correr

  • Não costuma dar sorte ver o FCP em casa do meu pai… hoje vai ser diferente #
  • Hoje sabia bem uns 45 minutos de natação desenfreada porém a impressora malvada no escritório não me fez a vontade #
  • Uma enorme pedrada depois de correr 14 km e abater mais de 1200 calorias. Vou voltar a estar em forma num instante. #

No passado assumi que seria apenas uma questão de encontrar os eixos para que a minha vida se endireitasse. Porém não foi tão fácil assim. Não havia na minha consciência qualquer discernimento no que tocava aos meus objectivos. Estava sem rumos portanto.

Foi preciso passar as passas do Algarve e bater com o nariz em muitas portas para perceber que a minha motivação imediata não me leva a nenhum ponto em concreto, mas sim e apenas me levava a correr e estrebuchar em desafios sem metas à vista.

Foi preciso cometer erros de palmatória, ser um mentecapto nos relacionamentos e hipotecar muitos dos meus princípios para compreender que a vida e o destino estão nas nossas mãos mas que não nos caem do céu. Se em muitas frentes já não consegui reerguer a obra, noutras frentes, qui ça, as mais importes na Vida consegui mostrar obra.

E algures na mente ficam novas obras em projecto, para em breve meter mãos à obra, na certeza porém de que não há certezas.

Esta na moda a questão do pensamento positivo e da alteração de matrizes de pensamento.
De facto faz algum sentido a nível de senso comum que se mantivermos o mesmo hardware e correremos um software diferente é natural que o desempenho do cpu seja alterado… a questão é saber se para melhor ou pior.

Seguindo o paralelismo informático, não creio a mente se possa reprogramar apenas por ler um livro ou fazer uns exercidos mentais: não podemos formatar o espírito e fazer tábua rasa da nossa infância e adolescência formadora da personalidade – podemos quando muito deixar de usar o Internet Explorer da Microsoft e passar a usar o Firefox da Mozilla.

Ver o mundo com olhos de ver pode gerar algumas alterações, as mudanças de hábitos também, mas se o hardware estiver desactualizado, não se podem esperar milagres.

A ilha verde foi um destino de fuga fabuloso e inesperado. Eu nunca tinha antecipado os Açores como uma rota de férias, mas fiquei surpreso por muitos motivos.

Antes demais seria a visitação ao maninho no seu constante degredo e auto-ostracismo insular, e por outro lado era mais uma aventura a dois num local de férias distante.
Logo deu para depreender que caíramos em desgraça perante o S.Pedro e que o Sol nunca nos estaria reservado, mas sim um abundante ar húmido e pincelado com bastante nuvens negras e até aguaceiros. Mas isso era o menos importante num cenário tão peculiar, plantado em pleno centro do Oceano Atlântico. Fiquei atónito com a imponência do azul, do verde florescente e pela relatividade do tamanho de S.Miguel.

Logo à chegada fui brindado pelas verdadeiras excitações dionizinas do meu maninho e praxado a rigor com minis a ponto de pensar se não estava a ter um dejá-vu pois a minha chegada à Madeira, há meia dúzia de anos atrás, tinha tido o mesmo inicio rocambolesco. Espantado fiquei por ser acompanhado com semelhante entusiasmo, e companhia de desacatos hepáticos. A factura foi muito pesada mas acompanhada de iguarias culinárias únicas que me valeram uns bons quatro kilitos numa semana.

Logo se seguiram as viagens turísticas exigidas quando se está num cenário tão espantoso. Mesmo ao volante de um boloide conseguimos correr o que eu considero ser uma das belezas naturais mais espantosas que consegui presenciar e apenas sei que nenhuma descrição poderá alguma vez traduzir a maravilha que se desenlaça no olhar.

E aquela invasão na retina de beleza numa verdadeira jangada de pedra fica na minha memória de bons excelentes momentos, de liberdade e consciência da vastidão do planeta terra e do maravilhoso Atlântico.

