós por cá os restantes migrados buscamos que buscamos algo talvez só encontrável em férias e nas ilhas… Quem sabe?
O menino talvez o saiba!?

Ainda vai a meio e já tenho pena de deixar a pérola. É certo que com alguns exageros alternados com prática de exercício, paisagens deslumbrantes, comezainas e novos amigos e amigas.

O Pico do Arieiro era o alvo de hoje após uma subida pelo Poiso, mas a neblina não permitiu ver nada. Mesmo assim ontem foi de matar qualquer criancinha com a malukeira das Vespas depois de uma subida ao molhe mais a chavelha loira que me partiu todo. oh oh ! O Pai Natal chegou mais cedo… tenho que me deixar destas coisas 🙂

Vou agora comer algo e alá que a noite é uma criança. E depois amanhã acorda-se cedo que isto de dormir

you´ll sleep when you´re dead!

.

E venha a levada ! ! !
e tenho que comprar botas para isso!
Anima DomQ

taras…há muitas, mas são perdidas

Faz um tempo lindo apesar da chuva intensa. Mas creio que as melhores loiras da madeira têm mesmo tara perdida e os 5 minutos que tenho disponíveis neste momento não davam para descrever as aventuras de cubano junto com os e as nativas cá do Jardim.

Sexta foi um estágio intenso no Bar do Ribeiinho em que o meu mano me ensinou as tácticas de comunicação básicas. Também conhecido por Está-li-ben (leia-se taliban mas que em Madeirense quer dizer que ele está ali bem).

O casino tem os seus encantos (devo andar mesmo com azar ao amor para sacar 15 mokas) . E venha o formula 1 , o Capacabana, as Vespas. Mas mais que tudo as essenciais ponchas de laranja da Ribeira Brava.

Ora é mais espetadas ou é mais 8 horas de estagio de Baco. Sábado fez lembrar altura e grande nível com direito a cicerone de respeito e a perder o tino. Venham agora as Brisas e vamos a S.Vicente nos furados e uma UMAS OVAS de Espada à maneira. Nada de omeletas por tanto.

Taras?!!??

O “menino” viajou, em busca de algo, alguém, da verdade que fecha em sí mesmo.
Só encontramos as respostas que levamos à partida especialmente, quando partimos para uma ilha!

Espermos que seja essa a verdade.
E que não ganhe mais taras, dada a reputação da dita cuja ilha!

Chegou.
Bem!
Arregaçou as mangas e fez-se ao caminho.
O Círculo da ilha.
O Círculo em sí mesmo.

Fintando precalços…
E as TARAS??!!!

Madeira aqui vou eu

Ainda a recuperar depois da galega me ter topado como porteiro eis que estou prestes a entrar numa nova aventura, indo até à ilha do Alberto João para visitar meu mano durante um dez dias. Creio que as férias serão uma lufada de ar na minha mente e um recarregar de baterias para as novas jornadas.

Ontem foi um dia em cheio que envolveu uma noitada com P. numa excursão a uma dessas tão badaladas noites da mulher. Ao fim ao cabo só se vêm bandidos e pistoleiras e umas tantas crianças à mistura, mas a companhia foi excelente, ao nível dos bons velhos tempos. Pior são os danos na carteira, nos pulmões e no figado.

M. está desencontrado. Não dá sinais de vida. Que se passa? 🙂 Será uma nova aquisição?

A RISA!

Ainda me estou a rir!

O riso é sempre o melhor remédio.
E a reciclagem de antigos ditos e antigos feitos além de histórica, fará sempre história!
Sim o Berdadeiro FDS!
E as Berdadeiras hermanitas das que ajoelham não só para rezar.

O trascendente dos trascendntes pensamentos, entrou em órbita, qual 2001, o primeiro contacto a caminho de 2010, o ano de todas as revelações… Nas asas de una paloma (arght!) blanca (arfghththth!)….

