Dias

Os últimos quinze dias de…

De humoris– (quinta parte)

Quando N. e Jo. Voltaram da sua passagem de ano em África, em que estiveram literalmente rodeados de italianos, estavam ainda bastante embebidos das cores da mãe África e das paisagens inóspitas de Sal. Se bem que não lhes tenha corrido da melhor forma as mini férias, não só pelo preço, como também pelos contratempos, confirmando que Cabo Verde não é de facto um destino de passagem de ano apesar do calor e do sorriso que traziam.

Como não podia deixar de ser, I. e eu fomos requisitados para assistir a apresentação oficiosa dos 9 rolos de fotografias num jantar no Martinho. Felizmente o humor requintado de I. conseguiu que a maratona não fosse tão fastidiosa. Acho que uma das qualidades que tornam as pessoas mais interessantes é ter a qualidade de utilizar um humor very british, daquela nada evidente que não retira uma gargalhada instantânea. Provavelmente o que destingue o homem dos primatas é a capacidade de humana de rir. Mas o que destingue um Cro Manhon de um Homos Sapiens Sapiens e a capacidade saborear piadas refinadas e hilariantes sem necessitar que lhe mostrem um placar com RIR a letras GARRAFAIS e com um desenho explicativo com muitas cores.

O humor tem um papel muito importante nas nossas vidas cinzentas. Desde Monty que aprecio Nonsence e o humor negro, e adorei a bastantes fases da carreira de Herman. Tal Canal, Hermanias, Humor de Perdição, Casino Royal, Pensão Estrelinha (o seu ponto mais alto – ” Eu é mais bolos” ) e Herman Enciclopédia. Infelizmente ele é já incapaz de fazer piadas sem recorrer a bons textos. Não ultrapassa uns trocadilhos hardcore com fruta e legumes para tentar arrancar algumas gargalhadas, vivendo às custas de uma ou outra personagem que consegue encarnar – o Nelo é realmente brilhante. Resmas!

I. confessa que não resiste aquele ser efeminado que é incapaz de entender o significado das palavras e que troca as sílabas das mesmas até as tornar em conceitos absurdos. Resmas!
De certa forma I. está também em profunda mudança na sua vida e fico muito orgulhoso em apreciar a sua coragem e a maneira como partilha comigo os seus medos e hesitações que sempre se nós colocam depois de termos dado um passo em frente. Crescemos sempre quando mudamos, nem que seja para pior, mudanças essas que nos tornam mais fortes no trilho que se chama vida.

Foi um serão memorável.

J. acabou por comprar um maquinão que grava CDs e tem DVD e estou a aproveitar alguma pirataria… De resto algumas nuances e o atrito do inicio do ano com uma gripe e respectivo catarro. Tenho convivido muito com M. J. e A. nas sessões de obcecados com cartas.

G. tem telefonado. Noto algum desespero na sua doce voz. Mesmo assim atenciosa e afirma que está tudo bem.

São as meninas da Madeira,
Ternas, graciosas, ideais.
Ficam-se doido vendo-se a primeira,
Doido se fica, se se vêem mais.
Qual a mais bela da ilha da Madeira?
Se todas…
São iguais!

António Nobre

Os últimos quinze dias de…

Soulhouse music e 2002– (quarta parte)

A última semi-semana de 2001 passou demasiadamente depressa e cheia de pequenos sobressaltos. Acho que o meu corpo já dá os primeiros sinais de envelhecimento e dá de si depois de tantos maus-tratos. Mas como a cabeça não tem juízo e o corpo é que paga sexta-feira começou em ânsia com um serão em que os bom velhos amigos ou melhor os velhos compinchas Dr.P e Sr.Q na casa deste último.
Foram várias horas de alegre cavaqueira e uma garrafa de whisky belho que me acabaram por levar até a uma dessas tascas da moda até às tantas. Mas esses desacatos pagam-se caro e Dr.P ,que trabalhava no dia seguinte, acabou por quase mandar para a sucata o seu Audi 80 quando um enorme rochedo se atravessou à frente da estrada com o piso molhado a ir para o consultório?