Estava eu no sossego de uma convalescença dessas gripes invernais, só com a companhia do meu peluche e de um bom livro, quando me dei conta que não escrevo há séculos. Só num espaço sem estar ligado à rede, onde só faltava a lareira para sentir que me encontrava há cinquenta anos atrás é que me deu uma vontade enorme de escrever. Era como se a impossibilidade de termos um bem, aumente o seu desejo, e isso fez me sentir algo estúpido. Ter desperdiçado inúmeras ocasiões para fazer o gostinho à caneta por causa da preguiça e o corre-corre diário e rotineiro: isso são sempre desculpas esfarrapadas.

Ao sentir o vento a uivar lá fora e o meu nariz a teimar escorrer mucos irritantes, deixei-me levar em meditações febris, que embora fossem algo desconexas eram contudo de uma lucidez alarmante : dei-me conta que estou a chegar à idade de não retorno.

Algures um relógio biológico indica-me que o meu leque de opções encontra-se cada vez mais com menos horizontes, menos cenários, menos enquadramentos. Mas isso não é obrigatoriamente mau, muito pelo contrário, permite que nos foquemos mais no essencial e não no acessório no que toca ao que buscamos da vida. E no meu caso posso dizer que a opção que tenho pela frente é das mais risonhas que alguma vez vislumbrei.

Foi contemplando a Lua ontem que consegui encontrar a minha estrela polar. Estava desorientado numa ausência de norte momentânea, e fui buscar refúgio num retiro frio e chuvoso na minha praia.
Felizmente o céu perdeu o seu tom muito nublado e a chuva cessou. Vi a aura madrepérola envolvendo o circulo prateado irradiante e senti-me compelido de energias novas.

Decidi correr, queimar gorduras e banhas que tenho acumulado nos últimos meses auxiliado pelo nano e cavalguei um bom par de quilómetros até um pontão esquecido entre a minha praia e a praia aguda. Ao som de uma melodia feita à medida percorri um estrado místico que se precipitava pela praia iluminada pelo luar intenso. Só e quente de suor senti a calma que necessitava e amenamente senti um abraço dos elementos e da Lua amistosa numa maré cheia de mar revolto num local deserto – uma sensação única de plenitude – de que algures o meu destino seguia o seu curso e que me assegurava naquele momento belo que seria promissor e ameno como desejo.

E de facto as tempestades são transitórias. São sempre.

Os seus despertares sempre tinham sido partos diários de constrangimentos rumo a uma inevitável rotina sem esperança. Mas o seu olhar, apesar do silêncio da correria da azáfama dos preparativos para ir para o emprego abria rasgos de esperança.
Mas com ela tudo mudara. Não existia mais a sensação de mais um dia como os outros, e sim a bênção de ter um dia mais a seu lado. Enquanto se vestia apressadamente, já se sentia afortunado por saber que o início do dia já valera a pena por a ter tão perto de si.

Sonhos Urbanos

Apesar de incorrer no pecado de utilizar chavões estereotipados, não deixo de afirmar que a experiência da vida é uma aventura que só se atinge o objectivo, passando por um longo percurso de tentativas e erros. Erros esses que nos fazem aprender, a melhorar, a ser mais lúcidos e maduros.

Bater com a cara na porta e uma lição que dói, mas é uma lição necessária. Sem o erro, o logro, o insucesso, não somos capazes de acordar do país dos contos de fadas e procurar na profundidade do nosso ser o melhoramento e o rejuvenescimento necessários para que não nos tornemos em algo de oco.

Nem tudo são rosas, mas também, nem tudo são espinhos. Por cada prova de obstáculos, vislumbra-se uma meta e um pódio que nos aguardam. E por essa meta, onde todos que a cruzam têm medalha, vale a pena correr.

Foi sem dúvida um Sábado diferente. Ainda a ressabiar de uma noite agitadíssima, eis-me madrugador, com muitas horas de sono é dívida e neurónios ainda motivados a Gurosan, a tentar pedalar.