Faz tempo que não me ria tanto, graças ao bom humor de um animado grupo de solteirões à solta buscando caça grossa nas exóticas terras de nuestros hermanos.
M. desta vez ganhou o grelo de ouro com uma nova abordagem de engate indo directo ao assunto, reciclando uma deixa muito em voga no tempo de Ramses II.
Rapidamente “una paloma blanca” se tornou numa “pomba de infra-vermelhos mutante de marte” fizerem parte da boa disposição do dia da ressaca, em que o crescendo de pensamentos intelectuais atingiu o clímax.

Continuando

De nós os homens de barba rija, muito se pode dizer.
Bem ou mal….
Muito objectivamente, tantas vezes ficamos absortos no combate, com moinhos de vento ou gigantes adamastores, que nos esquecemos da beleza do mundo.
Universo.
Uma partícula de areia em praia infinita.

E quando, quase por distracção ou engano, fugindo do rame-rame do dia-a-dia decidimos procurar a beleza do Mundo, demasiadas vezes caímos em dois sítios:
No nosso umbigo
Ou
No umbigo de Doce Dulcineia.
Ás vezes, num segundo. Momento. Partícula de areia nessa nossa praia infinita;
Ás vezes sonhamos e sentimos e vivemos e somos felizes, momentos de partilha e Amor.
Apesar de parecer tantas vezes o contrário!

E não sou mestre!
E não somos mestres!
Somos todos aprendizes, voando em asas de papagaio de papel…
Ou seja avaliando bem….

Dom Q

D. Quixote versus Sancho Pança

Faz tempo que não deixava de sentir um peso nos ombros. Já me tinha esquecido de como é bom estar feliz e sentir o Sol a brilhar por dentro sem aquelas preocupações. Claro que nem tudo é um mar de rosas, mas quando se procura uma metamorfose há sempre um preço a pagar.

Esquecendo o meu desapego pelos bens materiais, sem nunca deixar de ser um paladino das causas perdidas, quais D. Quixote, vejo sempre Sancho Pança olhando-me de soslaio. Creio que estou farto de ser alvo de invejas gratuitas ou ferido por orgulhos perniciosos ou jogos de bastidores. Afinal nada ganho investindo num Rocinante contra os gigantes/moinhos de vento, pois serão sempre moinhos de vento encantados por magos malignos e negativos. Afinal todos nós somos um misto de D.Quixote e Sancho Pança e creio que o segredo esta no equilíbrio, sabendo aliar o espírito ao material.

Descendo ao mundo da terra tenho estado ocupado. Apesar de já sentir algumas saudades de Bob e companhia, tenho saído bastante com D. e conversado muito com o mestre M. , o que me tem equipado com grande animação.

Super!!!

Estou contente por partilhar este espaço com Dom Q, que de certo vai fazer umas visitinhas de vez em quando.

Bem-vindo Dom Q !

Entrando

Aceitando de muito bom grado este convite, venho agora fazer uma perninha nesta página, meu nome Dom Quixote, o meu mote a voçes de descobrir!

E na linha dos textos anteriores, cá vai:Mais um dia mais uma viagem!

Ressuscitamos, renascemos todos os dias!

Mais uma volta mais uma viagem!

E morremos todos os dias, um pouco….

Um dia um camarada, com a mania que sabia da vida, disse que uma noite de sexo tórrido lhe diminuía um ano de vida… Verdade ou mentira? A ele entrego essa tarefa de descobrir, por exemplo por abstinência sexual… Ou não!!!….

Renasci hoje, como ontem, como amanhã espero!

Todos os dias escrevemos novos capítulos neste livro, para mais tarde recordarmos, para mais tarde sermos recordados.

E em cada um O Mestre.
E em cada um O AMOR.
Nada mais simples.
Nada mais complexo.