Na noite seguinte, M. e eu não nos fizemos e fomos até uma dessas festas com um DJ de importação dos Estados Unidos, numa festa que até prometia algo ao início, mas que depois se tornou algo repetitiva e pretensiosa. Valeu pelo divertimento e piadas caseiras e termos encontrado G. e a comitiva, num bar de Leça em que uma garrafa de Jameson ostentava pornograficamente o nome do proprietário: Dr. G..

E depois veio o dia 31.

E se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. Dito e feito, deu-se inicio à operação Centro 2001/2002 na companhia dos intrépidos J. e A. ainda antes de acabar a hora de expediente.
Risos e pressa durante a viagem. Mas depois tudo se tornou impecável. Embora já esteja enfadado com o simbolismo da passagem de ano, e de passar em Portugal pela primeira vez em ? 5 anos ( parece mentira!) , pois as paragens de nuestros hermanos, desde La Coruña, Salamanca e Verin sempre são verdadeiramente festivas. Acho que a chegar para o calmo e com bastante companheirismo estava a precisar de uma passagem de ano assim mais recatada. E as piadas do Fat Burguer , com o menu especial Três Pastorinhos, ou com assédio ao pobre M. que levou com todos os perdigotos venenosos em carteira, mesmo os do Alex fricassé.

Jantar já a desesperar pois Nazaré estava a abarrotar, mas lá encontramos um restaurante fino em S.Martinho do Porto e lá fomos ver o fogo na Nazaré e caminhar pelo povo. Às doze badaladas lá tomei umas resoluções importaes para este ano que ai de mim se não as cumprir…

Late nigth show da praxe com um bar aberto e bastantes gins e uma loira alta definitivamente de importação?

Os últimos quinze dias de…

Jingle balls e outros actos– (terceira parte)

Creio que fui atingido de bastante preguiça no que toca a actualizar o meu weblog nas últimas semanas mas aqui continua um pequeno esforço para repor o diário de um meliante, e isto se a memória não me falhar…

Com o fim dos bits e dígitos, abracei peremptoriamente o retorno à velha e talvez única economia. Das 9 às 19 como sempre deveria ter sido… e com o picar do ponto mesmo ali ao lado?

Nos dias que antecederem as exéquias natalícias fui um dos 200.000 portugas que acorreu com ânsia ao muito antecipado Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring, logo na primeira semana, numa noite de frio intenso na companhia de M. , J. e A. que curtia umas feriazitas.
O filme é soberbo, muito para além de que seria possível prever, numa das mais complexas e difíceis adaptações, que só um génio louco como Peter Jackson, que tanto estimo depois de ter realizado o FANTÁStico Braindead, seria capaz de aceitar o desafio. Bom, só faltou chorar por Dezembro de 2002 e 2003 para a continuação das outras duas partes da obra de Tolkian.

Após o filme fomos correr as capelinhas, mas qual o nosso espanto de que a tradição já não é o que era?Estava quase tudo fechado naquela noite gélida. Um Labirinto sem Minotauro foi a decisão?

As inevitáveis prendas da festa do consumo foi escolhidas a dedo à última da hora como não podia deixar de ser, ou não fosse eu um tipo que guarda tudo para os derradeiros momentos. Fiquei feliz pelo meu mano me ter vindo visitar directamente das madeiras e visitei a quase família que tanto preso. Telefonemas e SMS para a malta. E depois veio o bacalhau e aquelas coisas ruins que não consigo resistir.

Foi um Natal bastante feliz

Mas aos Reis pesei-me e não queria acreditar.

Mudamos

Mudamos, e voltamos a mudar.
Somos coerentes e constantes apenas na mudança.
Como Voltaire por quem o Psicótico residente possui muita estima.
Transformações.
Energia.
Acção.
Reacção.
Nada permanece….
Apenas prevemos a Existência.
Ultrapassamos conceitos obsoletos.
Vida / Morte.
Luz / Trevas.

E vivemos.
Eternamente.
Mudando e voltando a mudar.
Mente.
Corpo.
Alma.
Matéria.
Energia.
Entidade.

Claro que tinha que ficar gripado loga na segunda semana do ano. E cheio de sono.
Mas não te esqueci.
Aguenta que já escrevo!

Os últimos quinze dias de…

Frio? Não, eu uso uma termo tebe e o meu pai também– (segunda parte)

Para ser franco não me apercebi do correr dos dias. Uma nova realidade, novas funções e dezenas de pessoas para conhecer.
Como fiel amigo o sobretudo, novos horários madrugadores, que só se podem conseguir com coragem e determinação e também com a ajuda de uma Termo Tebe.