O que seria um fim-de-semana desportivo, tornou-se uma festa de encontro de novos amigos num local solarengo e místico, onde as ondas chocavam intensamente contra as rochas formando fogos de artificio de espuma. R. é um polo dinamizador, um carisma e encanto a que só se pode devolver genuína amizade. Assim como aos amigos que foram chegando ao longo da tarde dos mais variadas e longínquas origens. Subitamente tudo se tornou uma tarde de copofonia de loiras de esplanada… estilo Chopp.

A noite foi o reverso da medalha, em que os neurónios deram tilt apesar de estar com o irmanzito das ilhas a ver o nosso glorioso a portar-se miseravelmente. Depois de anoitecer tudo se tornou absurdamente mau!

Acho que a teoria do Búfalo, em que os neurónios mais fracos são abatidos primeiro, – neste caso através de uma analogia precária relativa à bebida – é mesmo uma piada de mau gosto. Nesta semana sinto que só os meus búfalos-neurónios mancos continuam a correr nas pradarias de uma mente incendiada. O resto da manada ou já tem as peles a secar ou pôs-se a monte

A cada dia que passa, redescubro velhas amizades que tinham sido edificadas em betão armado, e que julgava injustamente perdidas.

Fotografar a minha cidade, deu-me há tempos um renascimento espiritual, de observar a beleza das coisas porque passamos todos os dias e não lhes damos o devido crédito. Ver com olhos de ver, as linhas que embelezam o nosso quotidiano e não passar sem degustar com a visão a alma do espaço à nossa volta, atinge-nos. Faz-nos apreciar a beleza como um ser mais grandioso e agradecemos fazer parte desse ser, nem que seja pelo admirar.

Voltar a minha aldeia ancestral também se revelou uma abertura de horizontes perdidos. Perdi-me durante horas no esquecimento dos campos, sentindo a natureza rude e perfeita. O verde no granito e o granito borbulhando do verde, a perder no campo de visão, levaram-me a percorrer montes e vales, ansiando sempre por ficar sem respiração assim que atingia um cume mais distante. Reflecti e encontrei minhas raízes algures naqueles campos, chegando mesmo a ter naquelas rochas da Raia, Portugal num pé e Espanha noutro. Absorvi os cheiros e ruídos da minha herança.
Depois senti-me renovado. Capaz de prosseguir.

Estou bastante feliz, mas num deficit mental preocupante. Sinto-me a correr contra um cronómetro incomensurável e intolerante perante os pequenos imprevistos e atrasos do dia-a-dia.
Esse estranho tiquetaquear como que me sufoca, muito embora a coragem de repensar e agilizar a minha mente aumentam a cada instante, tornando-se mais fácil estar preparado e mais alerta para essas novas alterações que se avizinham.

Neste fim-de-semana pude constatar a enormidade que é a indústria cosmética e o que ela faz movimentar – eu já sabia o quanto a nossa sociedade valoriza a imagem e o conceito «capa de revista» para o perfil feminino e masculino. No entanto escapava-se-me algo importante para perceber o porque de tão grande interesse, no qual eu também vivo: a imagem na vertente da promessa de beleza e juventude mexem em instintos animais básicos, capazes de nos tornar obcecados na sua persecução.

Não ter gorduras, carnes flácidas, olheiras, pele amarelada dá-nos um aspecto mais atraente, saudável e logo maior capacidade de agradar ao sexo aposto. Assim parecer mais jovem é também um sinal de sobrevivência pois a morte estará mais longe da juventude.

É nestes parâmetros que a vaidade se mistura com o consumo e toda uma engrenagem de produtos mais ou menos milagrosos é uma salvação para as nossas pobres mentes consumidoras. Ser belo é a doce miragem da sobrevivência, da capacidade de vir a ser feliz como nas revistas cor-de-rosa, num sonho que nos arrasta para a fogueira das vaidades. Como num anúncio de perfume ou de baton: a vida passa a ser perfeita graças aquela cor ou odor.