Dom Q

Leitura

”O deserto estava cheio de homens que ganhavam a vida porque podiam penetrar com facilidade na Alma do Mundo. Eram conhecidos por Adivinhos, e temidos por mulheres e velhos. Os guerreiros raramente os consultavam, porque é impossível entrar numa batalha sabendo quando se vai morrer. (…)

Portanto os Guerreiros viviam apenas o presente, porque o presente está cheio de surpresas eles tinham que prestar atenção a muitas coisas: onde estava a espada do inimigo, onde estava o seu cavalo, qual o próximo golpe que deviam desferir para salvar a vida.

O cameleiro não era um guerreiro, e já tinha consultado alguns Adivinhos. Alguns disseram coisas certas, outros disseram coisas erradas. Até que um deles, o mais velho perguntou porque razão o cameleiro estava tão interessado em saber o futuro.
-Para que possa fazer as coisas – respondeu o cameleiro. – E mudar o que não gostaria que acontecesse.
-Então deixará de ser o teu futuro – respondeu o Adivinho.
-Talvez então eu queira saber o futuro para me preparar para as coisas que virão.
-Se forem coisas boas, serão uma agradável surpresa – disse o Adivinho – Se forem coisas ruins, estarás a sofrer muito antes delas acontecerem.

(…)
Quando as pessoas me consultam, eu não estou a ler o futuro; estou a adivinhar o futuro. (…) E como posso adivinhar o futuro? Graças aos sinais do presente. No presente é que está o segredo; se prestares atenção ao presente, poderás melhorá-lo. E se melhorares o presente, o que acontecerá depois também será melhor. Esquece o futuro e vive cada dia da tua vida nos ensinamentos da Lei e na confiança de que Deus cuida de seus filhos. Cada dia traz em si a eternidade. ”

In “O Alquimista” de Paulo Coelho

O virar da página

Há uma lei da física de Lavoisier que se adequa às nossas vidas :


Na Natureza nada se perde, nada se cria: tudo se transforma

Creio que este postulado é uma verdade absoluta, provada cientificamente no mundo da física que pode ser alargado ao mundo da metafísica. A nossa alma e a nossa mente também evoluem e se transformam. Há sempre pontos-chaves na nossa vida que geram novas fases e este último fim-de-semana foi um desses marcos de mudança.

O virar da página é um renascimento, uma lufada de esperança, como que se começasse a escrever um livro sabendo que nas páginas em branco há muito que preencher e nesse ponto de partida se pode chegar a mil e um finais para a história que vamos contar.

Diverti-me muito na grande cidade nesses dias que antecedem e sucedem ao dia das bruxas. A lua cheia em simultâneo exerce aqueles devaneios singelos levando a pequenas ou grandes emoções e nada melhor que acabar um capítulo numa altura como essa. Mesmo nostálgico com a percepção de encontrar um fim, senti o brilho e cor que guardarei com satisfação na memória.

Contudo há sempre fantasmas e assombrações da época e das eras passadas. Sem sentir pena, vemos os enganos e os desenganos, as injustiças e as alucinações.

Sempre me interessei por explorar estados de consciência alterados mas de preferência sem recurso a tóxicos (preferência). Hoje voltei a carga na busca de estimuladores sensoriais de ondas cerebrais Alfa e encontrei uns mp3 de indução de estado de transe que prometem uma verdadeira viagem da mente.

Necessito agora só talvez uma dream machine ou uns flashers e afins.

As aparências iludem. É um facto indesmentivel. Algo que o meu avô me disse seriamente, apesar da sua juventude eterna e alegre já nos seus irrequietos 70 e tal anos.

Era um lobo do mar encalhado em terra depois da Marinha o ter dispensado – algo de que nunca se conformou, e que um dia me disse num tom sério que:

o homem é o único animal da criação que acredita em ilusões e que se basta com as aparências.

É um dia triste e patético. Estou aborrecido até dizer basta.

J. e M. telefonaram ontem como se antevessem que eu estava a fazer uma atravessia do deserto. J. faz um drama pior que eu, mas eu sei como ligar com isso.

Mesmo assim quero que se faça Luz neste ceu cinza