Como não podia deixar de ser vieram os jantares de Natal com os compinchas de velhas datas e meio atordoado nem me dei conta pelo aproximar da Natividade, se descuidei-me com as compras.

Sexta lá teve que ser com um velho trio: Inspector P e Q num serão de muitos risos e alegria e uns panachés no sabor dos velhos tempos. É bom recordar e continuar velhas mas duradouras amizades.

Compras à pressa. Prendas para a família e para a criançada sempre com mais simbolismo do que valor e cá vai mais um jantar com a velha guarda. Esta quadra já me deixou a ter que apertar o cinto de forma mais masoquista. Que inferno! E vai que M. decidiu demonstrar como se deita abaixo uma meia garrafa de Absolut e se abre um de Eristoff só com o auxilio de uma garrafa de litro e meio de Cola perante o olhar atento mas atónito de uma plateia que se dedicava aquelas delicias que nos eram privadas à uns tempos. A PX1 foi por mim dominada com a técnica do X e Circulo tornando-me quase imbatível perante todos os adversários… Roam-se de inveja!

The show must go on– (primeira parte)

Na tentativa de colocar em dia o meu diário meliante vou fazer um pequeno apanhado do que fiz nas últimas semanas.

The show must go on foi o ponto-chave dessa primeira semana que antecedeu a labuta. Sempre às voltas com pequenas burocracias sem poder aproveitar muito eis que surgiu a oportunidade de não deixar passar o PONTI em branco, indo ao S.João com I. Jo. e N. para ver uma peça de Jérôme Bel denominada The show must go on. A peça era estranha mas interessante, talvez pelo facto de não ter um guião dito normal e mais parecer um exercício em que uma música dava o mote para os 22 actores reagirem levando à letra a letra da música.
Depois fomos encher a pança ao Maiden e I. pediu um crepe de bacalhau sem bacalhau que estava divinal.

Nessa sexta mais uma peça no Sá da Bandeira. Qual o meu espanto que quando chego há uns homens suspeitos porta em reboliço entrando e saindo. Afinal a peça havia sido adiada sem aviso e já estavam a passar As escravas do Sexo III.
Enfim o Porto 2001 ao seu melhor…
Plano B foi uma ceia com uma pasta divina.

Sábado foi dia de operação Vigo 2001 – o Reencontro Final com um elenco de respeito, mas sem a presença do Dr. P. que teve que recusar um dos papeis principais, pois estava já a rodar o jantar com as assistentes – parte II.

Eu, A. M. e J. que tomou as rédeas da nossa expedição. E como em Roma sê romano fomos ao Corte ver las beldades da perfumaria e comemos una mixta de faca e garfo como il faut. Mas como a tradição já não é o que era lá fomos jantar ao chinês e para cumulo venha daí um remate de Íris coffe. Mas a tradição cumpriu-se com a abertura das hostilidades com as tequilhas em ferro, e desta vez sem J. ter sido assediada pelo barmen. Apesar do frio a noite rapidamente esteve ao rubro e … (cenas censuradas ) … , e logo M. conseguiu arrancar um chocolatito amargo do tecto para levar um repreendida do barman e apesar das suas insistências para que a sua medalha de chocolate lhe fosse devolvida pela guapa de grande pujança pulmonar só obteve um lacónico “cojones” como resposta! … (cenas censuradas ) … e chegamos ao hotel de categoria não sem antes M. não ter arriscado que lhe dava um pontapé no pé.

De volta cedo o dia revelou-se uma interessante demonstração de que o sistema democrático ainda pode funcionar numa das eleições mais emocionantes desde o fim dos setenta, de que me lembro que estive em vários fervorosos comícios na baixa. Isso deixou-me feliz.

E eis que nessa segunda-feira retorno à velha economia.

Apesar de estar com vários dias …erh … blogs de atraso que vou recuperar em breve, não podia deixar passar esta efeméride de natal que também é aniversário de M.

E lembra-te:

Life’s a bitch and then you die

não é verdade!

Será do Guaraná?!!??