Tenho necessidade de escrever nas alturas em que a minha vida se defronta com um ponto de viragem, com uma fasquia mais alta, na nossa novela. Necessariamente hoje estou a passar por um dos marcos da minha vida que mais impacto trarão na minha vivência, mas de alguma forma a caneta tem estado parada e a tinta não quer escorrer.
uma caneta sem tinta
Sinto-me extasiado com emoções que necessito escrever, situar no tempo e espaço e materializar em palavras, mas estou preso por um maléfico torpor de preguiça, de ausência da inspiração que me faz pulsar o coração quando concretizo as palavras que me sobrevoam a mente.

Estou cansado, mas apaixonado, numa viagem que temo não estar à altura de conseguir realizar, mas que desejo arduamente fazer. Preciso reflectir, encontrar bases de suporte, terra firme onde alicerçar os meus pensamentos que borbulham desamparados na febre, fervendo num lume rubro.

Dói-me perceber que o meu ânimo se esbarra numa parede de desgaste físico. É como se o amor e felicidade que me alimentam tão inabaláveis e fortes sejam roídos pela ânsia e o fogo da minha paixão que entorpecem os músculos.
Necessito o equilíbrio da suavidade, da calma, e não de correr sem correr, de viajar sem viajar, de percorrer sofregamente inúmeros quilómetros rumo ao aconchego de quem desejo e amo. Correr sim com a vontade quente mas não em anseio, como se tivesse o pavor que algo me fugisse por entre os dedos levando-me a uma exaustão estúpida sem sentido.
A distância mina-me novamente, tornando-me novamente um pendular, dividindo o meu estado físico em duas longitudes e o meu coração fixo onde encontra o calor.

Pior que ser acossado de um intenso fervilhar de acções não executadas, na apatia de uma certa preguiça social, é ver os nossos pequenos passatempos da vida a fugirem-nos por entre os dedos.

Aprecio a calma e o retiro em dosagens controladas, desde que dê para escutar o meu pensamento, fugindo àquele barulho do dia-a-dia que não nos deixa ouvir a voz que há em nós. É no silêncio que a velocidade do nosso pensamento flui naturalmente, sem barreiras e ruídos abstraindo-se da azáfama e encontrando a passagem entre corpo e alma.

Um dos passatempos que me foge pelos dedos são os preciosos passeios de bicicleta ao entardecer, num misto trajecto de todo-terreno enlameado e um giro pelo calçadão da terrinha. Infelizmente a minha velha companheira azul ficou temporariamente manca, quando a corrente deixou de correr e se partiu. Onde vou arranjar um garagista agora?

Casa sem Internet, sem televisão, apenas eu, os meus livros e os meus botões.

May Day! May Day!

Sinto-me como se a casa das máquinas já estivesse inundada e o navio já condenado emitisse um derradeiro pedido de ajuda. Ainda não ordenei o lançamento dos botes salva-vidas, mas a sua necessidade parece eminente. Tudo isto porque demorei demasiadas horas a sentir que o meu cérebro recuperava finalmente algum discernimento e capacidade de ordenar ideias e não alucinar com um imaginário apocalíptico.

Como comandante deste navio não me posso dar ao luxo de passar tão perto de tamanhos Icebergs a todo-vapor. Não havia necessidade de correr semelhantes riscos, nem de por em perigo toda a tripulação.

Tudo isto porque o Club Kitten @ Triplex chamava por mim, hipotequei todo o Domingo e ainda o inicio da semana, envolvendo-me num devasso mergulho de excessos quase suicidas, para o meu corpo já não tão jovem. Mas valeu a pena, foi bastante bom apesar de estar permanentemente a nadar na multidão, ao som do catolicismo musical. E não me recordo de quem me atirou uma bóia. Foi um naufrágio muito atribulado…

Não tenho tido muita paciência. Por vezes desejo tornar-me num simples caminhante cujas únicas preocupações seriam relativas ao destino a seguir para pernoitar e onde arranjar o pão de amanhã. É uma ideia idílica e utópica, mas não tão descabida como isso.
A vida é no fundo uma diáspora, uma cruzada, uma demanda pelo Santo Graal, e pelo Sentido da Vida. (Ei! Não estou a falar em filmes dos Monty Python)

Não que essas metas mitológicas existam realmente, mas sim são como que reveladas e encontradas durante jornada, numa aprendizagem só possível pelas experiências diferentes com que nos deparamos e a forma como o inédito e o distinto alargam o nosso horizonte de pensamentos.

Frequentemente quando viajo reencontro-me, como se andasse perdido de mim mesmo, esquecido que tenho uma vida e não uma rotina. Já consigo fazer ruir rotinas e hábitos, mas não os meus vícios. De tempos a tempos gosto de me fazer sozinho à estrada sem destino, preferencialmente com o auxilio de um volante, e percorrer largas distancias sem destino aparente – apenas pelo gosto do desconhecido com que me vou deparar amanhã. Provavelmente tenho instintos gitanos e quem sabe senão é a minha vocação inata de vadiagem que me faz pulsar.

Foi um fim de semana algo diferente em que eu alternei entre a introspecção e a total futilidade superficial. Por vezes temos que nos dar esse direito de nos alienarmos como muito bem entendamos.

O clima prega-nos muitas vezes partidas e faz-nos sentir demasiadamente miudinhos, face às forças naturais. Tinha planeado um fim-de-semana para voar, mas as “condições climatéricas” não eram as ideais para façanhas que envolvem alguns riscos ligados com a geografia e clima. Por isso não fui um anjo sem asas, apesar de necessitar urgentemente de me escapar para as altitudes.

Exactamente pela minha necessidade de um grande fuga, de uma cândida alienação, acabei por fazer uma caminhada menos benéfica para a minha saúde, assim como para a minha carteira. Mergulhei num cenário de total degradação noctívaga, com direito a fazer duas das noites mais extravagantes desde que me conheço, e estamos a falar de quem já cometeu uma considerável série de atentados à moral e pudor, sendo procurado, vivo ou morto pela Brigada dos Bons Costumes. Isto de percorrer as três capelinhas é criminoso!

Mas nesta descompressão emocional, tão necessária, também interiorizei que os contra-sensos da minha vida terão aumentado nos últimos anos. Não é um facto novo que o desprendimento afectivo e emocional aumentam, a medida que vamos conhecendo mais pessoas.
Fazendo às contas, a quantidade de seres humanos que se cruzaram na minha intimidade, cresceu exponencialmente, fruto de algum apetência de sedução, alguma necessidade inata de convívio ou afins. Mas isso não me ofereceu o seu propósito, mas sim tem cavado algumas fronteiras de solidão a que ciclicamente não consigo fugir. É como se a quantidade reduzisse drasticamente a qualidade, e pior me fizesse criar alguma sofreguidão a lidar com as mais variadas situações.
Espero que esta sensação seja meramente passageira, pois é desconfortável estar a sentir-me só, quando estou rodeado e acompanhado por uma multidão. Esta falta de lógica e luz, têm que ser passageiras.

Resta-me fazer um bocado das tripas, coração, e rezar que esta postura Titanic não meta nenhum Iceberg.

Esta calor, e felizmente mais um fim-de-semana se aproxima. Não vou refastelar-me ao Sol como seria de esperar, mas vou passar antes um par de dias semi-militaristas de treinamento aborrecido. Mas é por uma boa causa, por um valor mais alto. Se tudo correr como delineado, na próxima segunda-feira terei atingido um pequeno objectivo, que as circunstâncias alheias me têm negado. Diz I. que são os deuses que estão contra, mas eu sinceramente prefiro ser um Ulisses e desafiar as minhas hipóteses contra esses amplos entraves.

Será um sacrifício que valerá a pena, e se não me escafeder em mil bocadinhos terei um sorriso na cara de uma ponta a outra. Vencer os nossos medos mais profundos e encarar de frente o pavor e o pânico e a forma mais saudável de Viver. Vai ser apaixonante de certeza, e terei o gosto doce de realização e coragem. Só espero que o tempo e o veiculo não preguem partidas como no ano passado.
Dizem que é quase tão bom como sexo, mas tenho as minhas dúvidas. A bem das baleias voadoras.