O Amor é…
Paixão pulsante…
É lixado. É fodido…
Quer sair-te pelos poros…
Quer sorver perfumes, sabores, emoções…
Assim é um amor
Nem sempre sereno ou plácido.
Tristão e Isolda, a anos luz.
Frenético.
Alucinante.

E ao mesmo tempo
Uma sensação de Paz e conforto.
E de Lar, mesmo que longe.
E de entrega mesmo que recebendo.
E de receber mesmo que entregando.

Ando perdido.
Entre caminhos poeirentos.

Lareiras tão quentes.
Café, por vezes amargo.
Outras doce.
Mas sempre bom.

Venha a Paz do Natal.
Festa Pagã, antes de cristã.
Festa na mesma!

E o renovar e renascer do Ano Novo.

K bueno!

A my no me gustam cojones!
Solo las rachitas!

Amigos

Amigos, Camaradas.

Irmãos de Jornada.

Um sorriso, mesmo que fatigado.

Uma palavra amiga.

Jogar cartas em dia gelado!
Ou dar o peito à maresia!

Duas faces.
A mesma face.
Uma só moeda.
Um só abraço.

Gargalhada estridente.
Piada rasgando o céu!

Muitas opiniões.
Muitas vozes.
Muitas vontades.

Uma só partilha.

Homem que é homem só Ama e deseja mulheres e mulheres, Dulcineias, Afrodites. Venus! Isolda que seja, ou dedicada Julieta…. Morenas. Loiras… Loiras…. LOIRAS!!!!!

Mas só homem que é homem conhece e dá o valor à Camaradagem.

Mulheres, roam-se de inveja, como de hábito! Sentimento que não existe em dicionário de macho, só de femea…..

Loiras

Os fins-de-semana têm se revelado muito agitados. É um bom sinal presumo.
Assim no sábado como o maninho se passeava num Range Rover e ia ao casamento, P. e A. Convenceram-me a gastar algum dinheiro em cartas para depois estarmos em gáudio na jogatina.

Mas o melhor estava por vir quando N. requisitou-me para um jantar pantagruélico que perdurou por três horas a por a conversa em dia. Não tardou com o meu mano aparecesse e a cavaqueira aumentou de tom e bastate alegria regado por um vinho alentejano escolhido a dedo que mais parecia um néctar dos deuses.

Depois veio a noite e a noitada que seria de esperar com o estômago cheio e boa disposição. Desta vez o mano foi dormir e vieram as J. para uma conversa animada, interessante e acima de tudo inteligente, no ?Meu Mercedes é maior que o teu?, esse ex libris que eu o N. partilhamos desde a adolescência com o maior rigor, se bem que com alguns períodos de falta. J2. é loira e provou-me mais uma vez que esse mito urbano de que as loiras não são muito espertas não é assim tão linear: afinal pode se ser bafejado pela a aparência física e por bastante massa cinzenta. Para ser franco, das fêmeas humanas que conheço as três mais intelegentes que conheci eram louras… Será um erro da amostra ou uma impossibilidade estatística?

Bom e depois foi o descalabro com a ida ao ?talho?, como é dá praxe as tantas da madrugada de domingo na companhia de duas beldades que cumprimentam o porteiro com dois beijinhos e depois não se cansam de lhe lançar impropérios nas costas. No ?talho? realmente a alcunha que lhe coloquei não lhe fazia juz nesse dia. Parecia um mega- talho de colocar em bico os olhos de qualquer um apesar da companhia. E foi bom… e fiquemos por aqui.

Vem aí o solstício de Inverno

Ando com alguma preguiça em escrever. Creio que esta altura do ano, quando se aproxima o solstício de Inverno me torna sempre mais mole e apático.

Estou a ler compulsivamente outra vez. Faz anos que me tinha afastado da literatura, para grande desgosto meu, mas eis que descobri as saborosas obras de Paulo Coelho, que com uma linguagem simples, nós dá uma realidade cheia de mensagens para a alma e delicia a mente. Depois do “O alquimista” li o “Díario de um Mago” de forma frenética, e quero mais.

Enquanto isso, o Outono apesar de frio revela-se agora solarengo, chegando a ser enternecedor. Estou contemplativo, sereno, mas não melancólico, embora saiba que o vulcão de energia e Amor-que-Consome esteja prestes a explodir, com furor, sagacidade e coragem.

O meu mano chega amanhã com a sua companheira para umas pequenas férias, qual imigrante. Vai ficar em minha casa apesar do gelo que deve estar por lá. É intraduzivel em palavras a força que uma amizade tão profunda e duradoura que mantemos. Sou um felizardo pois sei que os laços de fraternidade que construí não são raros, nem se esbatem com o tempo ou a distância. E como me escreveu este adorável meliante:

“Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrera de solidão; poderá morrer de saudades mas nunca estará só.”

Seremos todos psicóticos?
Existirá um lado negro em todos nós?
Se sim…
Existirá também e em simultaneo um lado de luz.
Se sim…
Existirá sempre um lado não psicótico…
Se sim…
Sim.
Sim teremos a opção.
E optaremos entre um e outro.
E teremos as consequências de tal opção.
E outras tantas opções.
Um abraço a todos os que se sentem psicóticos, como eu….
Pois também não o são.
Pois também não o sou.
Não.
Sim.

hunger

Há dias que acordamos mais violentos.
Não sei porque mas esta música horrível transfere bem a ideia abstracta da minha má disposição, digna de uma segunda de manhã.

Hoje deve ser um dia de muitas mudanças para aqueles que eu quero bem. Espero que corra tudo pelo melhor .

cultura e não só

Nem sempre a alma necessita passar fome. Mesmo numa cidade algo provinciana é possível ter acesso a pequenos mas ricos momentos que alimentam o gosto pela arte e em particular pela música. Tudo começou com uma noite na companhia de J. no Aniki-Bóbó, antro reconhecido de intelectuais, intelectualoides, maganos e maganas, espanhóis e noruegueses em demanda pelo Graal do Porto 2001, capital dos buracos, estudantes de belas artes e presidentes da câmara, fotógrafos e totós.

Não pertencendo a nenhum dos grupos citados, mas sim ao dos que apenas queres dar ao ouvido sem restrições e deambular por aí, assisto ao lançamento da editora do M. Sá e eis que tenho que lerpar com o projecto do M. Carvalhais e Pedro Tudela, (mais outro sujeito que não me recordo agora o nome) que foi interessante mas rebuscado. Salvou-se com os efeitos visuais e com o slideshow que suponho que era de Geir Jenssen que nasceu e vive em Tromso, uma cidade norueguesa situada 70 graus a norte do círculo polar árctico.

Sábado na Serralves este senhor gélido apresentou um concerto bastante bom # Biosphere # – “Sons encontrados, loops rítmicos estáticos e pulsares, “noise”, ruídos surdos e outros fragmentos sonoros são processados, fundidos e digeridos resultando em devaneios atmosféricos, reflexões solitárias e fortemente evocativas. O sussurrar da Terra.” era o que nos era prometido. Um iBook, uma cadeira e uma mesinha espartana eram todo o equipamento de Geir, que mais parecia estar a jogar Tetris.

O “Máquina de Emaranhar Paisagens” foi soberbo não em termos de espectáculo mas em termos de som, que me levou a navegar na mente por paisagens verdadeiramente únicas. Mas claro não deixou de ser algo polémico: “isto da música electrónica vai ter o mesmo seguimento que a pintura. Tinham decretado a morte da pintura mas está-se a voltar a pintar de pincel em Nova Iorque. Vai acontecer o mesmo com a música moderna e vai voltar tudo a pegar em violas, caixas de som e bandas…”. E com oferta de um soberbo copo de Porto que gostava de conhecer a colheita.

Bom e como já chegava de cultura, o resto da noite foi um descalabro completo na companhia de P., que já nos tem habituado a long nigths – fast girls algures nessas capelinhas da moda. E vivam as vacas loucas!

Paixão

A Paixão é lixada!
É daquelas coisas lixantes pela presença, mas também pela ausência.
Fisica ou virtual!!
Mas não há vida sem paixão.
Daí que percorramos sempre caminhos e ultrapassemos falésias e sonhemos alto e voemos ainda mais, apaixonados, buscando mais e mais, paixão furacão de sentimentos e sentimentos, sensações sem igual. Na borda de um copo, dependurado nos lábios de Afrodite.

Sofro de “jet-lag” gripal, antes fosse do outro, façam figas por mim enquanto calcorreio o meu longo caminho até casa.
Apaixonado, SEMPRE!